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segunda-feira, maio 6, 2024
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Secretário se irrita ao comentar BRT, diz estar cansado de ‘ladainha’ e dispara: ‘VLT foi enterrado porque houve corrupção’

Marcelo Oliveira alegou que o foco é melhorar a qualidade de vida e aposta no BRT para reduzir número de carros nas ruas da região metropolitana

Por Alline Marques, Leiagora

O secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, demonstrou irritação ao comentar sobre a resistência do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em aceitar o BRT (corredor rápido de ônibus) na capital. Bem ao seu estilo, sem papas na língua, o gestor disse estar cansado de ‘ladainhas’ e ressaltou que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi enterrado pela corrupção. Ele defende também que pensa no bem da população que precisa de um transporte público que funcione.

“Tem hora que cansa ter que ouvir ladainhas, a gente tem que pensar na população, que poderá ter paradas de ônibus melhores, não essas paradas que existem, vamos poder ter linhas expressas, e temos que pensar em quem de fato usa o transporte coletivo que é quem está clamando por melhoria, não podemos ficar a aqui a mercê de conversinha fiada, de ‘ah não vou deixar’”, declarou durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (19), durante a vistoria das obras da ponte do Parque Atalaia, em Cuiabá.

Oliveira aproveita para lembrar também que o prefeito está no fim do mandato e muito provavelmente o governo terá que conversar com o próximo gestor sobre a obra. Recentemente, Emanuel participou de uma audiência pública na Câmara de Cuiabá e alegou que não irá autorizar que o BRT passe pelas avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas. O prefeito insiste no VLT e o filho, o deputado federal Emanuelzinho (MDB) chegou a falar em buscar recursos para trazer o modal sobre trilhos apenas para Cuiabá, uma vez que Várzea Grande já aceitou o corredor de ônibus e está com as obras em andamento, apesar das polêmicas sobre o trajeto.

O secretário acredita ainda que a implantação do BRT poderia reduzir o número de veículos no trânsito da capital, fazendo com que algumas pessoas abandonasse o uso de veículo próprio para utilizar do transporte coletivo, que terá vias expressas, ou seja, que não farão paradas, seguirão diretos para pontos centrais, o que deve garantir mais agilidade na viagem.

“O futuro está próximo, temos eleição ano que vem e vamos ter que conversar com o novo prefeito. Esse negócio de ‘ah não pode’, isso não existe, é fora de cabimento. Eu não gosto de falar nisso, mas vamos falar. O VLT foi enterrado porque houve corrupção, foi delatado, todo mundo sabe do esquema de corrupção com este VLT, e temos que melhorar o transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande. A região metropolitana conta com mais de 1 milhão de habitantes. E fica todo mundo falando que ‘não vou deixar’. Quem sofre é quem precisa do transporte coletivo. Se tivéssemos transporte de qualidade não teríamos essa quantidade de carro, com uma pessoa, transitando para sair de sua casa, na região do Coxipó para ir para Centro e Várzea Grande, ainda mais com ônibus expressos”, declarou.

Por fim, o gestor destaca que a preocupação da atual gestão é com a qualidade de vida da população e elenca as obras do Estado, como os 2.500 km de pavimentação, além das mais de 70 pontes de concreto. “Temos que pensar na melhoria da qualidade de vida das pessoas que pagam impostos. Trabalharmos para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, finalizou bastante irritado com o assunto.

O novo modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, o BRT, vai contar com cinco serviços, sendo três de linhas expressas e dois de linhas com paradas em estações para atender a população. Para o trajeto, o modal vai utilizar um corredor expresso, no canteiro central, preservando o número de pistas que já existem nas vias das cidades.

TRAJETO 

Em Várzea Grande o trajeto inicia na Avenida da FEB, entra na Avenida Couto Magalhães, seguindo pela Travessa Maracaju até o novo terminal André Maggi, retornando pela Avenida Filinto Muller até novamente a Avenida da FEB.

A linha 1, chamada de paradora, vai sair do terminal André Maggi e seguir até o Terminal do CPA, e vice e versa, parando em todas as estações no meio do caminho. Da mesma forma, a linha 4 irá parar em todas as estações entre o Terminal do Coxipó até o Centro de Cuiabá.

Já a linha expressa 2, vai sair do Terminal do CPA e fazer uma parada na Avenida Rubens de Mendonça, imediações do Centro Político, até chegar ao centro de Cuiabá. Já a Linha 3, também expressa, sai do Terminal André Maggi e vai parar apenas nas estações Dom Bosco e Bispo Dom José, antes de acessar a Avenida Getúlio Vargas. Por fim, a linha 5 sairá do Terminal do Coxipó e fará paradas apenas na UFMT e Morro da Luz, antes de chegar até a Avenida Getúlio Vargas.

O secretário adjunto de Obras Especiais da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, Isaac Nascimento Filho, ressalta que as obras estão em ritmo acelerado na Avenida da FEB, em Várzea Grande, e têm previsão de conclusão ainda este ano.

“Conforme o cronograma das obras, a previsão de conclusão era para janeiro do ano que vem, mas estamos trabalhando para adiantar e entregar ainda este ano. Conforme as obras forem andando, a normalidade no trânsito irá voltando gradativamente”.

 

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