Por Allan Mesquita, Gazeta Digital
Moradores e parlamentares pretendem acionar o Ministério Público de Mato Grosso (MPE) contra a graxaria da Marfrig, instalada no bairro Alameda, em Várzea Grande. Além da Cidade Industrial, o mau cheiro também avança para bairros de Cuiabá.
De acordo com o vice-líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara de Cuiabá, vereador Luis Cláudio (PP), autoridades e membros do movimento ‘Graxaria Não’ vão se reunir na Câmara de Vereadores para debater sobre o assunto nesta quinta-feira (30).
As discussões também seguem no parlamento várzea-grandense e na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
“É importante essa discussão porque o mau cheiro já chega do lado de Cuiabá. As pessoas se incomodam muito com determinados horários e mau cheiro da graxaria. Quando estava desativado, tinha encerrado o problema. Agora reativou e voltou o problema novamente, em Cuiabá e Várzea Grande”, disse em entrevista ao programa A Notícia de Frente (TV Vila Real, canal 10).
Conforme noticiou o Gazeta Digital, o espaço instalado na indústria é responsável por realizar o processamento de resíduos como sangue, cartilagens, ossos e outras partes de animais abatidos, que são descartados durante a rotina de trabalho.
Populares reclamam do mau cheiro emitido pela fábrica, mesmo com a empresa alegando ter implantado um sistema para remoção de emissões gasosas. No bairro onde fica o frigorífico há diversos condomínios, casas e comércios.
Agora, a Câmara pretende pedir o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para realizar um estudo técnico para demonstrar como os efeitos dos gases tóxicos que ameaçam a saúde da população e o meio ambiente.
O laudo vai embasar a ação que será protocolada no MP. “A graxaria diz que tem todos os equipamentos ultramodernos, mas o cheiro persiste. As pessoas não vão sair de suas casas, se incomodarem, ir para um movimento grande ‘Graxaria Não’, se o cheiro estivesse ok. Isso incomoda criança, idosos e a gente precisa laudar isso”, acrescentou.