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segunda-feira, julho 8, 2024
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Vereador volta pedir afastamento de Emanuel, com nova operação da PF na Saúde de Cuiabá

O vereador Dilemário Alencar (Podemos) defendeu nessa terça-feira (02) o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) do cargo de chefe do executivo municipal. Sob o argumento de que é notório que o prefeito da capital não tem mais condição moral para continuar administrando os recursos dos impostos do povo cuiabano, diante dos sucessivos escândalos de corrupção na saúde de Cuiabá.

“Nesta segunda-feira teve mais uma operação da Polícia Federal na Secretaria de Saúde e no Hospital São Benedito. Foi um desdobramento da operação Curare, onde é investigado o desvio de mais de R$ 100 milhões na gestão de Emanuel Pinheiro na área da saúde. Não dá mais! A saúde de Cuiabá virou uma usina de escândalos de corrupção. Defendo que o prefeito seja afastado do cargo, pois a recorrente corrupção têm feito milhares de pessoas sofrer nas unidades de saúde”, defendeu o vereador Dilemário.

O parlamentar lembrou que já ocorreram várias operações policiais na Pasta de Saúde, com secretários presos ou afastados por atos de corrupção. Ele citou que – quando da nomeação do ex-secretário de saúde Célio Rodrigues da Silva -, acusado na Operação Curare, de liderar o desvio de mais de R$ 100 milhões na saúde, Emanuel foi alertado da conduta de Célio que já era investigado pelo Ministério Público por atos de corrupção de improbidade e danos ao erário em dois contratos que somam R$ 19 milhões na Empresa Cuiabana de Saúde Pública.

“O prefeito sabia das acusações que pesavam sobre o Célio, mas mesmo assim bancou a nomeação dele. Essa postura leva a crer que não tem como o Emanuel não estar por dentro de mais esse escândalo de corrupção na saúde”, pontuou Dilemário.

O parlamentar disse ainda que só neste ano a secretaria de saúde conta com orçamento de R$ 1,4 bilhão, mas que os recursos são mal aplicados, o que tem levado risco até de morte para a população que tem sofrido devido a falta de remédios, médicos, exames, cirurgias e leitos de UTI.

“Como pode a saúde ter tanto dinheiro e faltar até dipirona nas unidades de saúde? Não se pode deixar de lembrar também que o prefeito foi afastado do cargo no ano passado na Operação Capistrum por forte suspeitas de corrupção na saúde. Ele voltou ao cargo pendurado em uma liminar judicial, mas mesmo assim os escândalos continuam. Eu não tenho dúvidas que só vai parar os casos de corrupção na prefeitura se houver o afastamento definitivo do prefeito”, concluiu o vereado Dilemário Alencar.

Entenda o caso

A operação ‘Cupincha’, segunda fase da ‘Curare’, deflagrada nesta última segunda-feir(1º de agosto) continua a investigar um esquema criminoso que já movimentou ao entorno de R$ 100 milhões em contratos na pasta. De acordo com os agente federais foram cumpridos três mandados para apreensão de documentos na Secretaria de Saúde, Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e no Hospital Municipal São Benedito.

Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso e na operação ainda foram apreendidos computadores e ninguém foi preso.

De acordo com release da Polícia Federal, a operação somente ocorreu porque as informações que haviam sido, formalmente, solicitadas à secretaria e à empresa pública não foram dadas. “Não houve resposta do órgão e da empresa pública ou a resposta revelou novas incongruências que devem ser esclarecidas no contexto da investigação. As investigações continuam para a apuração da materialidade, autoria e circunstâncias relacionadas com as práticas delitivas investigadas”.

Tanto a secretaria quanto a empresa pública[Empresa Cuiabana de Saúde Pública] enviaram notas aos mailings dos meios de comunicação da capital. Conforme a secretaria, os agentes da Polícia Federal cumpriram ordens judiciais de busca e apreensão de documentos perante à Diretoria Administrativa e Financeira (DAF) da ECSP (que funciona no Hospital Municipal de Cuiabá), no Hospital Municipal São Benedito. E que mesmo diante da presença dos agentes, o atendimento nas unidades foi mantido, sem prejuízos aos cidadãos.

Já a empresa pública explicou que os mandados buscaram apenas documentos. Informando ainda que realiza auditorias periódicas nos pagamentos às empresas terceirizadas – foco da investigação – e que colabora com a Polícia Federal.

Redes sociais

Nesta segunda, o vereador do Podemos, Dilemário Alencar usou suas redes sociais para colocar em xeque a Secretaria de Saúde de Cuiabá e, consequentemente, a administração de Pinheiro, ao lembrar que teria sido processado pelo prefeito emedebista, após a operação[Chacal] deflagrada por irregularidades na pasta. Ou seja, depois de mais uma ação policial na pasta e, assim, pedir na Tribuna da Câmara, em maio deste ano, intervenção federal na gestão do gestor da capital.

A operação Chacal foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor), com o objetivo investigar servidores fantasmas, contratados e recebendo salários e valores referentes ao prêmio saúde, destinado a função de médico junto ao Hospital Pronto Socorro de Cuiabá.

Fonte: O Bom da Notícia 

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