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quinta-feira, julho 4, 2024
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Cinco motoristas são presos por dirigirem embriagados em rodovias federais em MT

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Cinco motoristas foram presos por dirigirem embriagados em rodovias federais de Mato Grosso no feriado prolongado. As prisões foram feitas durante os quatro dias da operação Independência da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A operação teve início na quinta-feira (6) e foi encerrada no domingo (10).

Ao todo, 800 testes de etilômetro, que também resultaram em 17 autuações de motoristas que apresentaram concentração de álcool superior a 0.34 mg/l, o que é considerado crime pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Outras seis pessoas foram detidas por crimes diversos, entre eles tráfico e mandado de prisão em aberto e uso de documento falso.

Os radares móveis capturaram 1.426 imagens de veículos trafegando em velocidade superior a máxima permitida na via. Outros 71 condutores fizeram ultrapassagens indevidas e foram autuados.

Ainda durante a operação, 29 acidentes foram registrados. O número é 27,5% menor em relação ao mesmo período do ano passado, quando 40 acidentes foram registrados.

Acidentes

No feriado prolongado, 34 pessoas ficaram feridas e quatro pessoas morreram.

Na noite de sexta (7), uma pessoa morreu após colisão frontal entre caminhão e veículo de passeio na BR-163, em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá.

Ja no sábado (8), uma colisão frontal entre duas motocicletas deixou dois mortos na BR-070, em Campo Verde, a 139 km de Cuiabá.

Na noite do domingo (9), o motorista de um caminhão morreu após sair de pista e tombar na BR-070, em Poconé.

Lula pede ao STF que prorrogue prazo para o PT substituir candidatura

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Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram hoje (10) com um pedido urgente no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja prorrogado o prazo dado ao PT para substituí-lo como candidato do partido à Presidência da República.

Ao barrar a candidatura de Lula, em 1o de setembro, com base na Lei da Ficha Limpa, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu até esta terça-feira (11) para o PT trocar sua cabeça de chapa ou ficar sem candidatura.

Nesta madrugada, a ministra Rosa Weber, presidente do TSE, negou um primeiro pedido de prorrogação do prazo. Na mesma decisão, ela enviou a apelação de Lula contra a rejeição de sua candidatura para análise do STF.

Em paralelo à apelação, a defesa de Lula entrou com outra petição no Supremo, desta vez pedindo com urgência a concessão de uma liminar (decisão provisória) que permita a Lula continuar como candidato ao menos até o dia 17 de setembro, data limite para troca de candidatos, ou até que o plenário do STF discuta em definitivo a situação do ex-presidente.

O relator deste pedido deve ser o ministro Celso de Mello, que já negou, na semana passada, um pedido da defesa para que fosse suspensa a rejeição da candidatura de Lula pelo TSE.

Agora, os advogados alegam que o TSE operou “radicais alterações” em sua jurisprudência de mais de duas décadas para poder impedir Lula de continuar candidato.

Segundo a defesa, o TSE julgou o registro de candidatura com “pressa e mais pressa”, suprimindo prazos para a defesa, além de ter realizado “duas incríveis e surpreendentes viragens de jurisprudência” para impedir Lula de fazer campanha enquanto recorre da rejeição e abrir de imediato o prazo para o PT trocar de candidato.

“Em termos legais e segundo jurisprudência consolidada, antes do caso Lula era possível seguir em campanha enquanto o registro estivesse sub judice”, argumenta a defesa. “Isso simplesmente acabou no julgamento do caso Lula”, afirmam os advogados.

Os advogados citam decisão liminar do ministro do STF Gilmar Mendes, que em abril deste ano manteve o governador do Tocantins no cargo enquanto um recurso dele ainda tramitava no Supremo, mesmo depois do TSE haver determinado o afastamento imediato.

