A tensão tomou conta da CPMI do INSS nesta semana. O deputado federal José Medeiros (PL) fez um discurso inflamado, acusando a base governista de atuar para “proteger apadrinhados” e impedir que a investigação avance sobre os verdadeiros responsáveis pelo rombo bilionário no sistema previdenciário.
Segundo o parlamentar, o grupo ligado ao presidente Lula estaria “usando a CPMI como cortina de fumaça” para encobrir nomes próximos ao PT e ao movimento sindical. “Toda vez que se pede para investigar alguém da turma deles — como o Frei Chico, irmão de Lula —, a base vota contra e ainda festeja. Parece final de campeonato, não uma comissão parlamentar de inquérito”, criticou.
Medeiros também atacou o que chamou de “narrativa ensaiada” para tentar responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelas fraudes. “Querem inverter a história e colocar a culpa em quem denunciou o problema. É uma jogada política, não uma busca pela verdade”, afirmou.
O deputado recordou que Bolsonaro, ainda em 2019, alertou para as irregularidades no seguro-defeso, chegando a criar um grupo de trabalho para investigar um prejuízo estimado em R$ 2 bilhões anuais. “Bolsonaro não iria combater algo que o beneficiava. Essa tentativa de envolvê-lo é absurda. Querem transformar quem combateu o crime em culpado”, reagiu.
Em tom de indignação, Medeiros encerrou seu pronunciamento dizendo que a CPMI “corre o risco de se tornar uma farsa”, caso continue servindo de palanque político. “O povo quer respostas, não discursos ensaiados. O que está em jogo é o dinheiro do trabalhador, e não a reputação de partidos ou sindicatos”, concluiu.























