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Dólar atinge maior valor em dois anos e meio e chega a R$ 3,957

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A moeda norte-americana atingiu hoje (20) seu maior valor nos últimos dois anos e meio, com alta de 1,10% chegando a R$ 3,9577 para venda. Em 29 de fevereiro de 2016, a cotação do dólar chegou ao patamar de R$ 4. Mesmo com a forte alta, o Banco Central não efetuou nenhum leilão extraordinário de swaps cambial (venda futura da moeda norte-americana).

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), começou a semana em alta, encerrando o pregão de hoje com valorização de 0,39% com 76.327 pontos.

Papa Francisco condena ‘atrocidades’ de casos de pedofilia nos EUA

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Foto: Andrew Medichini

O Papa Francisco condenou em uma carta divulgada nesta segunda-feira (20) “as atrocidades” cometidas por padres na Pensilvânia, nos Estados Unidos, contra mais de 1.000 crianças.

Na semana passada, a Suprema Corte da Pensilvânia divulgou um extenso relatório que lista mais de 300 padres acusados de abuso sexual e detalha o que seria um esforço “sistemático” feito por líderes da Igreja por mais de 70 anos para encobrir os crimes.

“Nos últimos dias foi publicado um relatório que detalha a experiência de pelo menos mil pessoas que foram vítimas de abusos sexuais, de abusos de poder e de consciência, cometidos por padres durante quase 70 anos”, escreve o pontífice na carta dirigida ao “Povo de Deus”.

Há três dias, o Vaticano já havia expressado “vergonha e dor” após a revelação dos casos de abusos sexuais na Pensilvânia. Mas, nesta segunda, o Papa Francisco foi mais longe e usou palavras mais duras para comentar o caso.

Escândalos em diferentes países

A investigação na Pensilvânia é a mais abrangente sobre abuso sexual da Igreja Católica nos EUA. A investigação de 18 meses cobriu as oito dioceses do estado (Harrisburg, Pittsburgh, Allentown, Scranton, Erie e Greensburg) e segue outros relatórios do júri do estado que revelaram abusos e em duas outras dioceses (Filadélfia e Altoona-Johnstown).

O relatório é divulgado num momento em que a Igreja Católica está lutando para lidar com um escândalo de abuso sexual que afeta a Igreja em diferentes países.

Na Austrália, um bispo foi considerado culpado de encobrir abuso sexual. No Chile, o Papa foi forçado admitir a pouca atenção que deu a um escândalo de abuso envolvendo um padre e bispos acusados ​​de encobrir seus crimes. Após o escândalo, 34 bispos chilenos colocaram seus cargos à disposição do papa.

Nos EUA, um proeminente arcebispo foi removido do poderoso Colégio de Cardeais, após surgirem relatos de que havia molestado um coroinha adolescente e vários outros enquanto ascendia nas fileiras da igreja. Enquanto isso, bispos em Boston e Nebraska estão investigando possíveis casos de abuso sexual em seminários católicos.

Especialistas alertam para epidemias de Zika e Chikungunya no verão

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Mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e Zika

A poucos meses do início do verão, especialistas alertam que o Brasil pode voltar a sofrer com epidemias de Zika e Chikungunya. Apesar da redução da incidência de casos este ano, as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti podem voltar a ter força a partir de dezembro ou janeiro de 2019, quando já terá passado o período da primeira onda de surto em alguns estados.

O pesquisador colaborador da Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco Carlos Brito, disse que o país se dedicou mais nos últimos dois anos no estudo dos impactos do Zika, devido ao surto e a perplexidade causada pelos casos de microcefalia nos bebês. Ressaltou, no entanto, que mesmo assim o país continua despreparado para atender novos casos das arboviroses, principalmente de Chikungunya.

“Na verdade, deixou-se um pouco de lado a Chikungunya que, para mim, é a mais grave das arboviroses. E as pessoas geralmente nem têm ciência da gravidade, nem estão preparadas para conduzir a Chikungunya. É uma doença que na fase aguda não só leva a casos graves, inclusive fatais, mas deixa um contingente de pacientes crônicos, que estão padecendo há quase dois anos com dores, afastamento das atividades habituais de trabalho, lazer, vida social”, explicou Brito à Agência Brasil.

