Senadora admite desconforto, mas afirma que não mudará de lado
Por Jardel P. Arruda
Em um cenário em que o deputado Eduardo Botelho (União) confirme as expectativas e migre para o PSD para ser candidato a prefeito de Cuiabá contra o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), a senadora Margareth Buzzetti, do PSD, apoiaria o candidato do União Brasil ao invés do do próprio partido.
O motivo é que ao invés de sentir o dever de garantir apoio ao candidato vinculado ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, presidente regional do PSD e titular da vaga no Senado ocupada por ela, ela sente o dever de fidelidade ao governador Mauro Mendes (União).
Essa não seria a primeira vez na qual Margareth e Fávaro ficariam em lados distintos. Nas eleições de 2022, enquanto Fávaro assumiu a coordenação da campanha de Lula (PT) junto aos empresários do agronegócio e costurou uma aliança do PSD e PP com a Federação Brasil da Esperança com apoio a Márcia Pinheiro (PV) ao governo do Estado, ela optou por apoiar a reeleição de Mauro Mendes e disse que jamais faria campanha ao candidato do PT.
Contudo, a senadora garante que ainda não conversou com o ministro e dirigente do PSD sobre o assunto. “E aí para mim não é confortável, porque o Fávaro é meu titular e a cadeira do Senado é dele, né?! Mas, infelizmente a gente escolhe um lado. Eu já escolhi. […] Aí a gente vai ter que sentar e conversar e eu vou ter que dizer para ele o que eu penso, né?”, apontou.