O líder do governo na Assembleia Legislativa, Dilmar Dal Bosco (DEM), saiu em defesa do governador Mauro Mendes (DEM) em relação à greve dos servidores da educação, que completa uma semana. Segundo o parlamentar, o Estado enfrenta uma situação “delicada”, por causa da falta de recursos, somada à greve, pois não tem condições de cumprir os aumentos previstos no plano de carreira da categoria.
O governo se reuniu novamente com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (Sintep), mas dessa vez com intermédio da Assembleia Legislativa. Mesmo que seja feita uma proposta na reunião, o Sintep já avisou que apenas pode suspender a greve na assembleia geral da categoria.
Governo se comprometeu de documentar, até terça-feira (4), uma resposta às reivindicações da categoria.
“Estamos em um momento de crise, em que o Estado está passando por dificuldade enorme. Se o Estado estivesse bem, estaria pagando o 13º no aniversário e pagando em dia”, avalia o deputado.
Segundo Dilmar, não há como negar a crise, até porque as informações dos cofres públicos são levantadas por servidores de carreira. “Quem traz os números do governo são os próprios servidores públicos da Fazenda, que trazem os números falando que o Estado está inviabilizado deste pagamento. Agora se nós tivermos algum dinheiro novo que entre, como FEX que não entrou e governo Federal fizesse essa bondade, devolvesse o que é direito nosso, poderíamos ter”.
Entre os motivos apontados pelo deputado, que demonstram a crise, estão o empréstimo com o Banco Mundial, para quitar um empréstimo vigente. “A Assembleia Legislativa já aprovou um refinancimento com o Banco Mundial de US$ 250 milhões e teria uma parcela de R$ 140 milhões agora em setembro. Já está fazendo isso, olhando que não vai ter dinheiro para pagar esta dívida. Agregando a esse aumento aos profissionais da educação, o governo fica em uma situação delicada”.