O pesquisador disse que a incidência das doenças vai variar de região para região. Aqueles estados onde muitas pessoas já foram infectadas no início do surto em 2016, como no Nordeste, poderão ficar imunes por mais um tempo. No entanto, muitos municípios ainda têm a probabilidade de enfrentar novos surtos, como o Rio de Janeiro, que recentemente registrou vários casos. (link1 )

“No Brasil tudo toma uma dimensão muito grande, porque é um país de dimensão continental. Então, não estamos preparados, nem os profissionais de saúde foram treinados, nem estamos tendo a dimensão da intensidade da doença, nem as instituições estão atentas para uma epidemia de grandes proporções em um estado como São Paulo, com 40 milhões de habitantes, ou no Rio de Janeiro, com 20 milhões de habitantes”, alertou Brito.

Redução

Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na sexta-feira (17), de janeiro até 28 de julho deste ano foram registrados 63.395 casos prováveis de febre Chikungunya. O resultado é menos da metade do número de casos reportados no mesmo período do ano passado, de 173.450. Em 2016, foram 278 mil casos.

Mais da metade, 61% dos casos reportados neste ano, estão concentrados na Região Sudeste. Em seguida, aparece o Centro-Oeste (21%), o Nordeste (13%), Norte (7%) e Sul (0,35%).

Nos primeiros sete meses de 2018, foram confirmadas 16 mortes por Chikungunya. No mesmo período do ano passado, 183 pessoas morreram pela arbovirose. A redução no número de óbitos foi de 91,2%. Já para o Zika, em todo o país foram registrados 6.371 casos prováveis e duas mortes até o fim de julho. No ano passado, o vírus tinha infectado mais de 15 mil pessoas no mesmo período. A maior incidência de Zika este ano também está no Sudeste (39%), seguida da Região Nordeste (26%).

Ameaça

Saneamento básico é apontado como solução para evitar surtos de doenças causadas por arboviroses (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Apesar da redução da incidência, o pesquisador Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, professor do Centro de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, também alerta que, depois do período de seca em que há baixa circulação dos vírus, essas arboviroses podem voltar a qualquer momento, assim como já ocorreu com a dengue e com a febre amarela.

“Não estamos tendo uma epidemia. Estamos tendo casos esporádicos. Mas ainda é um problema que pode voltar, sim. As arboviroses são assim mesmo, dengue, Zika. Todas elas têm momentos em que desaparecem, depois voltam. O vírus está aí, está no Brasil, e ainda é uma ameaça. Ele pode voltar agora, inclusive, neste verão. O risco está aí”, disse à Agência Brasil.

Figueiredo disse que permanece o desafio de diagnosticar com precisão o Zika em tempo de prevenir suas consequências. Apesar dos avanços nas pesquisas nos últimos anos, ainda não foi desenvolvida uma forma de detecção rápida do vírus Zika que possa ser disponibilizada em todo o país, disse o pesquisador.

“A dificuldade continua. A gente descobriu algumas coisas que podem ajudar o diagnóstico, mas o problema não está resolvido ainda. O mais eficaz é você encontrar o vírus, isolar é mais complicado. Ou você encontrar o genoma do vírus ou alguma proteína do vírus na fase aguda seria muito útil, aí você pode detectar na mulher, se estiver grávida inclusive”, explicou.

Os pesquisadores apontam que o ideal para prevenir o impacto de novos surtos seria desenvolver uma vacina. Contudo, eles lamentam que essa solução ainda está longe de ser concretizada. Enquanto isso, o foco ainda está no controle do mosquito transmissor dos vírus. “As pessoas devem ficar atentas e controlar o vetor nas suas casas e, assim, evitar a transmissão. É a única [solução] que nós temos nesse momento”, disse Figueiredo.

O pesquisador Carlos Brito defende que o Estado deve investir em melhorias de qualidade de vida da população e em infraestrutura de saneamento para controlar as epidemias causadas pelas arboviroses.

Controle permanente

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que a destinação de recursos para controle do mosquito vetor e outras ações de vigilância são permanentes e passaram de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,93 bilhão em 2017. Para este ano, o orçamento previsto é de R$ 1,9 bilhão.

