Por Ademir Galiztki
Eu nasci no querido estado do Paraná, que esteve competindo com o rico estado de Mato Grosso por muitos anos, principalmente quando se trata de produção de grãos. Eu me mudei para Mato Grosso (Cuiabá) em 1983. Em 11 de outubro de 1977, o então presidente, General Ernesto Geisel, assinou o documento que decretou a emancipação política e administrativa do então estado de Mato Grosso. Essa data é lembrada como o feriado da divisão entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e marca a independência, principalmente da região sul em relação a Cuiabá. [Fonte: algumdebonito.com.br]
Em 1979, o território de Mato Grosso do Sul foi criado, e desde então, Mato Grosso se destacou nacionalmente no desenvolvimento das atividades agropecuárias, sendo a agricultura o principal motivo da divisão de Mato Grosso para criar Mato Grosso do Sul. Isso ocorreu devido à grande dificuldade de promover o desenvolvimento econômico na região devido à sua vasta extensão geográfica. Eu conheço bem essas dificuldades, pois morei em uma fazenda perto da divisa com o Paraguai entre 1972 e 1975 e também morei em Amambai, Mato Grosso do Sul, perto da divisa com o Paraguai.
Agora, imagine a distância entre Cuiabá e Paranhos e Iguatemi, no Paraguai. De Cuiabá a Paranhos, temos 1163 km, e de Cuiabá a Alta Floresta, na divisa com o Pará, temos 790 km. Essas distâncias são significativas e tornam a administração do estado um desafio devido à sua grande extensão.
A partir da divisão, Mato Grosso começou a acelerar seu desenvolvimento e se tornou o que é hoje em 2023: o maior produtor de boi e couro bovino, sendo muito forte na agricultura em geral, com destaque como o maior produtor brasileiro de soja, algodão, milho, girassol, arroz, entre outros. Além disso, é rico em mineração e possui uma quantidade considerável de ferro para sustentar o mundo por mais de 50 anos.
Eu vejo a importância desse estado gigante e pujante. Lembro das palavras do meu falecido pai, Antonio Galitski, que costumava dizer que você poderia vender 10 hectares de terra no interior do Paraná e comprar 200 hectares em Mato Grosso. Hoje em dia, as terras se equipararam em valor, tanto no Paraná quanto em Mato Grosso, dois estados valorosos e pujantes que se destacam no cenário nacional. Ambos são os maiores estados da federação.
O estado do Paraná, apesar de ser menor em extensão se comparado a Mato Grosso, é muito rico. Na região mais fria, produz uma grande variedade de produtos, como maçã, pera, nectarina, e muitas outras frutas que não são produzidas em Mato Grosso. Mato Grosso, por outro lado, é muito rico na produção de madeira. Cidades como Sorriso e Sinop têm muitas madeireiras que beneficiam muitas madeiras de lei, gerando renda para os municípios.
No sul de Mato Grosso, se produz arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim, cana-de-açúcar e diversos outros produtos, sendo o maior produtor do Brasil em várias dessas categorias.
Com uma extensão territorial de 903.329,700 quilômetros quadrados, Mato Grosso é o segundo maior estado do Brasil. É o maior exportador de alimentos do país, incluindo milho, algodão, soja e couro bovino. Cidades como Sorriso, Sapezal, Campo Novo dos Parecis e Nova Ubiratã se destacam como os maiores produtores de gado, com mais de 30 milhões de cabeças, sendo o sexto maior produtor de gado do mundo.
Mato Grosso abriga três biomas: cerrado, Amazônia e Pantanal, e possui mais de 6000 indústrias. Um dos destaques é a extração da casca do angico, que é usada no curtimento de couro bovino. Além disso, Mato Grosso é um importante nos setores industrial, comercial e turístico. O turismo é visitado por pessoas de todo o mundo, atraídas por lugares deslumbrantes, como a Chapada dos Guimarães, Nobres, Pantanal e Vila Bela da Santíssima Trindade.
A capital de Mato Grosso, Cuiabá, comemora 304 anos em 2023. O estado é conhecido por receber as pessoas de braços e corações abertos, prontos para oferecer o melhor da vida, saúde e prosperidade. Seja sempre muito bem-vindo a Mato Grosso, o celeiro do mundo.