Todos os lotes suspeitos de uísque, vodka e gin foram apreendidos e vão passar por análise da Polícia Civil do Distrito Federal
A Polícia Civil do Distrito Federal e a Vigilância Sanitária fecharam a distribuidora Amsterdan após vir à tona a informação de que o cantor Gustavo Hungria (foto em destaque) teria comprado bebidas no local antes de ser hospitalizado por ingerir metanol. O estabelecimento foi interditado nesta quinta-feira (2/10).
A PCDF abriu um inquérito para investigar as bebidas. A coluna Na Mira também apurou que todos os lotes suspeitos de uísque, vodka e gin foram apreendidos. Amostras foram coletadas e vão passar por análise no Instituto de Criminalística (IC) da PCDF, que tem competência para identificar metanol.
O rapper foi internado às pressas nesta manhã no Hospital DF Star. A equipe do cantor confirmou que a principal suspeita é de intoxicação por metanol.
De acordo com boletim emitido pela unidade de saúde particular, o artista apresenta um quadro de cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. O pai de Hungria, Manoel Neves, disse ao Metrópoles que o filho deu entrada no pronto-socorro, que conta com aparato de unidade de terapia intensiva (UTI). “Ele agora está bem, longe do perigo”, tranquilizou Manoel.
Todos os sintomas do rapper são associados à intoxicação por metanol, que já matou seis pessoas em São Paulo – há um óbito confirmado e cinco sob suspeita.
A PCDF, ao tomar conhecimento da notícia, enviou investigadores ao hospital para conversar com familiares do rapper e instaurar inquérito para apurar a origem da possível contaminação.
Hungria começou a passar mal na casa de amigos, em Vicente Pires. A bebida, uma garrafa de vodca, teria sido comprada em uma distribuidora da região administrativa de Vicente Pires.
Segundo a agenda de shows, Hungria faria um show nesta sexta-feira (3/10) em Ribeirão das Neves (MG), mas a apresentação foi cancelada.
A assessoria de imprensa do cantor se manifestou, por meio de nota, e reforçou que a condição dele ocorreu após ingestão de bebida adulterada, “em situação que remete aos casos recentemente noticiados em São Paulo”.
“Por orientação médica e com o objetivo de preservar sua saúde, os shows previstos para este fim de semana serão remarcados. O artista permanece em acompanhamento e já está fora de risco iminente. Agradecemos a compreensão dos fãs, da imprensa e de todos os parceiros neste momento.”
Veja o que diz boletim médico do DF Star
“O cantor Gustavo da Hungria Neves foi admitido no Hospital DF Star em 2 de outubro com o quadro de cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. Foi iniciado tratamento especializado e, no momento, o paciente está em investigação da etiologia do quadro.”
Por Jade Abreu e Carlos Carone / Metrópoles