Além da mobilização nacional para combater o mosquito, a pasta ressaltou que, desde novembro de 2015, quando foi declarado o estado de emergência por causa do Zika, foram destinados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias.

Desenvolvimento de Cuiabá é debatido com mais quatro comunidades da região Leste

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Mais quatro comunidades da regional Leste serão contempladas com a série de audiências públicas que debaterão o Plano Diretor Municipal. Nesta segunda-feira (20), a Prefeitura de Cuiabá contemplará os bairros Baú, Lixeira, Pedregal, Areão, Jardim Leblon e parte do Jardim Itália.

O encontro acontece às 19h, no Centro Comunitário do bairro Pedregal, e vai debater as principais questões que norteiam o desenvolvimento da cidade, como saúde, infraestrutura, mobilidade, lazer, serviços urbanos e educação. A partir destas reuniões, a Secretaria Municipal de Planejamento fará um levantamento técnico geral das maiores demandas de Cuiabá e quais as diretrizes fundamentais para garantir seu crescimento exponencial para os próximos 10 anos.

 

Serviço
Assunto: Audiência pública para debater o Plano Diretor
Data: Segunda-feira, 20
Horário: 19h
Local: Centro Comunitário do bairro Pedregal

Quase 80% dos deputados federais tentarão reeleição para a Câmara, diz levantamento

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Quase 80% dos 513 deputados federais em exercício vão tentar a reeleição em outubro. No total, 407 parlamentares querem mais um mandato na Câmara, segundo dados da própria Casa.

Entre os demais, dois deputados disputarão a presidência da República; 40 tentarão uma cadeira no Senado; 8 se candidataram a governador; 11, a vice-governador; e 8, a deputado estadual.

Seis deputados foram indicados como primeiro-suplente na chapa de outros candidatos ao Senado. Somente 31 (6,04%) não serão candidatos a nada.

Entre os deputados que tentarão a reeleição, 240 (ou quase 60%) já estão no segundo mandato ou mais.

Desde 1979 na Câmara, Simão Sessim (PP-RJ) é o parlamentar com o maior número consecutivo de mandatos que disputará uma cadeira na Câmara: 10.

Em seguida, aparecem Arnaldo Faria de Sá (PP-SP), Paes Landim (PTB-PI) e Roberto Balestra (PP-GO), que já estão no oitavo mandato.

Com 11 mandatos como deputado, o decano na Câmara, Miro Teixeira (Rede-RJ), desta vez, tentará uma vaga no Senado.

Estimativa

De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), embora o número (407) dos que tentarão renovar o mandato em outubro esteja acima do registrado em 2014 (387), ainda assim está na média dos últimos sete pleitos, de 408 parlamentares.

Renovação

O histórico de renovação das cadeiras da Câmara mostra que os parlamentares que disputam a reeleição acabam tendo mais sucesso que outros que estão de fora.

Dados da Câmara apurados desde 1998 apontam que a renovação não alcançou 40% em nenhum pleito. Veja os percentuais abaixo:

Eleição de 1998

  • Reeleitos ou que já haviam tido mandato: 64,3%;
  • deputados novos: 35,7%

Eleição de 2002

  • Reeleitos ou que já haviam tido mandato: 64,1%
  • Deputados novos: 35,9%

Eleição de 2006

  • Reeleitos ou que já haviam tido mandato: 62,4%
  • Deputados novos: 37,6%

Eleição de 2010

  • Reeleitos ou que já haviam tido mandato: 63,2%
  • Deputados novos: 36,8%

Eleição de 2014

  • Reeleitos ou que já haviam tido mandato: 61,4%
  • Deputados novos: 38,6%

Financiamento

A eleição de 2018 será o primeiro pleito com o financiamento de campanha majoritariamente público, com R$ 1,716 bilhão de fundo eleitoral. Nesta eleição também haverá um teto de gastos para as campanhas eleitorais de deputado federal: R$ 2,5 milhões.

O resultado nas urnas é estratégico para os partidos políticos, uma vez que a distribuição anual do fundo partidário (que serve para a manutenção das legendas) é proporcional ao número de cadeiras na Câmara.

