Por Ulisses Lalio, Gazeta Digital
O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), disse que não está ‘parado esperando’ o governo para concluir as obras do Bus Rapid Transit (BRT) e que vai liberar fluxo de automóveis nas faixas exclusivas ‘até que o BRT comece a funcionar’. A declaração foi dada à Gazeta após ser questionado sobre o tema, na manhã de ontem (11).
O modal, que se inicia no município, tinha previsão contratual para ser entregue em outubro desse ano, contudo após atrasos a Sinfra-MT anunciou que a primeira parte da obra só será liberada a partir de fevereiro do ano que vem.
Kalil disse que uma equipe da prefeitura se reuniu com os representantes da Sinfra-MT para tratar do assunto e cobrar uma resolução. ‘Tem uma equipe da prefeitura hoje junto com a Sinfra-MT para cobrar uma data de retomada das obras. Não estamos deixando de cobrar uma solução da Secretaria de infraestrutura’, comentou.
Além disso, Kalil comentou que ‘irá acabar com o congestionamento da avenida da Feb’ e que recebeu ‘sinal’ verde’ para liberar o tráfego de automóveis nas vias exclusivas do BRT. ‘Então assim que ficarem prontas as obras de infraestrutura do BRT, já temos uma sinalização do Estado que deverá liberar as faixas exclusivas, enquanto o BRT não estiver rodando. Ai teremos três pistas subindo e descendo a avenida da Feb e ai acabaremos com esse congestionamento de lá’, prometeu.
O governo do Estado do Mato Grosso já pagou quase 20% do valor total do empreendimento ao consórcio responsável pela obra (BRT Cuiabá). Segundo informações disponíveis no Portal da Transparência, a Sinfra-MT já repassou R$ 88 milhões entre 2022 e 2023 para a realização das obras. O BRT deverá percorrer um trecho de 22 km, mas até agora, apenas o trecho Aeroporto-Porto está executando as obras.
As obras entraram em ‘marcha lenta’ nas últimas semanas e chamou a atenção da população várzeagrandense. Iniciada em 21 de abril e, a princípio, eram quase 100 trabalhadores no local. Porém no final de novembro apenas 30 foram ‘flagrados’ trabalhando pela reportagem da Gazeta. Com previsão de conclusão em 30 meses e ao custo de R$ 468 milhões. O traçado é parecido com o do veículo leve sobre trilhos (VLT), com a diferença de que será criado um grande corredor para a passagem dos ônibus.