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sábado, maio 11, 2024
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Vereador se emociona e pede aprovação de projeto que estabelece detector de metais em escolas

Por Vinicius Mendes, Gazeta Digital

Durante sessão da Câmara Municipal de Cuiabá desta terça-feira (11), o vereador Cezinha Nascimento (União) se emocionou após pedir para os colegas que aprovem seu projeto de lei para instalação de detectores de metais nas escolas do município. O parlamentar disse que seu filho de 11 anos frequenta uma escola que foi alvo de ameaças. Outros vereadores também falaram sobre a segurança nas escolas.

Segundo Cezinha, o projeto foi apresentado no último dia 30 de março, logo após o ataque em uma escola no Estado de São Paulo, que repercutiu nacionalmente. O vereador defendeu que o projeto servirá para dar mais segurança à comunidade escolar e à sociedade em geral.

“As crianças vão se sentir mais seguras indo pra escola, os professores vão se sentir mais seguros indo para a escola, os pais vão se sentir mais seguros com seus filhos indo pra escola. Prevendo isso nós propomos este projeto de lei, desde o dia 30 de março, esperamos que passe o mais rápido possível pelas comissões”.

Ele pediu para os colegas que, quando o projeto chegar ao plenário, que seja aprovado por todos. Ele contou que se sentiu impotente quando viu que a escola onde seu filho estuda também foi alvo de ameaças.

“Precisamos muito que isso seja aprovado para pelo menos amenizar um pouco aquela sensação no nosso coração […] ontem circulou uma foto nas redes sociais, chegou no grupo da sala de aula do meu filho, e eu fiquei sem saber o que fazer, meu filho tem 11 anos de idade […] nós não sabemos onde pode acontecer, com quem, como”.

Ao final de sua fala Cezinha ainda se emocionou falando sobre o filho.

“Quando minha esposa me enviou aquela foto eu me senti impotente, a gente faz o possível e o impossível para ajudar as pessoas aí fora como parlamentar e quando você se depara com uma situação dessa você se sente impotente […] levei meu filho hoje pra escola, 6h da manhã, ele falou ‘pai não é nada demais, é fake news’, cara não dá, é criança”.

O vereador Eduardo Magalhães (Republicanos) sugeriu medidas mais duras, como a presença de segurança armado e porta giratória para visitantes. Ele afirmou que ser contra isso é utopia, que é preciso tomar uma atitude antes que uma tragédia ocorra em nossa cidade.

“Eu estudei numa escola no Estado do Espírito Santo, onde na porta todos os dias tinha um segurança armado, além de uma porta giratória, para que qualquer desconhecido que chegasse tinha que passar pela porta. […] vamos cair na realidade, infelizmente contra uma pessoa armada somente outra pessoa armada. O ideal é não chegar àquele momento, mas e se chegar, o que fazer? Infelizmente só uma pessoa armada”.

O vereador Felipe Correa (Cidadania) disse que este é um assunto delicado, que é preciso fazer uma reflexão sobre a maneira de abordá-lo, para não incentivar possíveis agressores.

“Somos construtores de cultura, mas a forma de abordar este assunto pode estimular. É uma visão que até os ates os meios de comunicação tem essa compreensão, pode estimular pessoas q tem desvios mentais, no sentido de ganhar destaque midiático”.

Já o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) se posicionou contra a instalação de detectores de metais porque, segundo ele, a solução para um problema desses não é tão simples.

“[O problema] é muito maior do que essas coisas que acontecem, muito maiores que apenas um detector de metal na porta de um colégio [para resolver], pela precariedade que se tem hoje nestas escolas, tanto municipal e estadual”.

A vereadora Michelly Alencar (União) disse que tem recebido muitas mensagens de pais preocupados com a segurança nas escolas e também defendeu que medidas sejam tomadas antes que algo aconteça. Ela convidou seus colegas para uma audiência pública sobre o assunto, que será realizada no próximo dia 24.

“Houve um anúncio de massacre, esses anúncios até então aprecia que não chegariam até nós. Acionei a Secretaria de Segurança do Estado, Secretaria de educação estadual e municipal, para entender de que forma lidar com este assunto […] isso não pode ser uma pauta deixada para depois, não pode ser uma pauta deixada para só depois que algum dos alunos sofrer algum atentado, precisamos discutir agora”.

Em sua fala a vereadora Edna Sampaio (PT) atribuiu os recentes ataques a escolas às políticas do governo Bolsonaro, que segundo ela, incentivava comportamentos violentos.

“A violência na escola é resultado de uma politica nefasta e desumana de um governo que incentivou o armamento da população, que incentivou a população a não respeitar as instituições democráticas. A escola não é uma ilha onde as práticas sociais não atravessam, a escola é resultado das práticas sociais que o governo federal estabelece”.

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