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Bastidores do poder

Coluna de notas apuradas diretamente dos corredores da Câmara dos Deputados, Ministérios, Palácio do Planalto, Senado Federal, Supremo Tribunal Federal e demais tribunais superiores.

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Candidato da “Faria Lima”

A estratégia da “Faria Lima” para convencer Tarcísio de abandonar o Palácio dos Bandeirantes pela disputa ao Palácio do Planalto, é que no momento decisivo, os bolsonaristas migrarão seus votos para ele. (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

De acordo com informações de fontes do “centrão”, o setor financeiro e empresarial paulista, conhecido como “Faria Lima”, mantém o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) como sua principal aposta para a disputa presidencial de 2026. Após a experiência frustrada de tutelar o governo Bolsonaro, o mercado financeiro vê em Tarcísio um candidato viável da direita com perfil “liberal-conservador” e bom desempenho nas pesquisas. A avaliação é que ele não é mais visto como um “bolsonarista puro”, tendo sido “abduzido” pelo mercado, o que o torna aceitável para um espectro mais amplo. Caso Tarcísio desista, as alternativas são os governadores do Paraná, Ratinho Junior (PSD); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).

 

 

Candidato da “Faria Lima” 2

Se Tarcísio esperar 2030 para concorrer ao Planalto, a aposta de parte do “centrão” e da “Faria Lima” para 2026 é o governador paranaense Ratinho Jr., filho do apresentador televisivo Ratinho. (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

De acordo ainda com informações de outras fontes do “centrão”, a indecisão do governador Tarcísio sobre disputar a Presidência em 2026 está abrindo espaço para que o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), se fortaleça como o novo “queridinho” do setor financeiro e empresarial paulista, a chamada “Faria Lima”. A omissão de Tarcísio ao citar Ratinho entre os pré-candidatos da oposição, após o anúncio de Flávio Bolsonaro, evidenciou a tensão. Enquanto Tarcísio sinaliza fidelidade ao bolsonarismo, apostando numa herança política futura, a “Faria Lima” vê no paranaense uma opção mais liberal e eficaz sem a “toxicidade” do clã Bolsonaro. A avaliação é que, se Tarcísio optar pela reeleição em São Paulo, Ratinho Júnior tem o perfil e o apoio para ocupar imediatamente o vácuo como principal nome da centro-direita, tornando-se a maior ameaça aos planos de longo prazo do governador paulista.

 

 

Sem Moro

“O PP no Paraná não vai homologar o nome do candidato Moro”, afirma o deputado federal Ricardo Barros – presidente do diretório do PP paranaense. (Foto: Lula Marques / Agência Brasil)

De acordo com informações de fontes do “centrão”, o presidente do PP – senador Ciro Nogueira (PI), que viajou ao Paraná nesta segunda-feira, 8, para negociar a retirada da pré-candidatura de Sérgio Moro ao governo do estado, com objetivo de firmar uma aliança da federação PP com o União Brasil com o governador Ratinho Júnior e apoiar a candidatura do prefeito Guto Silva (PSD) como o candidato ao Palácio das Araucárias, em 2026. A movimentação acontece após o diretório estadual do PP decidir não homologar o nome de Moro como seu candidato. A estratégia do “centrão” busca reorganizar as forças políticas para evitar a fragmentação de votos nas eleições proporcionais e isolar Moro, cuja candidatura, embora lidere as pesquisas, enfrenta forte resistência do grupo de Ratinho Júnior. A posição oficial do União Brasil sobre o caso ainda permanece indefinida.

 

 

Sem Moro 2

Para as fontes do “centrão”, o conteúdo explosivo do material deve implodir de vez qualquer pretensão eleitoral do ex-juiz, sepultando sua imagem pública e complicando sua permanência no cenário político. (Foto: Lula Marques / Agência Brasil)

De acordo com informações de fontes do “centrão”, a apreensão pela Polícia Federal do vídeo da “festa da cueca” na 13ª Vara Federal de Curitiba representa um golpe devastador às ambições políticas do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR). O material, encontrado na antiga vara do ex-juiz, comprovaria as graves denúncias do empresário Tony Garcia de que Moro mantinha um esquema clandestino para coagir desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. Segundo as acusações, o então magistrado utilizou as gravações de encontros com garotas de programa, financiados por escritórios de advocacia, para chantagear e influenciar decisões judiciais, incluindo processos da “Lava Jato”. A existência física do vídeo, agora sob custódia da PF por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, desmonta a defesa de Moro e corrobora a tese de que ele atuava como “líder de um sistema de chantagem”.

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Banco Master

As fontes palacianas afirmam que as instituições mantinham “ligações perigosas” e que o caso expõe uma grave contaminação do banco público por ativos podres, com reflexos políticos – sobretudo com parlamentares do “centrão” e da oposição. (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

De acordo com informações de fontes do Planalto, a negociação para aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), banco público do Distrito Federal, esconde um grande esquema de fraudes que resultou na operação “Compliance Zero” da Polícia Federal. O Banco Central rejeitou o negócio de R$ 2 bilhões ao identificar indícios graves, incluindo a transferência de R$ 12,2 bilhões do BRB ao Master no primeiro semestre de 2025 para compra de carteiras de crédito falsas. A PF apurou que os créditos, supostamente de consignado, foram forjados com documentos com assinaturas eletrônicas irregulares. A investigação levou ao afastamento do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e à prisão do banqueiro Daniel Vorcaro, do Master, posteriormente solto por decisão do ministro do STF, Dias Toffoli.

