Suplente de vereador em Cuiabá é preso ao ser ouvido na DHPP

Por Silvana Ribas, Gazeta Digital

Advogado e suplente de vereador pela Câmara de Cuiabá é preso em investigação que apura crimes de ameaças, sequestros, cárcere privado em situações envolvendo invasões de terras sob seu comando, na região de Luciara (1.166 km a nordeste). O advogado Licínio Vieira Almeida Júnior foi preso na manhã de terçafeira (13) quando prestava depoimento sobre o desaparecimento e possível homicídio de trabalhador braçal, ocorrido em sua propriedade no mês de maio.

A ordem de prisão foi cumprida por investigadores da Polinter, quando ele era ouvido em interrogatório no Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD), na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Capital.

A oitiva tratava do desaparecimento do trabalhador braçal Gerson Alexandrino da Silva, 51, noticiado pela família depois dele ser contratado pelo advogado para atuar na fazenda Rio Verde, onde faria serviços de limpeza. A ordem de prisão foi deferida pelo juízo da Comarca de São Félix do Araguaia, em razão das outras acusações que pesam sobre ele.

De acordo com o delegado Caio Albuquerque, que comanda o NPD, a investigação do desaparecimento se deu depois que os companheiros de viagem, contratados com ele, retornaram e Gerson não. Ele deixou de se comunicar com a família, como fazia diariamente, a partir de 24 de maio, quando teria mandado um vídeo durante a pescaria.

Os outros dois rapazes, que seguiram com ele para a propriedade do advogado, também foram ouvidos. Investigação indicou que em nenhum momento o advogado contratante ou os outros dois rapazes procuraram a polícia para registrar o desaparecimento de Gerson que simplesmente teria sumido, levando seus objetos pessoais, sem motivos aparente.

No dia em que Gerson desapareceu, os trabalhadores foram chamados para deixar a parte alta da propriedade e descer para a parte mais baixa para, supostamente, desatolar uma caminhonete do advogado. Quando retornaram não encontraram Gerson. Ele mandou nesse dia um último áudio para o irmão dizendo que não teria ido com os demais desatolar a caminhonete.

Em São Félix do Araguaia, outros registros foram feitos contra o advogado e apontam situações de invasões de terra com violência contra pessoas e emprego de arma de fogo, que culminaram com o pedido de prisão.

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