Senador alerta que população pode repudiar acordos políticos entre ex-adversários
Por Jardel P. Arruda, Leiagora
O senador Jayme Campos (União) avalia que o eleitorado de Várzea Grande pode assimilar de forma negativa um aliança política entre Kalil Baracat (MDB) e Flávio Frical (PL), após um ensaio de aproximação entre os dois políticos que disputaram as eleições pela Prefeitura de Várzea Grande em 2024.
Para ele, essa união pode ser vista pela população da mesma forma que a aliança entre Júlio Campos e Carlos Bezerra em 1998, quando os dois históricos rivais se uniram, acreditando formar uma chapa imbatível, e foram derrotados por Dante de Oliveira e Antero Paes de Barros, respectivamente, na disputa ao governo e ao Senado.
Em 2020, Flávio Frical se colocou como candidato de oposição, enquanto Kalil era o sucessor de Lucimar Campos (União), esposa de Jayme Campos. Flávio, que tem desafeto pela família Campos, fez campanha ácida contra o candidato do MDB.
Alianças erradas
Outra situação parecida aconteceu em 2008, quando o então deputado estadual Maksuês Leite retirou a pré-candidatura à Prefeitura de Várzea Grande e indicou a esposa para ser vice na chapa encabeçada por Júlio Campos, de quem era notório adversário.
Ao final, Júlio Campos acabou derrotado por Murilo Domingo, que foi reeleito prefeito. Assim como contra Dante de Oliveira, Júlio havia iniciado a campanha com larga vantagem, mas perdeu as eleições devido a conjuntura.