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quinta-feira, março 28, 2024
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Após um ano de escassez, MT começa receber gás em outubro

O abastecimento do gás natural em Mato Grosso será retomado na primeira quinzena de outubro, depois de um ano de escassez. A previsão é que indústrias e postos da Baixada Cuiabana recebam o produto até o dia 10 de outubro. O governo do Estado garante que, desta vez, o abastecimento será contínuo, assegurado por um contrato firme. No dia 25 de setembro, o governador Mauro Mendes (DEM) viaja à Bolívia para assinar o contrato.

A formalização será entre a Companhia Mato-Grossense de Gás (MT Gás) e a estatal boliviana Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB), durante a 44ª Feira Internacional de Santa Cruz, a Expocruz, na Bolívia.

Desde a criação da MT Gás, há 15 anos, esta é a primeira vez que haverá um contrato firme, garantindo o abastecimento sem interrupção por até 10 anos. Atualmente, a o contrato é interruptivo. Nele, Mato Grosso recebe gás natural só quando há disponibilidade, ou seja, há sobra do que não era vendido pela estatal.

“Mato Grosso nunca teve um contrato firme de gás, sempre foi interrompível. Isso gerava uma insegurança às indústrias e aos motoristas. Agora será a primeira vez que teremos um contrato firme, com garantia de fornecimento 1,5 milhão de metros cúbicos (m³)”, comemora César Miranda, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

A expectativa para a chegada do gás natural é grande. Indústrias e postos de combustíveis já fizeram a manutenção dos equipamentos necessários para o uso do gás.

O restabelecimento do gás trará alívio ao bolso do empresário Heitor Tretin, que investiu R$ 300 mil na adequação da planta da fábrica de móveis de aço, contanto com a vantagem de uma energia mais barata. Porém, com a interrupção do fornecimento do gás natural há um ano, foi obrigado a comprar o gás de cozinha (GLP), 60% mais caro que o natural. Assim, os custos com energia saíram de R$ 30 mil para R$ 85 mil por mês.

 “Aqui está tudo pronto para receber o gás natural, já fizemos a manutenção dos equipamentos, a limpeza e estamos organizando tudo”, comemora o empresário.

A empresa responsável pelo abastecimento do gás natural nas indústrias e postos também está na expectativa pela chegada do produto. O diretor interino da GNC Brasil, Dilceu Antônio Lorenzet, afirma que já preparou a estrutura.

“Estamos fazendo a manutenção, mas a conclusão depende de o governo finalizar o contrato de compra de gás com a Bolívia. Nós dependemos do gás para realizar os testes. Chegando o gás, abrindo a torneira, dentro de 15 dias começamos a entregar nos postos e indústrias”, garante.

A GNC Brasil tem contrato de concessão junto à MT Gás e é a única empresa responsável pela entrega do gás natural. Atualmente ela atende quatro indústrias e dois postos de combustíveis em Cuiabá.

Por: PRISCILLA SILVA – O ESTADO DE MATO GROSSO

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