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domingo, maio 12, 2024
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Vítima e suspeita aparecem em ação de disputa de fazenda

Por Jessica Bachega, Gazeta Digital 

Maria Angélica Caixeta Contijo, acusada de mandar matar o advogado Roberto Zampieri, é parte em processo sobre propriedade de fazenda em Ribeirão Cascalheira. A vítima era defensora do comprador da área pertencente à família da suspeita, que alega “calote”. Contudo, o juízo deu causa ganha ao novo dono.

Segundo apurado, a família da suspeita era dona da Fazenda Lagoa Azul, rebatizada de Fazenda Mineira, e que foi vendida para I.R. com pagamento em 3 parcelas e entrega da escritura prevista para 2022. Contudo, queria desfazer a transação porque o comprador não teria honrado com os pagamentos.

Anterior a isso, os familiares já tinham processo judicial por conta de atrito com o vizinho de propriedade, dono da Fazenda Paraná, com quem I.R. também vinha enfrentando problemas.

Os produtores rurais trocaram ameaças por conta de invasão de áreas, quebra de divisas e destruição de cercas.

Além das coordenadas das áreas a fim de definir quais eram as fazendas, o juiz ouviu testemunhas, que relaram que a Fazenda Lagoa Azul havia sido vendida para o atual dono, a quem Zampieri defendia.

“Além das coordenadas, os moradores locais e confrontantes informaram que A.S. é proprietário da Fazenda Paraná e E.R. é proprietário da Fazenda Lago Azul. Com relação à João Moreira Gontijo, Maria de Fátima Caixeta Borges Gontijo e
Maria Angélica Caixeta Gontijo, relataram que venderam a Fazenda Lagoa Azul para E.R.”, foram as informações obtidas pelos oficiais de Justiça.

“[…] os autores e Maria Angélica apresentaram manifestação. Resumidamente, sustentaram a ausência de posse de E.R. em decorrência do inadimplemento do contrato. Assim, pugnou pela expedição do mandado proibitório e pelo indeferimento da substituição processual”, diz parte do processo ainda em tramitação.

Um dos últimos andamentos processuais diz respeito a audiência marcada para o dia 21 de novembro deste ano para oitiva das partes. Posterior a isso, há notificação de prazo para apresentação de documentos ao advogado Roberto Zampieri para 7 de dezembro, mas ele já estava morto há 2 dias.

Ação tramita na Vara Única de Ribeirão Cascalheira.

Por conta da ação e atritos no decorrer do processo, a família da suspeita registrou boletim de ocorrência contra Roberto Zampieri, seu cliente I.R. e outros 4 advogados por injúria, crimes contra o patrimônio, falsificação de documento público, crimes contra a fé Pública.

O caso
Passava das 19h50 quando o advogado deixava o escritório Zampieri e Campos Advogados Cuiabá, na rua Topázio, no Bosque da Saúde, quando o crime aconteceu.

Roberto já estava dentro do veículo, um Fiat Toro branco, quando foi surpreendido pelo assassino, que chegou próximo da porta do carona e disparou os tiros e depois fugiu.

Funcionários do escritório estavam no local, ouviram os disparos e já o encontraram ferido. Os tiros foram ouvidos por moradores das ruas próximas e a polícia logo chegou – o crime aconteceu perto da base da PM.

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e a equipe médica confirmou a morte no local.

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