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domingo, maio 19, 2024
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Com visita de parlamentares dos EUA, China realiza novos exercícios perto de Taiwan

Os militares da China disseram que realizaram mais exercícios perto de Taiwan nesta segunda-feira (15) em meio à visita de um grupo de parlamentares dos Estados Unidos à ilha.

Uma delegação de cinco parlamentares dos Estados Unidos, liderados pelo senador Ed Markey, chegou a Taipé no domingo (14) para uma visita de dois dias.

Os parlamentares se encontraram com o presidente Tsai ing-wen, no que Pequim disse ser uma violação de sua soberania.

Pequim, que reivindica Taiwan como seu próprio território, tem mantido exercícios militares ao redor da ilha para expressar sua raiva desde que a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou Taiwan.

A unidade militar chinesa responsável pela área adjacente a Taiwan, o Comando de Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular, informou que organizou nesta segunda patrulhas conjuntas de prontidão e exercícios de combate no mar e no espaço aéreo em torno de Taiwan.

As atividades foram “um forte impedimento para os Estados Unidos e Taiwan continuarem a fazer truques políticos e minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan”, acrescentou.

O Ministério da Defesa da China afirmou em um comunicado separado que a viagem dos legisladores infringiu a soberania e a integridade territorial da China e “expõe totalmente a verdadeira face dos Estados Unidos como um destruidor da paz e estabilidade no Estreito de Taiwan”.

“O Exército de Libertação do Povo Chinês continua a treinar e se preparar para a guerra, defende resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial, e vai esmagar resolutamente qualquer forma de separatismo de ‘independência de Taiwan’ e interferência estrangeira”.

Nenhuma das declarações deu detalhes de quais os exercícios foram realizados.

Taiwan não será dissuadido, diz premiê

O primeiro-ministro de Taiwan, Su Tseng-chang, disse que não seria dissuadido pela resposta da China a tais visitas de “amigos estrangeiros”.

“Não podemos simplesmente não fazer nada porque há um vizinho malvado ao lado e não nos atrevemos a permitir que visitantes ou amigos venham”, disse ele a repórteres.

A visita de Pelosi enfureceu a China, que respondeu com lançamentos de teste de mísseis balísticos sobre Taipé pela primeira vez e abandonou algumas linhas de diálogo com Washington, incluindo conversas militares de teatro e mudanças climáticas.

O último grupo de legisladores dos EUA a visitar Taiwan deveria se encontrar com Tsai nesta manhã, mas o seu escritório ainda não comentou a reunião.

No entanto, esta viagem foi muito mais discreta do que a de Pelosi, com o encontro de Tsai com a delegação não sendo transmitido ao vivo em suas redes sociais, que é a prática geral quando convidados estrangeiros de alto nível vem à ilha.

Os Estados Unidos não têm laços diplomáticos formais com Taiwan, porém são obrigados por lei a fornecer à ilha democraticamente governada os meios para se defender.

A China nunca descartou o uso da força para colocar Taiwan sob seu controle. O governo de Taiwan diz que a República Popular da China nunca governou a ilha e, portanto, não tem o direito de reivindicá-la, e que apenas seus 23 milhões de habitantes podem decidir seu futuro.

Fonte: CNN Brasil

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