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quinta-feira, maio 16, 2024
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Gestão hídrica pode auxiliar crescimento de áreas irrigadas em Mato Grosso

Representantes da Aprofir-MT e setor público realizaram visitas técnicas às cidades de York e Lincoln, em Nebraska, nos EUA para conhecer modelos

Por Canal Rural

Com capacidade para produzir em quase 4 milhões de hectares em área irrigadaMato Grosso busca modelos de gestão hídrica que possam ser colocados em prática no estado. Entre os exemplos estão os praticados nas cidades de York e Lincoln, em Nebraska, nos Estados Unidos.

Estudo realizado recentemente pela Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT), juntamente com especialistas, revela que atualmente a área irrigada do Brasil é de 8,2 milhões de hectares e Mato Grosso responde por 178 mil hectares.

Conforme a análise, o país possui potencial efetivo de expansão de 13,6 milhões de hectares, enquanto no estado a capacidade para cresce é ainda maior, podendo saltar para até 3,9 milhões de hectares.

Representantes da Aprofir-MT realizaram no último dia 11, nas cidades de York e Lincoln, uma visita técnica ao Nebraska Association of Resources Districts (Nard), órgão que regulamenta a gestão, desenvolvimento e proteção do solo e dos recursos hídricos dentro dos limites dos 23 distritos que compõem o estado.

Foto: Cairo Lustoza/Aprofir-MT

Gestão entre setor público e privado

Na oportunidade o grupo pode conhecer o ditrito de The Upper Big Blue Natural Resources District, em York. Para o presidente da Aprofir-MT, Otávio Palmeira, a oportunidade de conhecer efetivamente o funcionamento deste modelo de gestão hídrica é de grande valia para o setor em Mato Grosso.

“Tivemos um conhecimento muito claro de como eles fazem a gestão e a administração dessa atividade, e o que é muito interessante porque eles são eleitos pela sociedade, porém é uma junção do setor público com o privado. E a gestão funciona muito bem porque a administração tem caráter privado, apesar de que os recursos são da esfera pública, e é isso, que nós temos que entender melhor, como podemos praticar adaptando para a nossa realidade em Mato Grosso, para que possamos ter um dinamismo melhor da área dos recursos hídricos”, comenta Palmeira.

O diretor geral do distrito The Upper Big Blue Natural Resources District (NRD), David Eigenberg, explicou sobre o trabalho do instituto dentro dos limites de York. “O NRD que é o distrito de recursos naturais em Nebraska, eles regulam o uso de água subterrânea e de superfície no estado, eles foram criados em 1972 pelo governo de Nebraska, e foram criados com tecnologia agrícolas e para comunidade se tornou um nível de sustentabilidade aprimorado”, destacou.

Irrigação
Foto: Embrapa Agrossilvipastoril

Estudos constantes auxiliam a gestão

Ainda no dia 11, a missão conheceu em Lincoln, o Nebraska Association of Resources Districts (Nard), que é a associação responsável pelos 23 distritos de recursos naturais do estado do Nebraska, o grupo foi recepcionado pelo diretor de programas e parcerias, Dustin Wilcox.

“O nosso trabalho na associação é basicamente coordenar os estudos e a gestão dos recursos hídricos de todos os NRDs, que são as regiões de manejo da irrigação, e representar isso em um nível estadual e federal também. E estamos muito orgulhosos, gratos e animados por ter esta oportunidade de trocas de informações, principalmente com a equipe brasileira, pois sempre fazemos isso com os estados daqui. Mas é muito interessante para nós, pois é um modelo de gestão de recursos hídricos que temos muito orgulho de ter desenvolvido e que funciona muito bem para nós”, explicou ao grupo.

Presente na comitiva, o deputado estadual e presidente da Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Carlos Avallone (PSDB), avaliou de forma positiva a visita técnica ao estado do Nebraska promovida pela Aprofir-MT.

“Ficou muito claro, com a presença do governador e sua equipe, que o estado tomou a decisão de estudar, o que é muito importante e preparar o Mato Grosso para a irrigação. Para nós como legisladores é fundamental que entendamos como funciona o monitoramento das águas subterrâneas, e é isso que nos últimos dias estamos aqui concentrados em aprender, conhecer e depois levar toda essa experiência para o Mato Grosso”.

Editado por: Viviane Petroli

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