Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

Descontentamento cresce na Federação União Progressista com movimentos isolados de Esperidião Amin

publicidade

Lideranças do PP e do União Brasil cobram decisões conjuntas e questionam articulação antecipada com o governador Jorginho Mello.

O clima dentro da Federação União Progressista, que reúne Progressistas (PP) e União Brasil (UB) em Santa Catarina, está longe da harmonia. Deputados estaduais dos dois partidos demonstram insatisfação com as articulações individuais conduzidas pelo senador Esperidião Amin (PP) e dirigentes progressistas em torno da eleição de 2026.

O incômodo ganhou força após uma reunião entre Amin, Leodegar Tiscoski (presidente estadual do PP) e Aldo Rosa (secretário-geral da sigla) com o governador Jorginho Mello (PL). O encontro tratou da composição para uma das vagas ao Senado, sem que houvesse aval da Federação — que ainda não decidiu se apoiará a reeleição de Jorginho.

Entre os descontentes estão os deputados Altair Silva, José Milton Scheffer e Pepê Collaço, do PP, além de Jair Miotto, Marcos da Rosa e Sérgio Guimarães, do União Brasil, e o presidente estadual do UB, deputado federal Fábio Schiochet. O grupo considera que o movimento quebra o acordo interno de que qualquer decisão sobre alianças seria tomada coletivamente, a partir de janeiro de 2026.

Leia Também:  Aldecino: ‘Percorremos um bom caminho para chegarmos até aqui’

Nas últimas semanas, parte dos parlamentares da Federação participou de encontros do PSD, nos quais o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, foi apresentado como pré-candidato ao governo. O gesto foi lido como um sinal de desconforto com o rumo das conversas conduzidas por Amin.

Outro nome ligado ao senador que vem gerando ruído é o do Coronel Armando (PP), que já teve desentendimentos com Schiochet em 2022 e agora critica a possibilidade de o deputado do União Brasil ser vice na chapa de Jorginho Mello.

“As decisões da Federação devem ser respeitadas por todos. Ninguém pode agir isoladamente como se tivesse autoridade para definir os rumos de 2026”, disse uma liderança que participou da reunião recente entre os deputados estaduais e Fábio Schiochet.

Nos bastidores, há irritação crescente também contra Leodegar Tiscoski e Aldo Rosa. Deputados afirmam que ambos não têm representatividade eleitoral para conduzir tratativas em nome do grupo. Setores do União Brasil defendem que Schiochhet assuma a coordenação da Federação, para “evitar que decisões fiquem à mercê das vontades de Amin”.

Leia Também:  Audiência de conciliação da Lei Transporte Zero é marcada para próxima semana pelo ministro do STF

A movimentação reflete o receio de que o senador imponha sua candidatura ao Senado como parte da coligação de Jorginho Mello. O problema, apontam líderes da Federação, é que o governador pode optar por lançar Caroline de Toni (Republicanos) na disputa, favorecendo uma dobradinha com Carlos Bolsonaro (PL) — o que deixaria Amin em posição vulnerável e a Federação, sem protagonismo na chapa majoritária.

Nos bastidores, a avaliação é de que o União Progressista precisa redefinir papéis e fortalecer sua unidade interna para não servir apenas como escada eleitoral na reeleição de Jorginho Mello.

COMENTE ABAIXO:

Compartilhe essa Notícia

publicidade

publicidade