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sexta-feira, maio 17, 2024
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População não vê melhorias após um mês de intervenção

Por Dantielle Venturini, Gazeta Digital

Pouco mais de um mês da intervenção na saúde pública de Cuiabá, que começou no dia 15 de março, o caos nos serviços ofertados continua. A população enfrenta, além da falta de médicos nas unidades, a superlotação e falta de leitos para o atendimento digno.

Na Unidade de Pronto Atendimento da Morado do Ouro, na Capital, a idosa Tereza da Silva Santos, 78, foi internada às pressas após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na noite de domingo (16). Com parte do corpo paralisado, a idosa está, desde então, internada em uma cadeira de consultório, sem poder se mexer ou ter algum conforto.

Nora de Tereza, Leuzimar Silva Peixoto afirma que após a idosa passar mal o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e realizou o primeiro atendimento mas, em seguida, no momento de regular Tereza, a equipe encontrou dificuldade para conseguir uma vaga.

“Ficaram rodando com ela até que conseguiram colocar aqui, do jeito que vocês estão vendo na foto”. Informações repassadas pela unidade são de que a idosa recebe medicação e está aguardando uma vaga pela regulação. A situação em que a idosa se encontra causa revolta na família que questiona ainda os serviços de atendimento dentro da unidade que estava cheia na manhã de ontem (17).

Familiares decidiram ir até a unidade para dar suporte ao irmão de Tereza que está com ela na UPA, mas foram impedidos de entrar e ainda denunciam ameaças e grosserias por parte de servidores.

“Ela está sem comer, sem poder se mexer desde domingo porque não tem enfermeiro para ajudar. A gente pede e ninguém ajuda, é um descaso total com o ser humano. Daí uma pessoa da família não consegue sozinha e vem a gente para ajudar e eles não deixam, tratam mal, com ignorância”, afirma Leuzimar revoltada.

Sem estrutura e lotada

Na unidade, a demora no atendimento é outra reclamação. pacientes chegam a esperar mais de 6h e falta de estrutura para aguardar. Ontem diversos pacientes aguardavam há horas pelo atendimento, muitos sentados no chão, do lado de fora, outros em pé, inclusive mães com bebês de colo.

Patrícia Lira, 30, estava com a filha de 4 meses há mais de 2h aguardando a triagem. “Disseram para mim que tem médico, mas está lotado e até agora estou esperando, imagina quanto tempo mais até passar pelo médico e exames. Da última vez demorei mais 6h para tudo isso, e boa parte da espera em pé, como hoje”.

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