A missão de observação eleitoral de países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP) divulgou nesta segunda-feira (3) um documento que concluiu que o uso do sistema eletrônico de votação é seguro, confiável e não colocou em dúvida a transparência e verdade das eleições deste domingo.
A missão é composta por catorze observadoras e observadores, presidentes, membros e técnicos dos órgãos de administração eleitoral de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.
“A utilização de meios eletrônicos de votação, nas condições concretas observadas e submetidos a um processo de validação publicamente conhecido, revelou-se segura, confiável e expedita e não suscitou reclamações nem foram observados procedimentos suscetíveis de pôr em causa a transparência e a verdade da votação”, conclui o documento.
O trabalho da equipe se concentrou em 50 seções eleitorais, nas quais estavam registrados aproximadamente 12.500 eleitores.
No documento, os observadores afirmaram que “os procedimentos legais na instalação, na abertura e no decurso da votação nas seções eleitorais visitadas” foram respeitados e que a votação foi realizada sem “interferências ou incidentes”.
“A Missão de Observação Eleitoral (…) considera que as eleições gerais no Brasil, sob o ponto de vista organizacional, decorreram, fundamentalmente, em conformidade com os preceitos legais aplicáveis e satisfizeram os requisitos internacionais”, diz a declaração.
Filas
Questionado sobre as filas que se estenderam por horas em algumas seções eleitorais, João Manuel Rosa de Almeida, membro titular da Comissão Nacional de Eleições e porta-voz da missão, disse que o problema está relacionado à complexidade do processo.
Almeida citou o fato de o Brasil realizar eleições para vários cargos ao mesmo tempo e utilizar o sistema de voto em lista aberta.
“Inicialmente as filas eram pequenas. Depois foram crescendo até o final. Isso muitas vezes tem a ver com os eleitores, que acumularam-se na última hora, mas também tem a haver com a complexidade do processo”, afirmou.
O observador disse ainda que aguarda novo convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para atuar no segundo turno das eleições, em 30 de outubro.
Fonte: G1