No lugar de ex-ministros e aliados do ex-presidente Bolsonaro, Lula indicou seus atuais ministros para o conselho da usina Itaipu
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu, nesta quinta-feira (6/4), trocas no conselho da usina hidrelétrica Itaipu Binacional.
Foram exonerados cinco nomes indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): os ex-ministros de Minas e Energia Bento Albuquerque e Adolfo Sachsida, o ex-chefe de gabinete da Presidência Célio Faria Jr., a esposa do ex-líder do governo Ricardo Barros (PP), Maria Aparecida Borghetti, e o ex-deputado José Carlos Aleluia Costa.
Em seu lugar, foram nomeados os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Esther Dweck (Gestão e da Inovação), Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda).
Os conselheiros recebem cerca de R$ 37 mil por mês.
O ex-chanceler Carlos França também deixou a função de representante do Ministério das Relações Exteriores junto à Itaipu e foi substituído pelo atual ministro Mauro Vieira.
As mudanças foram publicadas na edição desta quinta do Diário Oficial da União (DOU) e são assinadas por Lula.
Inaugurada em 1973, a usina hidrelétrica de Itaipu produz mais de 75 milhões de megawatts/hora de energia elétrica por ano. Fica localizada na fronteira do Brasil com o Paraguai. É considerada a maior produtora de energia elétrica do mundo e fornece cerca de 17% da energia consumida no Brasil e 75% no Paraguai.
O atual diretor-geral brasileiro da usina é o ex-deputado federal Enio Verri (PT-PR). Ele tomou posse em 16 de março.
Quarentena
Em março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski deu uma liminar suspendendo a quarentena prevista na Lei das Estatais, permitindo que políticos ocupem cargos nos conselhos.
O mérito do caso será apreciado ainda pelo STF.