Além disso, a partir do ano que vem estará valendo a chamada cláusula de desempenho, incluída na Constituição no ano passado.

Por essa cláusula, em 2019 só terão acesso a tempo de TV e recursos do fundo partidário os partidos que alcançarem um destes critérios:

  • Obter, na eleição para a Câmara, 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
  • eleger pelo menos 9 deputados federais, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da federação.

Forma de eleição

Os deputados são eleitos para a Câmara pelo sistema proporcional – o que pode implicar em situações em que nem sempre o candidato mais votado é o que obtém a cadeira na Casa; ou casos em que candidatos com poucos votos são eleitos para mandatos na Câmara.

Na urna, o eleitor vota no candidato a deputado federal e também no seu partido ou coligação.

Na apuração, o primeiro cálculo feito é o chamado quociente eleitoral – a divisão do número de votos válidos para o cargo de deputado federal pelo número de cadeiras a serem preenchidas.

Na Câmara, o número varia de 8 a 70, dependendo do tamanho da população dos estados.

O segundo cálculo é o do quociente partidário: o número de votos obtidos pelo partido ou coligação é dividido pelo quociente eleitoral. O resultado é o número de cadeiras a que a sigla ou aliança terá direito.

Com o número definido de cadeiras, os partidos preenchem as vagas a que têm direito com os deputados mais votados.

Prefeitura celebra o Dia do Folclore com semana recheada de atividades lúdicas e interativas

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O evento “Ler, brincar e dançar” vai reunir a população e alunos da rede municipal de ensino.

 

Para comemorar o dia nacional do folclore (22 de agosto), a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME) e a rede de bibliotecas comunitárias “Saber com Sabor” estão preparando uma programação especial. Nos dias 22, 23 e 24, das 08h às 17h, a Praça Alencastro, vai receber alunos da rede municipal de ensino e a população para muita leitura, brincadeira e dança. O objetivo é levar conhecimento, entretenimento, cultura e lazer para crianças, jovens e adultos da Capital, além de divulgar os espaços de leitura para a comunidade em geral.

“Esse é um belo momento para contarmos e ouvirmos as histórias que povoam a nossa cultura popular e, ao mesmo tempo, incentivarmos o hábito da leitura”, destacou a coordenadora do Programa Bibliotecas Saber com Sabor, Edvair Pereira Alves.
Além de histórias do Saci-Pererê, Mula-sem-cabeça, Curupira, Boto e Boitatá, a praça vai oferecer muitas outras diversões como adivinhas, parlendas, trava-línguas, provérbios, quadrinhas, culinária, brincadeiras, cantigas de roda e ainda uma exposição de brinquedos antigos.

Personagens
Entre as principais figuras do Folclore Brasileiro estão o Boitatá, uma gigantesca cobra de fogo que protege os campos, e o Caipora, um pequeno índio de pele escura, muito ágil, que fuma um cachimbo, gosta de cachaça e é o guardião dos animais.
Temos também a Cuca que, segundo a lenda, é uma velha em forma de jacaré que rouba crianças desobedientes,  o Curupira, um anão de cabelos vermelhos e pés voltados para trás que protege as florestas, além do Saci-Pererê, um menino negro e travesso que fuma um cachimbo e carrega uma carapuça vermelha, que lhe concede poderes mágicos.
As marcas folclóricas também podem ser vistas na música (cantigas de roda, serenatas, cantos de velório e de cemitério); danças e festas (quadrilha, xaxado, samba, baião, catira, Carnaval, Festa Junina, Congado); na linguagem (adivinhações, provérbios, quadrinhas e piadas); nos usos e costumes (culinária, vestimentas e comportamento); em brinquedos (pipa, boneca de pano, bolinha de gude, esconde-esconde) e ainda na arte e artesanato, com a utilização de matéria-prima natural como madeira, couro, pedras, sementes e métodos rudimentares de produção.

