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Bastidores do poder

Coluna de notas apuradas diretamente dos corredores da Câmara dos Deputados, Ministérios, Palácio do Planalto, Senado Federal, Supremo Tribunal Federal e demais tribunais superiores.

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“PL antifacção”

O relator Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de SP licenciado, conversa com o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) durante a votação do PL antifacção. (Foto: Bruno Spada / Agência Câmara)

A Câmara dos Deputados aprovou o “PL antifacção” em uma votação marcada por forte tensão com viés anti-governo e palco favorável para a oposição bolsonarista. O texto, que sofreu profundas alterações nas seis versões apresentadas pelo relator da proposta, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), foi duramente criticado pelos governistas, que o acusam de “desfigurar” a proposta original e enfraquecer o combate ao crime. Os pontos mais polêmicos foram a descapitalização da Polícia Federal (PF), com o desvio de recursos de bens apreendidos, e a previsão de penas severas para familiares que concedam abrigo a investigados. Agora, a proposta segue para o Senado, onde o relator será o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que já sinalizou que fará “ajustes necessários”, garantindo o financiamento da PF e corrigindo os excessos do texto da Câmara.

 

 

“PL antifacção” 2

Gaúcho de Passo Fundo, o emedebista eleito por Sergipe também se comprometeu a ajustar dispositivos polêmicos como a criminalização de familiares que dão abrigo a investigados, citando contato com o próprio relator da Câmara para incorporar ao projeto uma emenda corretiva de autoria do deputado Pastor Henrique (PSOL-RJ). (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

Os senadores Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e Alessandro Vieira (MDB-SE), escolhido para relatar o  “PL antifacção”, definiram um novo rumo para a proposta no Senado, priorizando o rigor técnico sobre a disputa política que marcou a tramitação na Câmara. O senador baiano afirmou que a “Casa da Federação” promoverá um amplo debate com as instituições que atuam na linha de frente do combate ao crime com representantes da PF, do Ministério Público e de policiais civis, para construir uma legislação eficaz. Ainda segundo o pessedista baiano, o compromisso é entregar ao país uma lei transformadora, que endureça as penalidades de forma constitucional. Já Vieira sinalizou as primeiras correções essenciais, garantindo a integralidade do financiamento da PF, que foi comprometido no texto da Câmara.

 

 

 

Governadores na CPI

A participação dos governadores na CPI será definida pelo presidente do colegiado e pelo relator da CPI, senador Alessandro Vieira. A ideia é criar um diagnóstico nacional para embasar políticas integradas de combate ao crime organizado. (Foto: Lula Marques / Agência Brasil)

A CPI do crime organizado do Senado aprovou por unanimidade nesta última terça-feira, 18 de novembro, convites a governadores e secretários de Segurança Pública de 11 estados. Assim, governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos) de SP, Cláudio Castro (PL) do RJ, Eduardo Leite (PSD) do RS, Jorginho Mello (PL) de SC, Ratinho Jr. (PSD) do PR, Jerônimo Rodrigues (PT) da BA, Elmano Freitas (PT) do CE, e Raquel Lyra (PSD) de PE, Clécio Luís (Solidariedade) do AP, Paulo Dantas (MDB) de Alagoas e Ibaneis Rocha (MDB) do DF, darão as suas sugestões para avançar no combate às organizações criminosas, que criam um ambiente de insegurança pública no país. Presidente da CPI, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) destacou que a fragilidade do sistema penitenciário brasileiro e a falta de padronização entre os estados como elementos que fortalecem as facções criminosas.

 

 

Banco Master

Aportes do RioPrevidência de mais de R$ 1 bi no Banco Master pode prejudicar diretamente mais de 235 mil pessoas, que recebem a aposentadoria pelo fundo previdenciário. (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), protocolou uma representação na PF pedindo a ampliação das investigações sobre o Banco Master para incluir os investimentos bilionários do RioPrevidência – fundo que garante aposentadorias de servidores do Rio de Janeiro. O parlamentar sustenta que mais de R$ 1 bilhão foi aplicado no banco de Daniel Vorcaro, preso na “Operação Compliance Zero”, mesmo após alertas do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do RJ sobre riscos e falta de lastro. A representação aponta indícios de gestão temerária, possíveis crimes contra o sistema financeiro e desvio de finalidade, exigindo a apuração de responsáveis pelo direcionamento irregular dos recursos. Lindbergh quer ainda que a PF ouça o governador fluminense Cláudio Castro (PL) e gestores do fundo para explicar os aportes no hoje liquidado banco.

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Banco Master 2

Governador Ibaneis Rocha durante evento com o logo do BRB ao fundo, em meio à crise desencadeada pelas investigações que vinculam o banco público ao esquema bilionário do Banco Master. (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

As revelações do escândalo do Banco Master revela um enredo que une fraude financeira, poder político e o risco de um tsunami eleitoral em 2026. No centro está Daniel Vorcaro, preso ao tentar embarcar para Dubai após a deflagração de um suposto esquema bilionário com carteiras de crédito fictícias de R$ 12,2 bilhões vendidos ao Banco de Brasília (BRB), além de R$ 1 bi do fundo de previdência do Rio de Janeiro (RioPrevidência), ignorando alertas do TCE-RJ, e que a XP Investimentos também alocou vultosos recursos de clientes. O caso expõe uma rede de influência em que Vorcaro vai de aliados do senador Ciro Nogueira (PP-PI), o patrocínio do Flamengo – time do governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) – na qual desenhava um “BRB Participações” para controlar o banco público. Com prisões, afastamentos e uma liquidação extrajudicial histórica, o caso ameaça arrastar governadores como Ibaneis e Cláudio Castro para o olho do furacão.

