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sexta-feira, maio 17, 2024
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População do entorno convive com o perigo e espera por melhorias

Por Juliana Alves, Gazeta Digital

Há 38 anos, em 1985, foi construída a Rodovia dos Imigrantes, antiga MT407, que faria uma ligação direta entre o Distrito Industrial de Cuiabá e o Trevo do Lagarto, em Várzea Grande. Na gestão do então governador de Mato Grosso, Júlio Campos, os 28 quilômetros de estrada se tornaram necessários para impedir que os veículos de transporte de carga trafegassem no perímetro urbano da capital, como faziam nas avenidas Fernando Corrêa da Costa e Beira Rio, assim como no município vizinho, na avenida Couto Magalhães.

A nova rodovia iria reduzir em uma hora e meia o tempo de viagem dos motoristas com destino ao norte do Estado e à região de Porto Velho, mas as demandas da população mudaram ao longo dos anos.

“Projetamos o contorno saindo da BR-364 e 163, indo em direção à VárzeaGrande, fazendo uma nova ponte sobre o Rio Cuiabá, na região do Bom Sucesso, abrindo uma nova opção de desenvolvimento. Ali não existia nada, era tudo mato”, explica Júlio Campos.

Na época, o governo realizou uma desapropriação das propriedades rurais dolocal, deixando uma faixa de aproximadamente 60 metros de largura. De acordo com Júlio Campos, esse espaço já previa uma duplicação, como a que está sendo projetada para os próximos anos.

“Nós temos certeza absoluta que uma obra comoessa ficou na história. Até hoje é tido como uma grande jogada de inteligência a fim de melhorar o transporte conurbano nas duas cidades”, finaliza Campos.

Apesar do avanço para melhorar o fluxo de transporte de cargas entre os municípios, atualmentea demanda é outra. Com o investimento de grandes empresas na área, os bairros de Várzea Grande, ao redor da rodovia, como Capão Grande, São Mateus e Jardim Eldorado, também evoluíram e a população local frequenta diariamente diversos riscos ao transitarpela atual BR-070.

“Na verdade não existia essa Imigrantes. A gente cortava direto, não tinha asfalto, não tinha nada. Era só água, a gente andava com água no peito. Depois, com o passar do tempo, é que veio a rodovia e foi chegando o progresso. Ele chegou, mas muita coisa foi perdida”, compartilha Edier Rodrigues de Amorim, 57, que mora há 45 anos no bairro Capão Grande.

Situação é grave e bastante preocupante

A equipe do Jornal A Gazeta esteve na Rodovia dos Imigrantes, logo após o Trevo do Lagarto, entre os bairros Jardim Eldorado e São Mateus. Foi possível notar diversas situações preocupantes. Pedestres esperam durante vários minutos para conseguir atravessar entre as carretas, veículos de carga e de passeio realizando freadas bruscas e disputando espaço, além de mães, com filhos pequenos, atravessando de bicicleta a BR-070.

“Eu me sinto mal. Ninguém está respeitando a gente como pedestre. É perigoso! Eu levo meu filho todo dia para a escola e é muito perigoso. As carretas até param para a gente, mas têm os carros pequenos e as motos que saem por de trás e quase pegam a gente”, conta Cristiane Rodrigo dos Santos, 40.

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