Você Sabia?
Em 1965, o Congresso Nacional Brasileiro oficializou o 22 de agosto como o dia destinado à comemoração do folclore brasileiro, uma  forma encontrada de valorizar e preservar a cultura popular. “Esse dia é muito importante também para que as escolas, centros culturais, institutos, bibliotecas e outros espaços realizem atividades diversas com o objetivo de transmitir a riqueza artística desta manifestação tradicionalista, de geração em geração”, explica a coordenadora.
Edvair Pereira lembra que muitas histórias e personagens nasceram da imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. “Algumas delas foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar, assim dando origem às grandes manifestações populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país”.

Serviço
Assunto: “Ler, brincar, dançar é só começar” – Dia Nacional do Folclore
Data: De 22 a 24 de agosto
Horário: das 08h às 17h
Local: Praça Alencastro

Moradores relatam mudança de realidade após a construção de ponte de concreto

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Para mais de 50 famílias da zona rural, a travessia do Rio Coxipó tornou-se uma tarefa mais fácil e segura

Desenvolver na Capital uma política de governo em que todas as regiões da cidade sejam tratadas com o mesmo valor. É por meio dessa proposta, implantada pelo prefeito Emanuel Pinheiro, que o Executivo municipal tem conseguido transformar a realidade vivida por milhares de pessoas. Um dos grandes exemplos dessa prática, que vem gerando resultados positivos para os cuiabanos, foi a construção de uma ponte de concreto na comunidade rural Ecoville II, situada nas proximidades do km 29 da Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251).

Concluída e entregue à população há aproximadamente oito meses, a estrutura proporcionou uma grande mudança na rotina das mais de 50 famílias que habitam na região. Se antes, para atravessar as águas do Rio Coxipó era preciso enfrentar uma série de desafios, que transformavam um simples deslocamento em uma verdadeira atividade de risco. Agora, com a nova ponte fazendo a ligação entre os dois extremos do rio, ir até o perímetro urbano e retornar para a zona rural tornou-se uma tarefa muito mais fácil de ser realizada.

Segundo relatado pelos próprios moradores da comunidade, todos os anos, ao chegar a temporada de chuvas, uma mesma cena se repetia e causava grandes transtornos, tanto para as crianças quanto para os adultos. A passagem de madeira totalmente improvisada, edificada por meio da colaboração mútua entre aqueles que vivem no local, não resistia à força das correntezas e era levada pelas águas do Coxipó. Quando não existiam mais opções, os moradores ainda se arriscavam em bondinho de metal, também feito por eles mesmos e sem nenhuma segurança.

“Foi uma época muito difícil para todos nós. Quando a passarela rodava, eu começava a chamar os outros moradores para me ajudar a reconstruir. Isso aconteceu por diversas vezes e, ainda bem, que eu sempre encontrava o pessoal disposto a colaborar. Caso contrário, enfrentaríamos maiores dificuldades. Por último, quando não tinha mais como fazer uma nova passarela, improvisamos um bondinho, já que nem sempre dava para passar pelo rio a pé. Sabíamos que era algo arriscado, mas não tínhamos muitas esperanças de uma mudança imediata e precisávamos nós mesmos criar um meio de não ficarmos isolados”, conta o caseiro Ademildo de Oliveira, de 44 anos.

Residente na localidade há mais de 20 anos, Ademildo relata ainda que para quem possuía algum tipo de veículo era sempre um grande problema, pois nem sempre o nível da água estava baixo. No entanto, ele destaca que, atualmente, a realidade mudou completamente. “Não precisamos ter nenhum tipo de preocupação com a ponte. Temos mais segurança na nossa travessia. Além disso, a estrada também está sempre recebendo manutenção. Na última semana, por exemplo, as máquinas da Prefeitura de Cuiabá estavam trabalhando aqui”, completa o caseiro.

A narrativa de Ademildo é reforçada pelo também caseiro e morador há mais de seis anos da comunidade Ecoville II, Wilson Vieira, de 53 anos. De acordo com Wilson, atravessar os materiais e mantimentos do mês, por exemplo, era um sacrifício para todos os moradores. Ele afirma que, por muitas vezes o carro não conseguia passar pelo rio, restando às pessoas percorrer a estreita e instável passarela com os produtos nos ombros. Em época de cheia, o trabalhador descreve que para as crianças irem à escola era preciso levar o uniforme e sapato em um saco plástico, até transpor o rio.

