Da Redação
Nesta quinta-feira (19), acontecerá o terceiro encontro do curso “Formação Antirracista: metodologia e base teórica para a elaboração de projetos”, às 19h, no Palácio da Instrução. A aula será ministrada pela professora Ana Carolina da Silva Borges, docente no departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O curso é uma ação do Mandato Coletivo, que tem a frente Edna Sampaio, e tem a parceria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, da Assembleia Social, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas Quilombo (Neabi Quilombo) da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do coletivo Ateliê Maria Padilha, Movimento Negro Unificado (MNU-MT), templo Ilê Dará Omi N’Bu Asé Osumare Araka, Secretarias municipal e estadual de Cultura e Sintep Cuiabá e do Centro de Tradições Afro-brasileiras.
O tema da aula de quinta-feira é “História do movimento negro no Brasil: A presença das religiões de matriz africana como instrumento de resistência”. A professora Ana Carolina aponta a importância de o curso ser idealizado por mulheres pretas e movimentos sociais. Além disso, acredita que pautar a história e cultura dos afro-brasileiros é uma maneira de relembrar a própria história do povo preto cuiabano.
“Finalmente estamos pautando o preconceito contra essas religiões de matriz africana como racismo religioso. O curso visa, também, contemplar o conteúdo da história da cultura afro-brasileira e indígena. A aula abordará três temáticas muito importantes para a compreensão da questão racial: a população negra, as religiões de matriz africana e as possibilidades de práticas educativas antirracista”, disse.
O professor Ranielli Mendes, mestre em Ensino de História pela UFMT, estará com a professora Ana Carolina para a ministração da aula e diz que esse momento é simbólico para a realização do curso em razão dos 20 anos da lei 10.639/03, institui a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira.
“Para nós, a lei é um avanço enorme. Após 20 anos de sua implementação, nós poderemos analisar as potencialidades, avanços e ações que realizamos a partir dela. A formação veio para somar todos os tipos de conhecimento, de saberes, para que possamos pensar e executar intervenções em sala de aula e produzir, de fato, uma educação atirracista”, disse.
O curso acontece todas as quintas-feiras, até o dia 30 de novembro. A programação faz parte das atividades da Semana da Consciência Negra.
Saiba mais sobre o curso: https://www.ednasampaio.com.br/post/confira-a-programação-do-curso-educação-antirracista-metodologia-e-base-teórica-para-a-elaboração
