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quinta-feira, maio 9, 2024
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Engenheiro do BRT é desligado em meio à denúncia

Por Pablo Rodrigo, Gazeta Digital 

Engenheiro responsável pela implementação do BRT em Cuiabá e Várzea Grande, Gustavo Garoli Cardoso, foi desligado da Nova Engevix e do Consórcio responsável pela obra, no mesmo mês em que a denúncia de suposto conluio entre as empresas que participaram do processo de licitação, o que caracterizaria a prática de grupo econômico envolvendo a Nova Engevix e a Paulitec Construções Ltda, foi encaminhada à Advocacia Geral da União (AGU), Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU).

Gustavo Cardoso era o coordenador do Consórcio e apontado pela Prefeitura de Cuiabá, como o elo que comprovaria a ligação entre a Nova Engevix e a Paulitec, que disputaram a licitação do BRT.

Isso porque o engenheiro era o líder do concorrente derrotado durante a disputa de lances verbais no pregão que definiu a vencedora da licitação para a construção do BRT (Ônibus de Rápido Transporte) em Cuiabá e Várzea Grande.

Gustavo era funcionário da Paulitec Construções, que liderava o Consórcio Mobilidade MT, derrotado na disputa com o Consórcio que ele é responsável.

Conforme a escritura pública de ata notarial, Garoli atuou pela Paulitec entre setembro de 2019 e maio de 2022, período em que foi responsável por elaborar a proposta para a concorrente do Consórcio Construtor BRT. O pregão público ocorreu no dia 17 de março do ano passado.

O valor da licitação do governo Mauro Mendes (União) foi de R$ 480.500.531,82, montante exato que o consórcio liderado por Gustavo apresentou.

Porém, o Consórcio vencedor apresentou uma proposta de R$ 480 milhões. Ao abrir para os lances livres, sempre que Gustavo apresentava um valor menor, o Consórcio Construtor BRT reduzia a sua oferta até se sagrar vitoriosa pelo valor R$ 468.031.500.

A suspeita da Prefeitura de Cuiabá, que é contra a extinção do VLT, é que tanto a Paulitec e a Nova Engevix, que comanda a obra do BRT teriam ligações comerciais, o que impediria que elas disputassem o mesmo processo licitatório, ainda mais, sendo as únicas concorrentes. A prova seria a participação de Gustavo Garoli nas duas empresas, como gerente de Contratos e Obras da Nova Engevix.

 

Outro lado

Procurado, Gustavo Garoli não atendeu às ligações. Já a Nova Engevix confirmou o desligamento do engenheiro em agosto passado, afirmando que sua saída teria ocorrido por reestruturação interna.

“Informamos que, desde agosto de 2023, o engenheiro Gustavo Garoli não faz parte da equipe de trabalho do Consórcio BRT. A mudança foi resultado de uma reestruturação interna, assumindo o consultor de engenharia e gestão de projetos, Mário Jorge, que já acompanhava as obras do BRT e tem reconhecida capacidade e experiência em empreendimentos desta complexidade”, diz a nota.

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