“Se fossem vestidas com os uniformes, elas chegariam encharcadas na escola. Nesse período que estou trabalhando na comunidade pude ver e sentir toda dificuldade que existia por conta da falta dessa ponte. Certa vez, precisávamos comprar uns eletrodomésticos e quando souberam da situação da ponte me disseram que não podiam trazer aqui. Então, tive que pagar alguém para ir comigo buscar os objetos que tínhamos adquirido. Para as compras de mantimentos do mês também enfrentávamos esse mesmo problema. Agora está uma maravilha. A ponte facilitou nossas vidas, nos deu mais segurança e acabou com a preocupação de lidar com os mesmos problemas a cada chuva”, evidencia Wilson.

Para o prefeito Emanuel Pinheiro, a edificação da ponte de concreto, juntamente com a intensificação do trabalho de manutenção nas estradas vicinais, demonstra a preocupação que a atual gestão tem em cuidar dos bairros da área urbana sem se esquecer das milhares de famílias que moram na zona rural. Conforme o prefeito essa medida visa assegurar boas condições de no trânsito em todas as regiões, facilitando a integração entre o campo e a cidade.

“Desde o primeiro dia à frente da Prefeitura estamos tendo o cuidado de colocar em prática programas que garantam uma boa manutenção na extensa malha viária rural, bem como reformas e construções de pontes. Temos o entendimento que o campo e o perímetro urbano possuem o mesmo valor. São dezenas de famílias que vivem nessas comunidades e precisam desse olhar carinhoso do poder público. A Ecoville é um grande exemplo disso e foi escolhida como o ponto de partida desses programas que levam mais qualidade de vida e dignidade para essas pessoas”, explica Emanuel Pinheiro.

A ponte

A edificação de concreto armado possui cerca de 50 metros de extensão e 4,20 metros de largura. Para a execução da estrutura, foi investido o montante equivalente a R$ 751.640,09, divididos entre recursos da própria Prefeitura de Cuiabá e outra parte arrecadada via o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). A ponte da comunidade Ecoville II foi inaugurada em dezembro de 2017 e foi a primeira entregue pelo Município, por meio do programa “Pontes de Concreto”.

Além dessa, em pouco mais de um ano e oito meses, a Prefeitura de Cuiabá trabalha nos últimos detalhes para entrega de uma nova estrutura na comunidade do Monjolo, localizada no Distrito do Aguaçu, e deu início a outras duas, sendo uma sobre o Rio Bandeira e outra no Rio Paciência, na região do Coxipó do Ouro. Até o ano de 2020 ainda estão previstas as construções das pontes no Rio Aricázinho e Rio dos Médicos.

Agentes da Força Nacional chegam a Boa Vista para reforçar segurança na fronteira

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Sessenta agentes da Força Nacional chegaram a Boa Vista no início da tarde desta segunda-feira (20) para reforçar a segurança em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela.

De acordo com o Ministério da Segurança Pública, o reforço fará ações preventivas e repressivas para combater o tráfico internacional de armas e drogas e a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira com a Venezuela.

O grupo pousou na Base Aérea de Boa Vista às 13h17h (horário local) em um avião C-130 Hércules da Força Áerea Brasileira (FAB). O efetivo saiu de Brasília às 8h30 e segue para Pacaraima, a 215 KM de Boa Vista ainda nesta tarde.

Foto: Ascom

Conforme o Ministério, o trajeto até Pacaraima será feito em comboio por via terrestre. Os 60 militares saíram da base aérea de Boa Vista por volta das 14h40 (horário local) em dois ônibus. O tempo de viagem é de cerca de 2h30.

O envio da tropa é feito dois dias após a cidade que faz fronteira com o país vizinho registrar um tumulto com atos de violência e destruição de acampamentos de imigrantes venezuelanos.

Diante do episódio, o governo federal decidiu reforçar a presença Força Nacional no estado com mais 120 homens – 31 integrantes da FN já estavam em Roraima desde fevereiro.

Por isso, além dos 60 agentes que chegaram nesta segunda, outros 60 devem viajar para Roraima nos próximos dias, segundo o Ministério. Porém ainda não há data prevista.

