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quinta-feira, maio 9, 2024
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Rio Grande do Sul monitora risco de novo ciclone perto da costa e terá mais chuva forte

Estadão Conteúdo 

 

A semana começa com previsão de chuva intensa e novo ciclone na costa do Rio Grande do Sul, segundo alerta da Metsul Meteorologia divulgado neste domingo, 10. Na última semana, o estado foi duramente afetado por chuvas intensas e uma tempestade extratropical que deixaram 46 mortos e mais de quatro mil desabrigados. Há ainda 46 pessoas desaparecidas.

Segundo a previsão da Metsul, esta segunda-feira, 11, será de sol em todo o Estado, trazendo calor. As temperaturas máximas podem chegar até 34ºC em algumas regiões. No fim do dia, porém, uma frente fria alcança o oeste e sul gaúchos, levando à formação de tempestades com raios, chuvas fortes e granizo para algumas áreas.

A terça-feira, 12, será de chuva intensa nas partes oeste e sul do Estado. Na quarta-feira, 13, a área de baixa pressão se aprofunda e avança pelo Rio Grande do Sul, levando a chuvas fortes e mesmo torrenciais em diversas regiões. “O risco de temporais isolados com granizo e rajadas de vento forte será elevado”, informou em comunicado.

A partir de quinta-feira, 14, o centro de baixa pressão se desloca para o Oceano Atlântico, onde se transforma em ciclone extratropical, impulsionando uma frente fria com chuva e temporais isolados no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, além de partes do Centro-Oeste e do udeste do País.

“Este ciclone mais perto da costa do Sul do Brasil, cujo posicionamento os modelos discrepam ainda em suas projeções, impulsionará ar mais frio de trajetória continental para o Sul e o Centro-Oeste do Brasil com queda acentuada da temperatura a partir de um centro de alta pressão continental no Norte da Argentina”, afirma a MetSul.

“Este é o terceiro evento (de chuva extrema) do mês de setembro, que começa sob influência maior do fenômeno climático El Niño, que ainda está se intensificando e traz preocupação”, diz Stael Sias, meteorologista da MetSul. Especialistas dizem que não há dados que indiquem aumento no número de ciclones que atingem o Brasil. Mas há indícios de que o fenômeno pode estar se tornando mais intenso por causa do El Niño e também das mudanças climáticas.

Segundo a Metsul, a precipitação prevista para o Rio Grande do Sul é suficiente para provocar alagamentos em áreas urbanas e rurais, além de inundações, podendo ainda agravar a condição dos rios que já estão muito cheios, como Quaraí, Ibirapuitã, Jaguarão, Piratini e Camaquã, no oeste e no sul do Estado. Além disso, segue o alerta da Metsul, os excessivos acumulados de chuva somado aos registrados dias atrás podem gerar o extravasamento de alguns açudes.

Repasse do governo federal

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou neste domingo, 10, que o governo federal destinará cerca de R$ 741 milhões de recursos para minimizar os danos causados pelo ciclone no Rio Grande do Sul.

Os recursos serão alocados em diferentes ministérios, que utilizarão a verba para reconstruir o Estado ou para antecipar benefícios financeiros aos moradores da região atingida.

Alckmin afirmou que, para ações compartilhadas entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a Previdência Social, serão destinados R$ 57,4 milhões. Segundo o presidente em exercício, o pagamento do Bolsa Família para pessoas da região será antecipado para 18 de setembro. Além disso, o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), repassado a idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade que tenha renda familiar per capita menor que um quarto do salário mínimo, será antecipado para o dia 25.

A Caixa Econômica Federal vai permitir o saque de parte do FGTS por pessoas que tenham sido atingidas pelas chuvas. Segundo Alckmin, quem tem saldo na conta e não fez retirada nos últimos 12 meses poderá sacar até R$ 6.220.

Além disso, para os empresários locais, a Receita Federal vai prorrogar a data de pagamento de tributos federais. Os impostos de setembro poderão ser pagos em dezembro, e os de outubro, em janeiro.

Governo gaúcho ignorou alertas

A tragédia no Rio Grande do Sul já estava prevista há alguns meses. Um consenso entre os meteorologistas mostrava que, em 2023, o fenômeno El Niño voltaria ao Sul do Brasil com fortes chuvas, porém, pouco foi feito para preparar a população para o que estava a caminho.

Em junho deste ano, um ciclone também deixou um rastro de destruição e 16 mortos no Rio Grande do Sul. Cinco dias antes deste último ciclone, a Metsul Meteorologia fez um alerta de que setembro começaria com inundações na região, segundo reportagem da revista Exame.

Veja como ajudar as vítimas no RS
No total, 85 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas, que deixaram mais de 3.046 desabrigados e 7.781 desalojados. Em face à calamidade pública, o Governo de Estado do RS e a Defesa Civil lançaram uma campanha de arrecadação de doações aos moradores atingidos pelo temporal. Há urgência por produtos de limpeza, cestas básicas e agasalhos.

O Governo divulgou, também, as entidades e órgãos que recebem as doações para fazer o repasse aos moradores.

 

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