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sexta-feira, maio 10, 2024
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Cenoura, batata e laranja tem alta nos preços em fevereiro, segundo Conab

Em Cuiabá, o preço médio do quilo da cenoura está sendo vendido a R$ 9,90. 

Da redação – Vanessa Alves

O preço da cenoura mais que dobra em várias partes do país, segundo o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Esse fator se deve às mudanças climáticas e às intensas chuvas registradas no final de janeiro em importantes regiões produtoras, fazendo com que prejudicasse a colheita, reduzindo os volumes da raiz disponível nos principais Centrais de Abastecimento (Ceasas). 

De acordo com o levantamento da Conab, os preços do produto no atacado mais que dobraram nas Ceasas, tendo uma alta no mês de fevereiro de 96,91%. Em Cuiabá, o preço médio do quilo da cenoura está sendo vendido a R$ 9,90. 

Conforme a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres, o clima desfavorável para a colheita também afetou a produção e os plantios, o que poderá ocasionar novas altas de preço nos meses seguintes.

Batata mais caro

O levantamento apontou também uma alta no preço médio da batata, que subiu 35,25%. 

De acordo com o Boletim da Conab, o abastecimento do tubérculo está concentrado na safra das águas, que não tem sustentado os níveis de oferta. 

As chuvas sobre as principais regiões produtoras ocasionaram o atraso do plantio, impactando nos envios aos mercados em janeiro. Já para a alface não foi verificado um movimento uniforme no comportamento dos preços nas Ceasas analisadas. Ainda assim, a média ponderada teve uma leve alta de 6,28%.

Banana

Dentre as frutas, a maior elevação nos preços ficou para a banana. Na média ponderada a alta ficou em 13,84%, sendo Brasília e Rio de Janeiro as Ceasas que registraram os maiores acréscimos nos índices percentuais, 33,65% e 26,09% respectivamente. A subida das cotações é explicada, principalmente, pela entressafra da produção da variedade prata na Bahia e no norte de Minas Gerais, principais fornecedores aos mercados atacadistas.

Laranja

A laranja também ficou mais cara. Os altos preços se deveram à oferta restrita para o varejo e à forte demanda tanto da indústria quanto do atacado. Conforme Torres, a procura internacional por suco se mantém aquecida. Além disso, vale lembrar que as três safras anteriores foram menores, o que possibilita que os estoques das frutas permaneçam baixos. Esse cenário contribui para que haja pressão de alta nos preços. No que tange ao mercado de maçã, ocorreram pequenas elevações na maioria das Ceasas. Esse aumento se justifica por causa da baixa oferta. No entanto, a menor demanda, resistente aos preços elevados já praticados, ajudou a frear a alta.

Preços mais baixos

Em contrapartida aos aumentos verificados, cebola, tomate, mamão e melancia ficaram mais baratos no último mês. Em janeiro, ocorreu a reversão do movimento de alta de preço que vinha se apresentando no mercado de cebola. As chuvas no final de 2023 e início de 2024 na região sul prejudicaram a colheita e a qualidade do bulbo. A qualidade prejudicada pela umidade do produto provoca desvalorização e é fator de contenção dos preços.

Já no caso do tomate, a queda nas cotações é explicada pelo aumento na oferta. Os envios de São Paulo, por exemplo, apresentaram aumento de quase 50%. Mas, esse cenário pode não se repetir em fevereiro. No início deste mês, os preços voltaram a apresentar alta, muito provavelmente pela reduzida disponibilidade de tomate em ponto de colheita.

Também foi verificado um aumento na oferta tanto para o mamão papaya quanto para o formosa, o que influencia nos menores preços praticados. O calor nas principais regiões produtoras acelerou o amadurecimento, e muitas frutas tiveram que ser colhidas muito pequenas. Além da maior quantidade ofertada nos mercados, a demanda foi baixa, outro fator de pressão de queda nas cotações. Já na melancia, a redução nos preços é explicada, principalmente, por causa da menor demanda verificada na região Centro-Sul do país, devido ao tempo mais chuvoso e à menor qualidade de alguns carregamentos de melancia originários de praças gaúchas e paulistas.

Exportações

Em janeiro de 2024, o volume total enviado ao exterior foi de 84 mil toneladas, inferior em 6,75% em relação a janeiro de 2023, e o faturamento foi de U$S 92 milhões, superior 26,73% em relação ao primeiro mês de 2022 e de 4,23% em relação a janeiro de 2023. A expectativa é que em 2024 as exportações se mantenham em bons níveis, com possível aumento do volume exportado. Essa boa perspectiva se deve aos investimentos nas culturas feitos no ano passado, à estabilidade nos custos de produção pós-pandemia, aos problemas climáticos em alguns países, entre outros fatores.

 

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