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sexta-feira, maio 17, 2024
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Operação Ceres mira funcionários de cervejaria em Cuiabá; Alvos são suspeitos de desviar R$ 12 milhões em de bebidas

O grupo envolvido desviava mercadorias que eram devolvidas por clientes da cervejaria.

Da redação

Foi deflagrado na manhã desta quarta-feira (13), a Operação Ceres, pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), com o objetivo em cumprir 48 mandados judiciais a uma quadrilha formada para desviar cervejas de uma fabricante nacional de bebidas em Cuiabá. Segundo informações da Polícia Civil, além de busca e apreensão, a justiça determinou a penhora de R$ 12,7 milhões dos investigados.

De acordo a Polícia Civil, são cumpridos 18 buscas e apreensões domiciliares, 19 buscas e apreensões de computadores, celulares e quebras de sigilo telefônico, 6 ordens de sequestro e arresto de bens móveis, além de 4 quebras de sigilo bancário e fiscal.

Há ainda uma ordem de penhora de R$ 12.782 milhões dos investigados, que são funcionários da cervejaria e de duas empresas que prestam serviços logísticos à fabricante.

O inquérito policial instaurado apura os delitos de associação criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, receptação qualificada e falsidade ideológica contra uma quadrilha que se associou para desviar bebidas alcoólicas de cinco marcas produzidas pela cervejaria nacional.

Em uma das casas onde os investigadores cumpriram o mandado de busca, foi encontrada uma caixa térmica escondida com dinheiro. O valor total apreendido não foi divulgado, veja no vídeo abaixo:

Denúncia

Segundo a investigação da Polícia Civil, a partir do recebimento de uma denúncia da Associação Brasileira de Combate à Falsificação apontando que estavam ocorrendo desvio frequentes de lotes das marcas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois da empresa fabricante.

Desvios de mercadorias

A Delegacia de Roubos e Furtos da Capital apurou que os desvios eram praticados por funcionários da cervejaria e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante. A execução dos crimes contava com a participação de empregados que atuavam nas funções de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista, carregadores, entre outros.

O grupo envolvido desviava mercadorias que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração por parte do conferencista e do porteiro confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica. Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores.

Os lotes de cervejas seguiam, então, para os receptadores, um deles uma distribuidora localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima, no bairro Jardim Renascer. Dois funcionários da distribuidora tinham conhecimento do esquema criminoso.

Prejuízo financeiro

Informações fornecidas pela fabricante de bebidas, a partir do sistema de controle de inventário, apontaram um prejuízo estimado em quase R$ 12.800 milhões. Os números foram apurados nas diferenças de itens de estoque levantadas pela cervejaria no inventário mensal nos anos de 2021 e 2022.

A Operação Ceres conta com apoio de equipes da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários, Politec-MT, e da Secretaria de Estado de Fazenda e unidades policiais da Diretoria Metropolitana.

 

 

 

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