Ensino médio é a etapa que vai exigir mais atenção do próximo governo

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Colégio Estadual Chico Anysio, em Andaraí, Rio de Janeiro, tem convênio com o Instituo Ayrton Senna e é voltado para o empreendedorismo. Embora seja estadual, os alunos estudam em tempo integral e têm acompanhamento especializado.

O ensino médio é o grande gargalo da educação básica brasileira. É a etapa de ensino que concentra os piores indicadores escolares: altas taxas de abandono, alta porcentagem de repetência e piores índices de aprendizagem. Melhorar esses índices, ampliar a carga-horária de estudos, aumentar o aporte de recursos e tornar a etapa mais atrativa para jovens conectados serão desafios do próximo governante.

Sete em cada 10 estudantes não aprendem o básico em português e matemática, segundo indicadores divulgados recentemente pelo Ministério da Educação (MEC). Na outra ponta, apenas 4,5% dos estudantes alcançaram um nível de aprendizagem considerada adequado pelo MEC em matemática e 1,6% em língua portuguesa.

Segundo a presidente executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, o desafio do próximo presidente na educação é garantir que todos os estudantes aprendam. “O Brasil quase universalizou o acesso. Agora precisamos universalizar a aprendizagem”, afirmou.

Após cursar apenas o 1º ano do ensino médio – a etapa tem geralmente três anos, mas pode ter quatro -, quase um a cada quatro estudantes (23,6%) repete de ano ou abandona a escola.

“Hoje, o ensino médio é para poucos, é um ensino médio excludente”, afirmou a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Smole, que participou da elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de 1999, na área de ciências da natureza e matemática. “Algo precisa ser feito. Acredito muito que esse ensino médio, no modelo que está, não atende”, disse.

Cerca de 81% das matrículas do ensino médio estão concentradas nas escolas públicas estaduais, ou seja, a cargo prioritariamente dos governos estaduais.

“O ensino médio é uma das etapas mais caras. O país vai ter que investir mais. Tanto no nível estadual quanto federal, o Brasil vai ter que fazer esforço para aportar recursos para o ensino médio”, defendeu o vice-presidente da região Sudeste do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Haroldo Rocha.

Rocha é secretário de Educação do Espírito Santo, estado que teve o melhor desempenho no último Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). “Penso também que as secretarias estaduais têm que fazer um esforço para racionalizar os seus gastos, eliminando o desperdício que sempre ocorre no serviço público”, acrescentou.

Mesmo com o melhor desempenho, o estado não conseguiu cumprir a meta para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador de qualidade da educação do país, divulgado esta semana pelo MEC.

O país ficou, pela terceira divulgação seguida, abaixo da meta esperada. O indicador está praticamente estagnado desde 2011.

Novo Ensino Médio

A lei do chamado novo ensino médio foi aprovada no início de 2017. Ela estabelece uma formação mais flexível para os estudantes que poderão escolher itinerários formativos com ênfase em matemática, linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico.

Na época que foi enviada ao Congresso Nacional, a reforma do ensino médio foi criticada por ter sido instituída por meio de medida provisória e foi um dos motivos de uma série de ocupações de escolas e universidades em 2016.

A aplicação da lei exigirá um esforço conjunto dos entes federados, uma vez que depende da aprovação da Base Nacional Comum Curricular, ainda em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE); da definição dos currículos que serão aplicados em cada rede a partir da Base; da formação de professores em conformidade com as novas diretrizes; de novos livros didáticos, entre outros.

As mudanças exigirão ainda um redesenho do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá que se adequar ao que os estudantes estão aprendendo na etapa de ensino.

A lei estabelece que as redes terão que ampliar gradualmente as matrículas em tempo integral, ou seja, para 7 horas diárias. O MEC deverá repassar recursos para os estados com essa finalidade. Até 2022, todas as escolas deverão oferecer ensino médio de pelo menos 5 horas diárias.

