Por Mutirum Instituto da Cultura
Nesta quarta feira, 03/07, o Projeto Choro de Rua fará uma breve apresentação na Praça Mandioca, às 20h. Esse projeto, que é formado por músicos profissionais e amadores, tem como objetivo preservar e expandir a cultura do gênero musical genuinamente brasileiro, o choro. A realização tem apoio cultural do Mandioca Pub.
O grupo se reuniu há quase 10 anos, determinados pelo objetivo de preservar e expandir a cultura do Choro Brasileiro, já que por ser um tipo de música escassa nos meios mais conhecidos e ter um nível técnico alto, ele deixou de ser um estilo popular e ficou caro para ser consumido.
Em Cuiabá, o choro já se tornou inclusive uma agenda cultural de todas as sextas-feiras com a roda de Choro Digoreste, além do festival nacional de choro do Sesc Arsenal, que acontece todos os anos. O projeto tem como inspiração violonista Marinho 7 cordas, músico nordestino que escolheu Cuiabá para viver, trazendo o cultivo desse gênero musical.
O Choro
A história do Choro começou em 1808, quando a família real chegou ao Brasil. Depois de ser nomeada capital, a cidade do Rio de Janeiro teve uma grande transformação urbana e cultural, quando também foram criados diversos cargos públicos. Junto com a corte real, vieram instrumentos de origem européia, como piano, violão, bandolim e cavaquinho.
Com a reforma urbana, os instrumentos, as músicas de fora e a abolição do tráfico de escravos em 1850, se emergiu uma nova classe social, a classe média, composta por esses mesmos funcionários dos cargos públicos, geralmente pessoas negras. Assim, nasceu-se o Choro, a primeira música urbana tipicamente brasileira e, além disso, algo que transcende apenas a música.
Alguns músicos do choro importantes são Joaquim Callado, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth, Patápio Silva, João Pernambuco, Pixinguinha, Luís Americano, Villa-Lobos e Jacob do Bandolim.