Tensão na fronteira

Os ataques de sábado aconteceram após um comerciante brasileiro ser assaltado e agredido por dois venezuelanos quando chegava a sua casa. Ele reagiu e levou uma paulada na cabeça, segundo a Polícia Militar. O assalto com agressão e a falta de ambulância para socorrê-lo foram o estopim para que os moradores se revoltassem.

Após o episódio, moradores se revoltaram e atacaram os venezuelanos que estavam na cidade há 215 KM da capital Boa Vista. Pelo menos 1 mil moradores participaram do ato e 1,2 mil imigrantes voltaram para a Venezuela após o conflito.

Eles foram a acampamentos, destruíram barracos e queimaram diversos bens. Hove correria e os venezuelanos foram expulsos da cidade. Um vídeo mostra o momento em que centenas de imigrantes voltaram para a Venezuela sob protesto de brasileiros. O comerciante agredido recebeu alta nesse domingo.

Moradores disseram que os imigrantes revidaram à expulsão atacando carros com placas brasileiras do lado venezuelano da fronteira. Um grupo de 30 brasileiros também teria sido hostilizado enquanto fazia compras em Santa Elena, cidade de fronteira.

Digitais de um partido

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“(…) quando então começaram a se precipitar para esses tempos em que nem nossos vícios, nem os remédios para eles, podemos suportar.” Tito Lívio, em Ab urbe condita.

Em artigo publicado no meu blog em 30 de setembro de 2014, e que pode ser lido aqui, o prof. Giusti Tavares discorreu sobre o paradoxo representado pelos partidos totalitários que atuam em democracias constitucionais. Advertiu o eminente professor que o surgimento e a atuação de tais legendas se fazem tanto mais vigorosos quanto mais erodidas e fragilizadas forem essas democracias pela decadência de suas elites, pela corrupção e pela desinformação política.

 

Quando analisamos a conduta do Partido dos Trabalhadores na política brasileira, constata-se facilmente que, desde suas origens, a legenda surge com esse perfil, valendo-se e interagindo com essa erosão e com essa fragilidade.

 

Muitos de seus dirigentes vieram das organizações guerrilheiras e terroristas que atuaram no Brasil nos anos 60 e 70 do século passado e, pela porta da anistia, a partir de 1980, foram absorvidos no jogo político. As organizações que criaram e nas quais militaram mantinham com a democracia constitucional uma atitude que pode ser descrita como de repugnância. Seu objetivo político era a ditadura do proletariado, um governo das classes trabalhadoras, uma nova ordem social, política e econômica. Nada diferente das então ainda remanescentes “democracias populares” padecentes sob o imperialismo soviético, por onde muitos andaram em tempos que lhes suscitam persistente e visível nostalgia.

 

Essa natureza está perfeitamente expressa no manifesto de fundação do partido: “O PT afirma seu compromisso com a democracia plena e exercida diretamente pelas massas. Neste sentido proclama que sua participação em eleições e suas atividades parlamentares se subordinarão ao objetivo de organizar as massas exploradas e suas lutas”. Vem daí todo o esforço para deitar mão nos mecanismos formadores de opinião – entre outros: meios de comunicação, instituições de ensino, associações, igrejas e sindicatos – e a debilitação da democracia representativa pela ação de conselhos criados, infiltrados e controlados pelo partido.

Os últimos acontecimentos promovidos em Brasília são um pouco mais do mesmo. São atos que se repetem sistematicamente, sem exceção, contra qualquer governo

 

A estima por regimes totalitários como os de Cuba, Venezuela, Nicarágua, El Salvador, bem como a promoção da convergência ao Foro de São Paulo dos movimentos e partidos revolucionários na América Ibérica, são expressões da mesma genética. De igual forma, simetricamente, não há registro de proximidade calorosa e simpática dessa organização política com qualquer democracia constitucional estável e respeitável. Os chamados movimentos sociais constituem os braços mais liberados para as tarefas de ruptura da ordem em favor da causa.

 

Os últimos acontecimentos promovidos em Brasília são um pouco mais do mesmo. São atos que se repetem sistematicamente, sem exceção, contra qualquer governo, em qualquer nível administrativo. A palavra de ordem é “Fora, seja lá quem for!” que esteja sentado na cadeira ambicionada pela legenda. É um perfil golpista. Geneticamente golpista e com longa história de sintomáticas manifestações.

