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sábado, maio 18, 2024
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Pesquisador dos EUA publica contos inéditos de romancista premiado de MT após 15 anos da morte

Além dos contos, uma nova versão do livro mais famoso de Ricardo Dicke, o ‘Madona dos páramos’, foi lançado no Brasil. A ideia de reviver os materiais surgiu após o pesquisador conhecer a história do mato-grossense.

Via G1

A herança de um escritor ultrapassa o aspecto financeiro e costuma ter um vasto legado literário de ideias, valores, histórias e experiências. Um exemplo disso é o romancista e artista plástico, Ricardo Guilherme Dicke, de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, que teve seu livro de romance publicado neste ano e outros 14 contos inéditos que serão lançados, 15 anos após a morte. O responsável por dar vida a esses materiais é o pesquisador da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, Rodrigo Simon de Moraes, em parceria com uma editora brasileira.

O romance é uma nova edição do livro ‘Madona dos páramos’, publicado pela primeira vez em 1982, e já está sendo vendido pela editora responsável pelo lançamento. Já os contos ainda não possuem uma data para estarem nas prateleiras das livrarias.

Ao g1, o pesquisador de literatura, Rodrigo Simon, contou que começou a estudar a vida do romancista quando ainda fazia doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, em 2016. Na época, ele conseguiu o contato da filha de Dicke e passou uma semana na casa do escritor, em Cuiabá, lendo as histórias que, até então, ninguém jamais tinha visto.

“Passei uma semana imerso no universo do Dicke, lendo aquele material e papéis. Fiquei muito impressionado com a riqueza daquilo. A literatura dele é muito forte e original”, disse.

Moraes relatou que conheceu o artista por acaso, enquanto lia uma entrevista entre os falecidos escritores Hilda Hilst e Caio Fernando Abreu.

“Durante a conversa, Caio perguntou à Hilda quais eram os maiores escritores brasileiros na opinião dela e ela disse Machado de Assis, a Clarice Lispector e o Dicke e eu nunca havia escutado aquele nome antes. Quando perguntava para meus colegas sobre ele, muita gente dizia que não conhecia. Como um escritor tão bom se tornou esquecido e quase desconhecido”, questionou.

O pesquisador ainda disse que, com a publicação do livro e dos contos, ele espera que o escritor volte a ser conhecido no Brasil e no mundo, como forma de homenagem.

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