A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) chega, nesta sexta-feira, ao seu último dia, com raros consensos e negociações ainda travadas. Há uma clara divergência não superada entre os países desenvolvidos, como os Estados Unidos, e os países em desenvolvimento sobre a criação de um novo fundo para perdas e danos climáticos. Na prática, propõe-se que países pobres atingidos por desastres ambientais como furacões e inundações sejam compensados financeiramente pelas nações mais ricas – responsáveis pela maior emissão de gases na atmosfera, mas que resistem fortemente à criação do fundo.
NEUTRALIDADE
O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, indicou que não irá interferir na eleição para a presidência da Assembleia de São Paulo (Alesp). A neutralidade, segundo aliados de Tarcísio, favoreceria o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O dirigente está empenhado em eleger o deputado estadual André do Padro para comandar a Alesp. A decisão de Tarcísio, no entanto, poderá desencadear um racha no PL entre os deputados bolsonaristas e aqueles que são ligados a Valdemar. Líderes da bancada bolsonarista dizem que só apoiarão um escolhido de Valdemar se Tarcísio concordar publicamente com a indicação.
QG DO EXÉRCITO
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) multou 240 veículos de participantes das manifestações que ocorrem no Quartel General do Exército, em Brasília. À coluna Grande Angular, o Detran-DF confirmou ter autuado os motoristas por estacionamento irregular. Mas as multas foram aplicadas fora da zona militar, que é de responsabilidade do Exército. Segundo o órgão, os carros estavam estacionados o Eixo Monumental, principal via de acesso à avenida do Quartel General. As multas por estacionamento irregular previstas no Código de Trâsito Brasileiro variam de leve a gravíssima, com valor de R$ 88,38 a R$ 293,47. O motorista autuado leva de 3 a 7 pontos na carteira de habilitação.
REFORMA TRIBUTÁRIA
A reforma tributária é crucial para a economia brasileira e precisa ser aprovada já em 2023, defendem economistas ouvidos pelo Metrópoles. Para eles, o futuro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve usar o capital político adquirido com a vitória nas urnas para, logo nos primeiros meses de mandato, liderar o debate sobre o tema no Congresso Nacional. Discutida há pelo menos 15 anos no Parlamento brasileiro, a reforma tributária é praticamente consensual entre as diversas forças políticas e o setor produtivo – o problema é definir qual projeto será apresentado. Os dois em estágio mais avançado são as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 45/2019, na Câmara dos Deputados, e 110/2019, no Senado.
BOLSA FAMÍLIA
Lideranças do PT e da equipe de transição de Lula esperam também contar com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para aprovar, na PEC da Transição, a retirada do Bolsa Família do teto de gastos por, no mínimo, quatro anos. Segundo parlamentares petistas, Lira evitou cravar sua posição pessoal sobre a proposta quando recebeu a minuta da PEC das mãos do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), na última quarta-feira, na Câmara. Entretanto, apontam que o presidente da Câmara teria “entendido” a necessidade de abrir uma excepcionalidade para o programa social ficar de fora da regra fiscal por um tempo mais longo que apenas o primeiro ano de mandato de Lula.
SAÚDE DO PRESIDENTE
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), esteve na última quarta-feira no Palácio da Planalto, em Brasília, em audiência com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o catarinense, Bolsonaro não está deprimido com o resultado da eleição. “Ele está firme, forte e otimista com o futuro do país e vai seguir a sua caminhada com um grande líder da direita. Pra quem pensava que ele estava depressivo e desestimulado, está redondamente enganado”, falou João Rodrigues.
CASOS DE COVID
O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira 32.970 diagnósticos de covid-19 nas últimas 24 horas. O número representa um aumento de 162% em relação a duas semanas atrás. Ao todo, são 34.971.043 infectados pela doença no Brasil desde o início da pandemia. Apesar do disparo nos números de casos, as mortes permanecem em estabilidade, foram 71 registros em um dia. O acumulado de vítimas soma 688.835. A média móvel de casos indica 11.638 registros por dia. Os dados mostram tendência de estabilidade, com variação de 162% em relação a duas semanas antes.