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sexta-feira, maio 17, 2024
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Pescadores e ribeirinhos ‘invadem’ AL contra projeto da pesca

Por Redação do GD

Cerca de 500 moradores de regiões ribeirinhas da baixada cuiabana ocupam as galerias da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para acompanhar a votação que acontece nesta quinta-feira (1), do projeto de Lei que proíbe o transporte de pescado por 5 anos em Mato Grosso.

A mobilização ocorreu em menos de 24 horas, já que o projeto do governo do Estado foi apresentado na quarta (31).

“O projeto chegou de surpresa na Casa e é um verdadeiro tapa na cara da população e a gente se sente palhaço. Aqui tem 500 pessoas de 15 municípios. Mas a pesca é muito maior que isso, nós estamos falando de 100 a 200 mil famílias direta e indireta. A gente não está pedindo esmola. Eu não quero esmola, eu trabalho na pesca há 24 anos e trabalho para sobreviver, eu levanto às 4 horas da manhã. Aqui você não vê ninguém usando [roupa de] grife. Aqui é todo mundo com o rosto queimado de sol e a mão calejada”, disse a presidente da Associação do Segmento da Pesca de Mato Grosso, Nilma Silva.

Segundo a Associação o projeto tem vícios e irregularidades, e que o verdadeiro objetivo seria abrir caminho para a construção de usinas e pequenas hidrelétricas – UHE e PCHs.

De acordo com o projeto denominado ‘Transporte Zero’, a partir do dia 1º de janeiro de 2024, proíbe o transporte, armazenamento e comercialização do pescado pelos próximos cinco anos. Nesse período, será permitida a modalidade pesque e solte, assim como a pesca de subsistência.

No caso dos pescadores artesanais, o projeto do Governo estabelece o pagamento de auxílio financeiro por três anos. Sendo um salário mínimo (R$ 1.320) no primeiro ano, R$ 660 reais no 2º ano e R$ 33 reais no terceiro ano. Já os últimos dois não, os pescadores não terão nenhum auxílio do governo.

O governo ainda afirma que todos os pescadores cadastrados receberá qualificação em programas da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania para o turismo ecológico e pesqueiro e de produção sustentável da aquicultura.

O governo ainda diz que o projeto é necessário em razão da redução dos estoques pesqueiros em rios do Estado, colocando em risco várias espécies nativas de Mato Grosso e estados vizinhos. Além da preservação das espécies e combate à pesca predatória, o objetivo do projeto também é fomentar o turismo no Estado e garantir emprego e renda para as famílias.

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