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sábado, maio 18, 2024
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Presidente de Cooperativa em MT é preso pela PF por garimpo ilegal e desmatamento

Da Redação – Vanessa Alves

 

Presidente da Cooperativa de Mineração de Nova Bandeirantes (COOPERRIOS), foi preso pela Polícia Federal  durante a operação de combate à extração de ouro e desmatamento ilegais no Parque Nacional do Juruena (PNJu), na região norte de Mato Grosso.  Ele seria responsável por uma grande área de garimpo na região, que operava ilegalmente sem autorização de lavra da Agência Nacional de Mineração (ANM). A pena somada dos crimes referentes ao garimpo ilegal pode chegar a seis anos de prisão.

A operação Ibi-Coroc foi deflagrada no dia 1º de agosto e teve os trabalhos estendidos até quinta-feira (03). 

De acordo com a Polícia Federal, agentes das três instituições, PF, Ibama e o ICMBio, fizeram infiltrações por terra e constataram grande número de frentes de lavras recém-abertas, flagrando equipamentos de extração instalados e em operação. 

A fim de estancar as ameaças ao meio ambiente e coibir novas investidas do grupo criminoso, dada a inviabilidade de apreensão, todo material foi destruído ou inutilizado, dentre os quais: cinco escavadeiras hidráulicas de médio e grande porte, dez dragas (conjunto motor-bomba de recalque), além de acampamentos com estrutura de refeitório e alojamento. Estima-se um prejuízo imediato aos infratores que ultrapassa R$ 4 milhões. 

Imagens de Satélite 

Durante as investigações, imagens de satélites do Programa Brasil M.A.I.S. de mostraram que garimpeiros e grileiros de terras da região continuavam a praticar delitos com potencial de devastação de áreas protegidas de grande valor ambiental. 

Nas apurações, verificou-se que, ao se apropriarem de terras públicas, os grileiros se associaram a garimpeiros para exploração da área, promovendo o desmatamento de áreas de floresta primária e degradando igarapés intocados mediante a cobrança de um percentual do minério extraído.

Alerta de desmatamento

Os alertas de desmatamento e mineração ilegal emitidos a partir do monitoramento por satélite permitiram aos agentes identificar os crimes em estágio inicial, com localização de 24 novas frentes de lavra, assim como de seus acessos, em um total de 260 hectares de áreas recém abertas, sendo 95 no interior do PNJu.

Levantamentos preliminares da perícia da PF apontam a ocorrência de danos ambientais imediatos no valor de R$ 46 milhões, só com a mineração, e mais de R$ 300 milhões com o desmatamento ilegal financiado pela mineração.

As investigações e investidas das forças do Estado contra os delitos ambientais continuam, com especial atenção à identificação das lideranças e demais integrantes da associação criminosa, bem como à sua completa descapitalização, inclusive para reparação dos danos impostos à sociedade.

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