O PP e o União Brasil devem anunciar oficialmente a formação de uma federação na próxima terça-feira (29), às 15h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília. O acordo criará uma potência legislativa e eleitoral. Com a federação, União Brasil e PP vão formar o maior grupo partidário da Câmara, com 108 deputados. No Senado, serão 13 parlamentares. A redação fez contato com os presidentes dos partidos em Santa Catarina, Leodegar Tiscoski e Fabio Schiochet para entender as mudanças futuras a partir da federação.
Com a federação PP deve ficar com o comando do Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina; já o União Brasil comandará os estados do Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia. A cúpula da federação ficará com o comando de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins.
Ao ser questionado sobre fundos partidários, o presidente estadual do PP, Leodegar Tiscoski explica que a autonomia será mantida. “Cada estado vai ter, cada partido, tanto no âmbito nacional, estadual, municipal, vai ter a sua autonomia. Está sendo elaborado um regimento que vai disciplinar como os dois partidos vão, a postura dos dois partidos, os comandos, enfim. Mas, por exemplo, em Santa Catarina, E a coordenação, a presidência ficará com o Progressistas. O nome ainda não temos, quem vai ocupar esse espaço. Mas a partir de amanhã vamos procurar o União Brasil para começar a conversar sobre a federação aqui no Estado. Mas cada partido vai continuar com autonomia. a autonomia, o fundo partidário será de cada partido, não haverá a junção dos dois fundos partidários”.
O presidente estadual do União Brasil, ressalta a importância da aliança dos dois partidos “ Essa federação será o maior partido da Congresso Nacional , contando com 106 deputados federais e 15 Senadores, ou seja, todas as decisões importantes da nação terão na federação ponto determinante para o resultado. A ideia é que ela fortaleça os partidos nos Estados e Municípios num trabalho de junção de lideranças de cada sigla. Aqui em Santa Catarina seremos o 3° partido em número de Prefeitos, o 1º em vice prefeitos e o 2º em vereadores. Nos consolidando como uma das maiores forças partidárias do Estado”.
Quando a pergunta foi sobre eleições 2026 e 2028 o representante do Progressistas afirmou que o foco é a definição para o próximo ano: “As conversas ainda não iniciaram com a União Brasil. E o foco principal agora é 2026. 2028 é um assunto ainda para conversarmos posteriormente. O Pedrão, por exemplo, deverá ser candidato a federal ou estadual, ele está definindo qual espaço vai ocupar, e é um potencial muito forte de eleição. Estamos aí tentando que o deputado José Milton Scheffer também confirme que vai a federal, temos o Coronel Armando que deverá se filiar conosco aí na janela. Estamos buscando uma boa nominata para deputado federal e certamente vamos ter sucesso nessa fase, mas as tratativas com a União Brasil é que irão concretizar o que será mais forte”.
O representante do União Brasil tem o mesmo posicionamento “A nossa concentração em termos eleitorais está focada nas eleições de 2026. Só a partir daí com o novo mapa dos partidos em Santa Catarina vamos nos planejar para as eleições municipais de 2028. A federação agora ajusta os detalhes de cada Estado respeitando a história e cultura local das siglas. O grande desafio é sairmos desse processo com uma federação unida de norte ao sul do País. No mais são questões legais que já estão sendo encaminhadas pelos nossos jurídicos”.
Ao ser concretizada, a fusão será a maior força do Congresso e terá os maiores repasses de verba pública para custeio de campanhas e funcionamento das siglas.
