Simone Tebet aceita ser ministra do Planejamento de Lula

Lula e Simone Tebet acabam de acertar os ponteiros. A senadora do MDB aceitou convite para ser ministra do Planejamento, com a inclusão do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) na pasta. Candidata à Presidência pelo MDB, Tebet foi importante aliada de Lula no segundo turno da eleição presidencial, quando mergulhou de cabeça na campanha do petista. No governo, ela representará a cota institucional do MDB, o iniciando uma costura para uma aliança em 2026. Além de Tebet, o MDB pleiteia mais dois ministérios, Cidades e Transportes, que contemplariam as bancadas do partido na Câmara e no Senado. Simone Tebet e Lula chegaram finalmente a um acordo após idas e vindas. No início, a aliada pleiteou o comando do Ministério do Desenvolvimento, que, contudo, foi entregue ao petista Wellington Dias.

AMEAÇA TERRORISTA

A tensão em torno da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou após a tentativa de ataque terrorista ocorrida em Brasília na véspera de Natal. A preocupação é sobre a segurança do petista e também de quem deseja participar do evento na Esplanada dos Ministérios, marcado para o dia 1º de janeiro. Passagens já foram compradas, hospedagens reservadas, com mais de 90% do setor hoteleiro na capital ocupado. O medo, porém, tem colocado em xeque as decisões e já não há garantia nem de que o futuro mandatário da República desfilará em carro aberto. O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), Flávio Dino e o futuro ministro da Defesa, José Múcio, reúnem-se nesta terça-feira para discutir o esquema de segurança na Esplanada durante a posse.

NOVO COMANDO

O general Julio Cesar de Arruda (imagem em destaque), indicado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o comando do Exército, toma posse antecipadamente nesta sexta-feira. A definição ocorrerá dois dias antes da cerimônia do dia 1º de janeiro. A informação foi confirmada pelo Metrópoles. A antecipação para a nomeação do militar se dá pela pressão em volta do novo governo em relação à segurança de Lula, revista em virtude da organização bolsonarista nos arredores do Quartel-General do Exército, em Brasília, e das ameaças de atentados vistas nos últimos dias. Existe também a possibilidade de antecipação da posse do novo titular da Marinha. Assim, o comandante de esquadra Almir Garnier Santos entregaria a pasta para Marcos Sampaio Olsen na quarta ou quinta-feira.

PRESIDÊNCIA DO ITAIPU

Fora do governo até concluir seu mandato como presidente do PT, em 2023, Gleisi Hoffmann vem tentando emplacar aliados não só nos ministérios de Lula como em cargos no segundo escalão. Deputada federal reeleita pelo Paraná, a petista indicou o advogado paranaense Juliano Breda para assumir a presidência da usina de Itaipu Binacional, sediada em Foz do Iguaçu (PR). Breda é integrante do Prerrogativas, grupo de advogados antilavajatistas. Durante a operação Lava Jato, o jurista atuou na defesa dos executivos da empreiteira OAS. Por indicação da presidente do PT, o advogado integrou a equipe de transição de Lula como membro do grupo temático de transparência, integridade e controle.

IMPOSTO SOBRE HERANÇA 

Governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai vetar o projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa que reduz de 4% para 1% a alíquota do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), o chamado “imposto sobre herança”. Tarcísio pretende seguir a recomendação de um parecer técnico contrário à proposta que deve ser apresentado pela Secretaria Estadual da Fazenda, apontando perda de receita estimada em R$ 4 bilhões por ano, caso a lei seja sancionada pelo governador. A recomendação deve ser feita ainda esta semana pela gestão do governador Rodrigo Garcia (PSDB), mas a decisão sobre o veto ao projeto de lei ficará para Tarcísio, que assume o comando do estado no próximo domingo.

PF DE BOLSONARO

O silêncio da Polícia Federal em relação ao plano de extremistas apoiadores de Jair Bolsonaro de detonar explosivos em Brasília às vésperas da posse de Luiz Inácio Lula da Silva é só um sinal da postura leniente da atual direção da corporação em relação aos militantes bolsonaristas. Para não desagradar a Bolsonaro, a PF tem agido com estranho comedimento. Até esta segunda-feira, por exemplo, a corporação não havia informado oficialmente que providências está adotando para investigar a ação terrorista que pretendia explodir uma bomba no aeroporto da capital — um atentado que, se executado com sucesso, poderia deixar centenas de vítimas.

ACAMPAMENTO NO QG

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) conversa com o Exército para “acelerar a desmobilização” de bolsonaristas no acampamento do Quartel General em Brasília. De acordo com o chefe do Executivo local, já foram retiradas 40 barracas e a ideia é que até o dia da posse haja maior redução “de forma natural”. A declaração de Ibaneis foi feita em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, na manhã desta terça-feira. Na ocasião, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que o DF contará com 100% das forças de segurança mobilizadas para atuar no dia da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

 

 

 

 

 

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