 

 

Banco Master 3

Esquema do Banco Master revelado pela PF traz a luz um esquema bilionário que une fraude financeira, políticos do “centrão” e lavagem de dinheiro do PCC. (Foto: Reprodução / Internet)

O escândalo do Banco Master pode revelar ainda um esquema que tentava atravessar o próprio Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A “emenda Master”, articulada e ventilada pelo senador Ciro Nogueira para elevar o limite de cobertura de R$ 250 mil para R$ 1 milhão, buscava proteger operações de pirâmides no sistema financeiro. Investigações da “Operação Compliance Zero” apontam que Vorcaro usava uma complexa rede de fundos para lavar recursos do Primeiro Comando da Capital (PCC), incluindo investimentos de R$ 300 milhões na Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético-MG. Enquanto o FGC inicia o maior resgate de sua história com R$ 41 bilhões para 1,6 milhão de depósitos, o Banco Master concentrava 40% da exposicão do fundo, pagando comissões de 4% a distribuidoras como XP e BTG. O caso debelado pela PF expõe elos nada republicanos entre o sistema financeiro, políticos do Centrão e facções criminosas.

 

 

Governo de Minas

Lula tenta convencer Pacheco que uma vitória do senador em Minas no próximo ano o credenciar para, inclusive, a sucessão presidencial de 2030, no cenário em que ele se reeleja em 2026. (Foto: Ricardo Stuckert/ Secom-PR)

Em reunião no Planalto nesta última terça-feira, 18, com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ambos bateram o martelo de que o momento não é para indicar o senador para o Supremo Tribunal Federal (STF) e, sim, para que ele seja o candidato ao governo de Minas Gerais em 2026. O encontro, classificado por ambas as partes como “franco e amistoso”, revelou que Lula conta com Pacheco para ter um “palanque forte” nas alterosas numa eleição em que deverá enfrentar o atual vice-governador, Mateus Simões (PSD), e o também senador Cleitinho (Republicanos), candidatos do campo oposicionista. Na reunião, Pacheco manifestou desejo de encerrar a vida pública, mas saiu do encontro com a promessa de consultar os aliados e as suas bases políticas antes de decidir se será candidato ao Palácio da Liberdade.

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Messias no STF

Depois da conversa de Lula com Pacheco, indicação de Messias à Suprema Corte depende agora de uma conversa do presidente brasileiro com o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). (Foto: Luis Macedo / Agência Câmara)

A bancada cristã, que reúne 394 deputados e 38 senadores, mobiliza-se para apoiar a indicação de Jorge Messias ao STF, visto como aliado em pautas conservadoras como a criminalização do aborto. Líderes evangélicos e católicos afirmam que o atual advogado-geral da União, diácono batista, assegurou em conversas privadas seu alinhamento com os “valores da família”. A estratégia do Planalto, ao indicar um nome religioso, busca ampliar a base entre eleitores conservadores em 2026, enquanto a bancada formaliza sua atuação com direito a voz no colégio de líderes da Câmara dos Deputados. A nomeação de Messias representaria o segundo ministro evangélico na Corte, após André Mendonça, em um movimento que tensiona o Estado laico em troca de sustentação política.

 

 

Nova vaga TRT

Wellington Fagundes, relator da proposta que cria nova vaga no TRT de Cuiabá, em visita ao tribunal. Segundo ele, pré-candidato ao governo estadual, a medida visa reduzir a sobrecarga de processos no TRT. (Foto: Divulgação / Assessoria)

O Senado aprovou a criação de uma nova vaga de desembargador no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Mato Grosso (MT). Relatada pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT), a medida busca reduzir a sobrecarga processual do tribunal, que registrou crescimento de 30% em novos casos na última década, ultrapassando 12 mil processos anuais. Fagundes destacou que a expansão acompanha o desenvolvimento econômico e populacional do estado, sem gerar custos adicionais ao transformar cargos já existentes. Com a mudança, o TRT-MT passará a contar com nove desembargadores, sendo a nova vaga destinada a uma mulher, reforçando a representatividade de gênero. A proposta segue para sanção presidencial após defesa no plenário pelo parlamentar, que acompanhou todo o processo desde a construção da sede do tribunal.

 

 

Agricultura irrigada

Monitoramento hídrico ganha reforço e amplia segurança da irrigação no Centro-Oeste. (Foto: Yasmin Fonseca / Secom-MIDR)

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) inaugurou na última segunda-feira, 17, dez estações de monitoramento hídrico no Polo de Irrigação do Planalto Central, integrando o Projeto Ametista. Com investimento de R$ 1,53 milhão, as unidades medem em tempo real níveis de barragens, condições climáticas e consumo de água nos pivôs centrais. A rede telemétrica, operada em parceria com o Instituto Federal de Educação de Goiás (IFGO), envia dados para uma sala de situação dedicada ao planejamento agrícola. Numa propriedade da região, a tecnologia já permitiu aumentar a produtividade do café para 100 sacas por hectare, quintuplicando a média nacional. A iniciativa busca fortalecer a segurança hídrica do Centro-Oeste, que concentra 30% da agricultura irrigada, equilibrando expansão produtiva e gestão sustentável dos recursos.

 

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