Hoje, 2 de maio de 2024, acordei às 4 horas da manhã e, imerso em pensamentos, me pus a refletir sobre os últimos acontecimentos que vêm abalando nosso imenso Brasil. São fatos que tiram o fôlego de qualquer ser humano com um mínimo de sensibilidade, exausto de testemunhar tantas barbaridades. Vivemos tempos em que nada mais passa despercebido – as câmeras de segurança registram tudo, e as redes sociais disseminam rapidamente imagens e vídeos, tornando públicos atos de bondade e, infelizmente, também de crueldade.
Entre os muitos casos chocantes, um, em especial, se destaca pela frieza. Uma fazendeira, após ser condenada a pagar R$ 61 mil em prejuízos por danos causados a uma casa que havia alugado, resolveu agir de forma impensável. Juntamente com seu filho, que é médico, e mais dois comparsas, assassinou dois idosos, de aproximadamente 80 anos. Que tipo de mente comete um crime tão brutal por vingança? Para mim, trata-se de alguém sem empatia, sem temor a Deus e completamente descontrolado.
Outro episódio que evidencia o nível de violência ao qual chegamos foi o de uma mulher que, após anos de agressões, decidiu se separar do marido. Mesmo tendo registrado 11 boletins de ocorrência contra ele, a perseguição continuou. Até que, em um sábado, ele foi até o salão onde ela trabalhava para sustentar os próprios filhos e, friamente, disparou nove tiros contra sua cabeça e peito. Quantas tragédias assim poderiam ser evitadas se houvesse uma resposta mais eficaz das autoridades? Quantas vidas seriam salvas se a Justiça agisse antes da tragédia acontecer?
Casos como esses se multiplicam. Em outra situação revoltante, um homem tentou tirar a vida do próprio filho na esperança de sensibilizar a esposa e convencê-la a reatar o casamento. Usar um inocente como moeda de troca para segurar uma relação que já não existe é um ato de desespero e desequilíbrio.
A violência no trânsito também reflete essa falta de controle e respeito à vida. Em Rondonópolis (MT), um motorista teve seu carro atingido por trás e, ao invés de tentar resolver a situação civilizadamente, saiu do veículo e disparou três tiros contra o outro condutor, sem sequer trocar uma palavra. Como alguém assim pode ter uma carteira de habilitação? Pessoas emocionalmente instáveis e sem autocontrole não deveriam estar ao volante.
Outro exemplo de irresponsabilidade vem de pais que, sem pensar nas consequências, consomem bebidas alcoólicas ao dirigir e ainda jogam lixo nas ruas na frente dos filhos. Que mensagem estão passando? São pequenas atitudes que refletem uma cultura de desrespeito e impunidade.
E se eu te contar um fato ainda mais cruel? Há mães que deixam seus bebês sozinhos em casa, com uma vela acesa, para sair e se divertir até a madrugada. Algumas, ao voltarem, se deparam com tragédias irreparáveis, como incêndios ou a perda da guarda dos filhos para o conselho tutelar. Como pode uma mãe agir com tamanha negligência?
Diante de tantas histórias absurdas, meu pedido é simples: reflita. Se você presenciar qualquer situação de violência ou negligência, não ignore. Denuncie. A omissão apenas fortalece a impunidade. Milhões de pessoas circulam por aí sem preparo emocional, e a única forma de evitarmos novas tragédias é agir.