 

 

Sem anistia

A avaliação das lideranças é que, com essa tática, conseguem esvaziar o apelo emocional da anistia e capitalizar politicamente o desfecho do processo. (Foto: Joédson Alves / Agência Brasil)

De acordo com informações de fontes do “centrão”, a possibilidade de uma anistia ampla para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro é zero. Isso porque o tema já está negociado entre os partidos. O relatório em discussão, encabeçado pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP), descarta totalmente o projeto defendido pelo PL e aposta exclusivamente em um mecanismo de redução de penas como forma de “pacificação”. A estratégia do “centrão” é trabalhar para diminuir as condenações, buscando, com isso, roubar os holofotes dos parlamentares bolsonaristas e absorver parte de sua base eleitoral. O movimento visa isolar politicamente a ala radical e apresentar o “centrão” como o único ator capaz de obter um resultado concreto, ainda que limitado, tentando capitalizar o tema para si.

 

 

Reeleição de Lula

O partido reafirma que a reeleição de Lula é condição central para aprofundar o desenvolvimento nacional e barrar o avanço do bolsonarismo. (Foto: Carlos Roberto / PT)

De acordo com informações de fontes do PT, o diretório nacional do partido aprovou uma resolução que traça a estratégia para a reeleição do presidente Lula em 2026. A ideia é traçar as conquistas do governo, como a retirada do país do “mapa da fome”, a redução histórica da desigualdade e a política externa soberana, além de considerar a prisão de Jair Messias Bolsonaro uma vitória democrática. Mas, as fontes petistas alertam para uma ofensiva articulada da direita e da extrema-direita, que atua para sabotar o governo federal, citando como exemplos o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a instabilidade criada no Congresso, simbolizada pela derrubada de vetos ambientais. Para enfrentar esse cenário, o PT definiu como prioridades estratégicas a adoção urgente de uma reforma política com financiamento apenas público de campanhas, o combate à desinformação por meio da regulação das “big techs” e a construção de uma ampla bancada no Senado.

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Marco temporal

A tensão em alta voltagem na Praça dos Três Poderes coloca em lados opostos o Congresso, influenciado pela bancada ruralista, e o STF, pressionado por movimentos indígenas, com o desfecho capaz de redefinir a política indigenista. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

De acordo com informações de fontes do “centrão” e do Planalto, a retomada do julgamento pelo STF do marco temporal das terras indígenas deve colocar os Três Poderes em rota de colisão. Enquanto o STF deve manter a tese inconstitucional, o Senado votará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 48 de 2023 para constitucionalizar o critério. A ofensiva legislativa é uma reação direta dos presidentes de partidos do “centrão” a uma decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes que limitou pedidos de impeachment contra a Corte, transformando o tema indígena no epicentro de uma disputa institucional mais ampla. O Planalto, frontalmente contrário ao marco temporal, atua nos bastidores para evitar a aprovação da PEC, considerando a tese um retrocesso que viola direitos originários e aumenta conflitos fundiários.

 

 

CNH sem autoescola

No entanto, a oposição bolsonarista, com apoio de setores do “centrão” ligados às autoescolas, já ensaia um contra-ataque no Congresso, alegando riscos à segurança viária e prepara projetos para barrar ou modificar a resolução. (Foto: Divulgação / Denatran)

O presidente Lula sanciona nesta terça-feira, 9 de dezembro, um pacote de medidas que reduz em até 80% o custo da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), um tema de forte apelo popular e considerado estratégico, de acordo com informações de fontes do Planalto, para garantir a reeleição no primeiro turno em 2026. A iniciativa, que beneficia cerca de 50 milhões de brasileiros que dirigem sem documento ou não podem pagar pelo processo atual, inclui curso teórico gratuito, flexibilização das aulas práticas e a possibilidade de realização de exames com instrutores autônomos. Para o governo, a medida é uma poderosa ferramenta de inclusão produtiva e conexão eleitoral com a base popular.

 

 

Emendas vigiadas

A medida é mais um capítulo na tensão institucional entre o STF e o Congresso, com o ministro mantendo o processo sob a Corte para evitar “embaraços indevidos às prerrogativas parlamentares”. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

O acirramento entre os Três Poderes deve continuar se acirrando com o cerco às emendas parlamentares que não cumprem exigências legais levadas a cabo pelo ministro Flávio Dino. Em decisão nesta última segunda-feira, 8, o relator da ADPF 854 no STF determinou o envio à Polícia Federal do oitavo relatório técnico da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou irregularidades generalizadas em “emendas PIX”. O documento revelou que, entre 20 entes auditados que receberam os maiores valores em 2024, nenhum cumpriu integralmente as exigências legais, 11 apresentaram irregularidades na contratação de serviços e apenas cinco atenderam às regras de rastreabilidade orçamentária. Dino destacou a persistência de “práticas deletérias” e determinou que a CGU apresente um novo plano de auditorias para 2026 em 30 dias.

 

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