MATO GROSSO

Reuniões legislativas Brasil-EUA

Missão do Senado aos EUA entra em fase decisiva a três dias das tarifas de Trump começarem a valer

As tarifas anunciadas e prometidas por Trump para 1º de agosto coloca em risco a previsibilidade das cadeias produtivas inteiras – em especial nos setores de alimentos e perecíveis, inclusive das empresas norte-americanas. (Foto: Divulgação / Secom-CREDN-SF)

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Efeito bumerangue é o principal argumento apontado pelos senadores que estão tentando estabelecer conversas no âmbito legislativo.

 

Por Humberto Azevedo

 

Com a tarifa de 50% prestes a entrar em vigor nesta sexta-feira, 1º de agosto, os senadores brasileiros iniciaram nesta terça-feira, 29 de julho, a etapa mais sensível da missão oficial aos Estados Unidos. O grupo teve reuniões fechadas com parlamentares americanos ao longo do dia, em tentativa de retomar o diálogo político entre os dois países e reforçar a posição institucional do Brasil diante da medida anunciada por Donald Trump.

 

A comitiva liderada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) do Senado Federal, tem apostado no peso simbólico e diplomático da visita para mobilizar apoio no Congresso americano e no setor privado. A tarifa, que atinge diretamente exportações brasileiras de produtos como aço, alumínio, alimentos e manufaturados, pode gerar prejuízos de até R$ 175 bilhões em dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

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“Essa missão é o primeiro passo de uma reaproximação institucional entre os parlamentos do Brasil e dos Estados Unidos. A gente sabe que não é aqui que vamos resolver o problema das tarifas, mas viemos mostrar que o Senado brasileiro está disposto a abrir o diálogo e construir pontes”, afirmou Trad, após reunião com membros da U.S. Chamber of Commerce, maior organização empresarial do mundo, que representa milhões de empresas de todos os setores da economia norte-americana.

 

Na ocasião, os senadores articularam apoio a uma manifestação conjunta da Câmara de Comércio americana pedindo ao governo dos EUA o adiamento da tarifa por apontar que a medida afeta a previsibilidade de empresas, inclusive americanas, e coloca em risco cadeias produtivas inteiras – em especial nos setores de alimentos e perecíveis.

 

“Não viemos com bandeira ideológica, viemos com dados e responsabilidade. O ‘não’ nós já temos, viemos correr atrás do ‘sim’”, disse Trad, após encontro com executivos da Cargill, ExxonMobil, Johnson & Johnson, Caterpillar e entre outros.

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A missão ouviu também especialistas do mundo jurídico, econômico e político, como Stephen Vaughn, que integrou a primeira gestão Trump. Alertaram que, mesmo com possíveis derrotas judiciais, a Casa Branca pode reinstaurar tarifas por intermédio de outros instrumentos. Daí a importância de atuar no Congresso e de manter canais abertos entre os poderes legislativos dos dois países.

 

Além de Trad, integram a comitiva os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Tereza Cristina (PP-MS), Marcos Pontes (PL-SP), Rogério Carvalho (PT-SE), Carlos Viana (Podemos-MG), Fernando Farias (MDB-AL) e Esperidião Amin (PP-SC). Na quarta-feira, 30 de julho, às 8h30, os parlamentares se reúnem com representantes da Americas Society / Council of the Americas, entidade que reúne lideranças da sociedade civil e do setor empresarial com foco no fortalecimento das relações interamericanas. 

 

Com informações de assessorias.

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