 

Por isso, seu maior líder, apenas por ser seu maior líder, é tido e havido como alguém que está acima da lei. Por isso, embora legalmente impedido por condenação criminal, Lula foi aclamado candidato a presidente na convenção do PT. Por isso, a estratégia é afrontar o ordenamento jurídico do país. Por isso, no dia seguinte à proclamação do resultado do pleito, o PT estará nas ruas e na imprensa mundial proclamando a ilegitimidade do novo governo.

 

Tal acusação e o ambiente que proporcionará serão muito ruins para a estabilidade institucional, para o Brasil, para a confiança na economia, para o mercado e para a superação do desemprego. Mas ao PT isso não importa. Ao PT a única coisa que importa é o PT.

 

PERCIVAL PUGGINA é escritor

Ministras do STF conclamam mulheres a buscar igualdade pelo voto

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A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e a ministra Rosa Weber, também do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fizeram apelo hoje (20) para que as mulheres exerçam seu direito a voto com consciência, de modo a aumentar a participação feminina na política.

Ambas pariciparam do seminário Elas por Elas, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre a temática da mulher no poder estatal e na sociedade. Durante o evento foi comemorado o fato inédito de mulheres ocuparem nesta semana, simultaneamente, os cargos máximos de cinco órgãos de Justiça brasileiros. Também participou do evento a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça.

Em seu discurso, Rosa Weber destacou que as mulheres constituem 52,5% do eleitorado (73.337.919 eleitoras) nas próximas eleições, mas constam como candidatas em apenas 30,7% (8.353) dos pedidos de registro para os 1.654 cargos eletivos em disputa neste ano.

A ministra ressaltou que, mesmo entre esses registros, há provavelmente muitos casos de candidaturas “fantasma”, feitas por partidos cujas candidatas não entram de fato na disputa. Destacou ainda o fato de que menos de 10% dos cargos para deputado federal serem ocupados por mulheres e apenas 18% para senadoras. Rosa Weber conclamou as brasileiras a reverterem “o paradoxo desse quadro, quando a maioria do eleitorado é feminino”.

“Façamos, mulheres, ao exercer todas nós esse direito essencial da cidadania que é o voto, a diferença para um fortalecimento do estado democrático de direito, conquista diária e permanente de todas nós, com a consciência de que em nossas mãos, mulheres, está o destino do país, com a construção de sociedade que todas queremos igualitária, justa e inclusiva”, disse.

Consciência

Em seguida, Cármen Lúcia afirmou ser excepcional o fato de tantas mulheres ocuparem posições de poder no campo da Justiça, e que isso somente intensifica os preconceitos, não os diminui. Ela defendeu que as mulheres tomem consciência de sua condição feminina para avançar na libertação de outras que ainda não têm a liberdade de falar, pensar e se posicionar no mundo.

“Para não termos mais o quadro que a ministra Rosa Weber acaba de traçar aqui, em termos de representação, é preciso que a mulher esteja presente para se fazer representar”, afirmou Cármen Lúcia, também conclamando as eleitoras a fazerem diferença pelo voto na busca pela igualdade.

Ao mencionar as eleições deste ano, a ministra Laurita Vaz disse que a situação “rara” da presença de mulheres em posições de comando na Justiça não significa que elas deixaram de ser preteridas ao buscar crescer em suas carreiras. Como exemplo, ela citou o fato de as mulheres serem quase metade dos aprovados em concursos para juiz de primeira instância, sendo que há apenas seis ministras entre os 33 ministros do STJ. “Essa realidade distorcida precisa ser mudada”, afirmou.

“Precisamos ter a plena consciência de que estamos aqui hoje vivendo um momento mais do que especial, mas esse momento não é a regra, e tanto não é regra que hoje ainda é notícia”, disse a advogada-geral da União, Grace Mendonça. “A notícia de que as cinco principais instituições inseridas no sistema de Justiça no Brasil hoje são comandadas por mulheres. Quando teríamos o mundo ideal? O dia em que as mulheres ocuparem essas funções, e isso será visto de modo tão natural que nem será notícia mais”.

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