Para a coordenadora de Políticas Educacionais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, movimento que reúne cerca de 200 entidades educacionais, Andressa Pellanda, para que uma reforma seja eficiente, ela precisa ser realizada a partir de debate com a comunidade escolar e acadêmica. “Só assim conseguiremos responder aos anseios dos estudantes que ocuparam as escolas em 2015 e 2016”, disse. “Era demanda do movimento e é histórica da categoria a formação inicial e continuada de qualidade [para os professores], condições de trabalho e valorização dos profissionais da educação. Sem isso, não haverá uma educação com ensino e aprendizagem fortes”.

O ministro da Educação, Rossieli Soares, ressaltou na semana passada a importância de olhar para esta etapa da educação. “O ensino médio está absolutamente falido, está no fundo do poço”, afirmou.

Pesquisa revela impactos da artrite reumatoide em pacientes

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Pesquisa mundial inédita, divulgada na ultima quinta-feira (6) no 25º Congresso Brasileiro de Reumatologia, no Rio de Janeiro, evidencia os impactos causados na vida pessoal de pacientes com artrite reumatoide (AR).

A sondagem online foi feita com mais de 9.800 pessoas e dividida em duas etapas, captando respostas de pacientes maiores de 18 anos e de profissionais da saúde sobre questões do impacto da AR nas áreas de trabalho, relacionamentos, atividades e aspirações.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a artrite reumatoide acomete adultos, atingindo uma em cada 100 pessoas.

A primeira fase da pesquisa, feita em 2017, ocorreu em países da Europa e no Canadá, obtendo mais de seis mil respostas.

A segunda etapa abrangeu, entre janeiro e junho de 2018, sete países: Brasil, Colômbia, Argentina, México, Arábia Saudita, Coreia do Sul e Taiwan. No Brasil, participaram 1.916 pacientes e 385 profissionais de saúde. O congresso se estenderá até o próximo sábado (8).

Em entrevista à Agência Brasil, a médica reumatologista Rina Dalva Neubarth Giorgi, membro da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia, revelou que a maioria dos entrevistados no Brasil foi do sexo feminino “porque a AR é uma doença mais predominante na mulher.

Em torno de três mulheres para cada um homem são atingidas pela doença”. A maior parte das mulheres que participaram da pesquisa tinha entre 5 a 15 anos da doença. “Ou seja, já com a doença impactando de alguma maneira o seu dia a dia”, disse.

Novos tratamentos

Também diretora do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo, Rina Dalva destacou que, a partir dos anos 2000, teve início uma fase em que surgiram tratamentos novos e muito efetivos contra a artrite reumatoide.

Com essas novas terapêuticas, os problemas dos pacientes apresentaram melhora significativa.

Anteriormente a isso, 30% das pessoas com AR viram a doença evoluir a ponto de ficarem em cadeira de rodas.

A reumatologista salientou que, apesar disso, mais de 50% dos pacientes que responderam à pesquisa relataram que ainda sentiam dor, rigidez matinal quando acordavam, com as articulações endurecidas, com dificuldade de movimento e fadiga.

“Apesar de tudo que a gente está tratando e melhorando, você ainda sente que esses doentes têm necessidades não atendidas”, frisou.

Cerca de 36% dessas pessoas de alguma maneira tiveram de parar de trabalhar ou a AR prejudicou de algum modo a progressão da carreira delas.

Rina Dalva ressaltou que, apesar dos tratamentos que modificaram em muito a evolução da doença, os pacientes ainda têm diversas dificuldades.

Em relação à vida pessoal e social, por exemplo, a pesquisa revela que mais de 50% tiveram algum impacto nas relações interpessoais, sejam com familiares, com o cônjuge, com filhos ou amigos.

“Quase 60% dos pacientes relataram a doença levando a um impacto tanto na sua atividade física, como na sua atividade emocional, no modo de encarar a vida com frustrações, depressão, alterações de humor”, disse.

