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Análise: rebaixado e humilhado, Sport vive um dos dias mais tristes em 120 anos de história do clube

PE - SAO LOURENCO DA MATA - 15/11/2025 - BRASILEIRO A 2025, SPORT X FLAMENGO - Jogadores do Sport lamentam o rebaixamento apos a partida contra o Flamengo na Arena de Pernambuco, pelo Campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Marlon Costa/AGIF

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Goleada para o Flamengo por 5 a 1 foi a ratificação de um dos momentos mais vergonhosos do Leão, que veio com a indubitável assinatura do presidente do clube, Yuri Romão

 

O Sport foi humilhado. Rebaixado em campo e fora dele. A goleada, na noite de sábado, por 5 a 1, para o Flamengo, na Arena de Pernambuco, foi a ratificação de um dos momentos mais vergonhosos em 120 anos de história do clube. E que veio com a indubitável assinatura do presidente do clube, Yuri Romão.

 

Yuri Romão, presidente do Sport — Foto: Rafael Vieira/AGIF

 

O mandatário rubro-negro precificou a dignidade do clube ao permitir a venda, por R$ 3 milhões, a operação do jogo contra o Flamengo para uma empresa privada. A ação permitiu que o clube carioca tivesse 30% da torcida no estádio – o triplo do mínimo obrigatório.

 

Yuri Romão, nesta semana, mostrou-se arrependido da venda – mas já era tarde demais. A maioria dos 19.706 torcedores presentes no estádio eram do rubro-negro carioca.

 

Resultado: pela primeira vez na história, o Sport atuou como mandante diante de mais torcedores do adversário do que do próprio clube. O grito do tradicional “Cazá, Cazá” esteve abafado pelas vaias flamenguistas.

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O orgulho do torcedor do Sport – compartilhado pelos rivais Náutico e Santa Cruz – em bater no peito para dizer que “na nossa casa mandamos nós”, foi ferido como nunca.

 

O Flamengo foi perspicaz: aproveitou todo o contexto desde antes de a bola rolar. E tripudiou do time pernambucano como pôde.

 

Nas redes sociais, provocou ao dizer que o “Recife é Flamengo”; ao publicar um torcedor do Sport acenando a Bruno Henrique; e, claro, após golear e rebaixar o adversário, não deixou de mencionar o título de 1987 – reconhecido como do clube pernambucano na Justiça – para tentar ferir o Leão.

 

Em campo, os torcedores do Sport presentes, seguramente, não esquecerão a partida.

 

Após abrir o placar com Pablo – encerrando um jejum de seis meses sem marcar gols -, o Sport teve dois atletas expulsos em sete minutos. E o Flamengo, mesmo repleto de desfalques, fez o que dele se esperava: amassou o Leão. Foi impiedoso.

 

Com dois meses de salários atrasados, um técnico interino e uma equipe destroçada em campo, restou ao Sport a humilhação dos gritos de “olé” da torcida adversária.

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Torcedora do Sport desolada após rebaixamento do clube na Arena de Pernambuco — Foto: Marlon Costa/AGORA 

 

Tudo isso no mesmo ano em que o Sport realizou um investimento recorde em contratações, com pelo menos R$ 60 milhões gastos (ou melhor: comprometidos, visto que muitas das parcelas em dívida sequer foram pagas).

 

O revés histórico, emblemático, ápice do desastre que foi – e é 2025 – para o Sport veio, no entanto, com um consolo: o presidente do Sport, Yuri Romão, informou na última sexta-feira que vai deixar o cargo ao fim do ano.

 

Caberá ao Sport agora renascer em 2026. Reconectar-se novamente com o torcedor, estancar as feridas e virar a página do fracasso institucional que marcou este ano para o clube.

 

Por Daniel Leal / Ge Recife

 

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