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quinta-feira, maio 9, 2024
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Mais de 200 trabalhadores rurais fazem manifestação e acampam em frente ao Incra em Cuiabá

Mais de 200 trabalhadores rurais ocuparam, nesta terça-feira (23), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Cuiabá. A ação reúne mulheres, homens, jovens e crianças das quatro regiões do estado para cobrar por demandas das comunidades, como acesso aos processos referentes às áreas que ocupam, agilidade no cumprimento das medidas e criação de projetos de desenvolvimento sustentável, entre outros pontos.

Lideranças das famílias se reuniram com representantes do Incra e da Defensoria Pública para tratar das reinvindicações levantadas pela manifestação.

O movimento acontece durante a 2ª Semana de Resistência Camponesa realizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), em Mato Grosso, com apoio de outras entidades do segmento, que acontece até esta sexta-feira (26).

Ao g1, o Incra informou, em nota, que todas as demandas devem ser atendidas em um prazo que varia de cinco a 15 dias.

“O Incra recebeu a pauta de reivindicações dos trabalhadores rurais, na qual solicitavam uma reunião para tratar do andamento de diversos processos. O responsável pela Conciliação Agrária comunicou aos trabalhadores a necessidade de desocupação do prédio, informando-os que, em caso de recusa, a PFE deverá entrar com ação de reintegração de posse”, disse.

O acampamento improvisado no estacionamento do instituto abriga sete assentamentos, sendo o Boa Esperança e União Recanto Cinco Estrelas, de Novo Mundo; Lote 10 e Renascer, de Nova Guarita; outro grupo chamado Renascer, mas localizado em Jaciara; Gleba Carlos Pelicioli, de Santa Terezinha; e Santa Rita, de Ribeirão Cascalheira.

Famílias acampam em frente ao Incra, em Cuiabá — Foto: CPT-MT
Famílias acampam em frente ao Incra, em Cuiabá — Foto: CPT-MT

Todas estas famílias vêm das regiões Norte, Araguaia, Sul e Baixada Cuiabana, na qual cobram pela agilidade do instituto na resolução de pendências legais com as áreas, o que gera conflitos no campo.

Eles cobram acesso digital aos processos referentes às áreas que seja possível o acompanhamento jurídico. Atualmente, os processos digitalizados estão com o instituto e o acesso somente acontece com liberação deles.

Cada acampamento trouxe uma reivindicação diferente que atenda as respectivas demandas. Porém, todos eles pedem, também, pela inclusão das áreas em situação de conflito na Câmara de Conciliação de Agrária (CCA).

Crianças protestam em frente ao Incra, em Cuiabá — Foto: CPT-MT
Crianças protestam em frente ao Incra, em Cuiabá — Foto: CPT-MT

Acampamento União Recanto Cinco Estrelas, em Novo Mundo, cobra pelo julgamento do mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), para implantação do projeto de desenvolvimento sustentável, em 2 mil hectares, na fazenda Cinco Estrelas, cujo plano de utilização e relatório de viabilidade ambiental foi realizado pelo Incra, em junho de 2021.

No acampamento Renascer, em Nova Guarita, eles cobram pela criação de um projeto de desenvolvimento sustentável na área da Gleba Gama, na qual o Incra já declarou interesse social, inclusive com decisão do Conselho Diretor Regional.

No acampamento Renascer, em Jaciara, cobram pela agilidade no julgamento do mandado de segurança no TR1, para viabilizar a implantação do projeto de assentamento mestre, criado em 2004.

Pré-assentamento Boa Esperança, em Novo Mundo, cobra pela criação de um projeto de desenvolvimento sustentável, que incide em parte da área da fazenda Araúna. O plano de utilização e relatório de viabilidade já foi realizado pelo instituto em 2020, mas não foi criado o projeto. Outra reivindicação do grupo é que o Incra receba a posse da área do Boa Esperança, conforme decisão do TRF1, de junho de 2022.

Pré-assentamento Lote 10, em Nova Guarita, pede pela realização de uma vistoria ocupacional para regularizar as famílias que ocupam a área.

Fonte: G1

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