Exercícios

Os médicos também eram questionados sobre os mesmos segmentos e as respostas foram mais ou menos semelhantes, revelou a médica. Os profissionais de saúde perceberam deficiências no tratamento desses pacientes que ainda não foram atendidas.

De acordo com a pesquisa, 64% dos pacientes com AR comentaram os impactos da doença em suas relações íntimas, na sua vida sexual.

Em relação à atividade física, mais de 30% disseram não ter vontade de fazer exercícios físicos, por conta das dores que sentem. E 56% dos consultados sentem-se frustrados ou insatisfeitos quando não conseguem realizar ou completar atividades por causa da doença.

Rina Dalva informou que, uma vez a doença instalada e após o médico tirar o processo inflamatório, a indicação é que o paciente faça exercícios aeróbicos e de condicionamento físico para melhorar a questão cardiovascular, que é muito afetada.

Em termos de aspirações, a pesquisa revelou acomodação em relação à doença para grande parte dos entrevistados: 64% responderam que a AR dificulta sua vida, mas eles aceitam a doença.

“A grande maioria dos pacientes adere aos tratamentos, faz tudo direitinho, compartilha as necessidades conosco, profissionais de saúde, mas você sente que o indivíduo não se considera mais o mesmo, a partir do diagnóstico da doença. Eles se sentem impedidos em alguma situação, dentro desses domínios que foram vistos na pesquisa”, afirmou a médica.

Sem força nas mãos

A sondagem mostra que o que mais impacta os pacientes com AR, tanto nas atividades diárias de trabalho como nas atividades domésticas, é justamente utilizar as mãos.

“Porque por mais que melhore o processo inflamatório do acometimento, você sempre fica com uma certa diminuição da força de pressão na sua mão. Mais da metade reclama e foca nas mãos essa sensação de que não tem nunca uma vida normal”, explica a médica. Nove por cento dos entrevistados disseram que gostariam de sentir que podem viver da mesma maneira que as pessoas sem artrite reumatoide.

Nas relações interpessoais no trabalho, apesar de a maioria dos colegas demonstrar apoio ao amigo na doença, muitos se afastam.

“Apesar de muitas pessoas compreenderem a doença daquele amigo, a gente vê eles não entendendo muito”.

Ou seja, mesmo com os tratamentos modernos disponíveis, que deixam o paciente sem que a doença progrida ou tenha sinais de deformidade nas articulações, muitos colegas não entendem que um professor, por exemplo, sente cansaço nos braços e fadiga ou dificuldade de subir e descer escadas.

“As pessoas do trabalho até sabem que ele tem AR, mas não compreendem ao certo o que se passa com aquela pessoa em relação à sua doença”, explicou.

Isso significa que, embora a ciência tenha melhorado o processo inflamatório e diminuído a possibilidade de deixar o paciente com AR incapaz, apesar de dar a sensação de que não tem nada, ele às vezes sofre diminuição da força de pressão, tem dificuldade de carregar coisas, que tornam difícil explicar para o outro que “não está fazendo corpo mole, que não está querendo trabalhar”, destacou Rina Dalva.

A perspectiva é que a pesquisa ajude no diálogo entre médicos e pacientes, tornando prioritárias no tratamento as questões de maior importância para os doentes com AR, sem se ater somente aos problemas.

Desafio do próximo presidente é melhorar qualidade do ensino no país

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Os números da educação brasileira são tão grandes quanto o desafio do próximo presidente da República para impulsionar a educação no país. Para assegurar a melhoria da qualidade, serão necessários investimentos em áreas distintas: garantir um ensino médio mais inclusivo e atrativo, ampliar o acesso e o financiamento ao ensino superior e melhorar a formação de docentes.

Na primeira matéria da série sobre desafios da educação, a Agência Brasil aponta os principais problemas do ensino médio, o maior gargalo da educação básica.

