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sexta-feira, maio 10, 2024
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Prejuízo superior a R$ 400 milhões não vão afetar usuários da Unimed, diz Bouret

Por João Freitas, Gazeta Digital

Prejuízo contábil superior a R$ 400 milhões apontado por auditoria do balanço de 2022 não vai comprometer os atendimentos da Unimed Cuiabá para os cerca de 220 mil usuários. É o que garante o presidente da cooperativa, Carlos Bouret. Embora seja um valor expressivo, a operação da empresa está garantida sem problemas. O consumidor não sentiu e não vai sentir nada de diferente (na qualidade dos serviços prestados), até porque não seria justo penalizá-lo.

“Trabalhamos muito o relacionamento com o usuário, dando retorno e esclarecendo dúvidas sobre exames, entre outras ações. A transparência é fundamental para mostrar que o consumidor não está sendo ludibriado, além de aumentar a fidelização e diminuir a judicialização dos casos”, emenda Bouret.

Em meio à disputa entre a antiga gestão, liderada por Rubens de Oliveira, e a nova administração, o atual representante destaca que a companhia tem reduzido despesas para recuperar do impacto negativo nas contas. Conforme Bouret, a receita anual da Unimed Cuiabá gira em torno de R$ 1,5 bilhão. Não se contém gastos administrativos e operacionais da noite para o dia sem prejudicar os trabalhos. Isso faz parte de um processo que gera resultados ao longo do tempo.

As próximas ações da Unimed Cuiabá serão colocadas em prática logo após a assembleia geral ordinária, marcada para o próximo dia 27, quando os 1,4 mil cooperados vão definir as propostas para reverter o déficit fiscal.

“Vamos discutir o prejuízo do último balanço e definir a reposição das perdas ou adoção de um plano de trabalho para readequação das finanças ao longo do ano vigente para constituição de reservas e que atenda às normativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Todas as possibilidades estão sendo estudadas para que possamos escolher o melhor caminho”, destaca o presidente.

Mesmo com a conclusão da auditoria fiscal, Carlos Bouret afirma que uma avaliação de conformidade também está em andamento para apurar os atos da administração anterior. Caso sejam detectadas irregularidades, os membros da antiga cúpula podem ser punidos pelo estatuto interno da cooperativa e responsabilizados judicialmente nas esferas cível e criminal para ressarcimento da cooperativa.

 

Fraude fiscal

De acordo com a auditoria apresentada nesta semana, o prejuízo acima de R$ 400 milhões é referente a contratos abusivos, sonegação fiscal e adiantamento a prestadores realizados na gestão anterior da Unimed Cuiabá.

As inconsistências contábeis foram descobertas após fiscalização da ANS. O balanço contábil do ano passado foi reprovado pelos médicos cooperados na última assembleia geral ordinária, realizada em março último.

O relatório indica que Rubens de Oliveira, o ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco Duarte, e o ex-CEO Eroaldo Oliveira teriam omitido informações para os conselheiros fiscais em desacordo com o estatuto da cooperativa.

 

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