A reportagem também apresenta experiências educacionais inovadoras na rede pública. Em parceria com institutos e entidades privadas, essas escolas são exemplos de como a rede pública pode atender com excelência, priorizar currículos que preparem para o mercado de trabalho, além de se preocupar com a diversidade e o desenvolvimento socioemocional de jovens.

Educação básica

Na educação básica, atualmente 48,6 milhões de estudantes de 4 a 17 anos estão matriculados em 184,1 mil escolas públicas e privadas, mas cerca de 2,5 milhões não frequentam as salas de aula.

Isso significa que as redes pública e privada atendem 96,4% das crianças e adolescentes brasileiros. Em 1970, esse índice era de 48%, o que mostra a evolução do acesso à educação nos últimos anos no Brasil. O nível de aprendizagem, porém não acompanhou a universalização do acesso.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador de qualidade da educação do país, que mede tanto a aprovação dos estudantes quanto o nível de aprendizagem dos estudantes em português e matemática, mostra que o país cumpre as metas estipuladas apenas até o 5º ano do ensino fundamental. No ensino médio, a meta não é cumprida desde 2013.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), quando saem da escola, ao final do ensino médio, sete a cada 10 estudantes não aprendem o básico em português. O mesmo número tem aprendizado insuficiente em matemática. Na outra ponta, apenas 4,5% dos estudantes alcançaram um nível de aprendizagem considerada adequada pelo MEC em matemática e 1,6% em língua portuguesa.

Graduação

No ensino superior, o desafio ainda é a ampliação de matrículas. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), lei em vigor desde 2014, a taxa bruta de matrículas, ou seja, o número total de estudantes matriculados, independente da idade, dividido pela população de 18 a 24 anos, deve chegar a 50% até 2024 – atualmente é 34,6%. Esse número tem caído nos últimos anos, tanto no setor público quanto no setor privado. Políticas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) reduziram o número de beneficiados.

Nas universidades públicas, o orçamento não acompanhou, de acordo com os reitores, o aumento das matrículas e a expansão das instituições que ocorreu nos últimos anos. Os recursos previstos para investimentos em 2018 caíram para quase um quarto do que eram em 2013.

Além disso, sem a ampliação do número de bolsas permanência e outros auxílios – ofertados pelas instituições para estudantes de baixa renda – muitos estudantes que precisariam dos recursos acabam abandonando os estudos.

Formação de professores

Os próximos governantes também terão que voltar a atenção a quem trabalha diariamente em sala de aula. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que muitos professores não têm formação nas disciplinas que lecionam.  Em 2016, na educação infantil, 53,4% não tinham formação superior adequada à área. No ensino fundamental, o percentual chegava a 49,1% nos anos finais (do 6º ao 9º ano) e 41% nos anos iniciais (do 1º ao 5º ano). No ensino médio, 39,6% não tinham formação adequada.

Há ainda o desafio de valorizar esses profissionais. Atualmente, professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, cerca de 25% a menos.

China relata novo caso de peste suína africana, sétimo surto da doença desde agosto

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A China registrou nesta segunda-feira um novo caso de febre suína africana em Xuancheng, na província de Anhui, o segundo na cidade, o que aumenta o risco dos agricultores à medida que a doença se espalha rapidamente. O novo surto, o sétimo na China desde o início de agosto e o terceiro na província oriental de Anhui, ocorreu em uma pequena fazenda de 308 porcos, matando 83 deles, disse o Ministério da Agricultura do país.

A doença altamente contagiosa também foi encontrada em outra pequena fazenda em Xuancheng no domingo. “Parece que está acelerando”, disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank, acrescentando que espera que os agricultores comecem a vender suínos antes que sejam obrigados a abater animais se a doença atingir suas próprias fazendas ou propriedades vizinhas. “Acho que nos próximos dias eles vão liquidar seus rebanhos”, disse ela.

Isso prejudicaria os preços para todos os agricultores, mesmo aqueles capazes de manter a doença sob controle. A China descobriu agora sete casos da doença mortal em cinco províncias: em Liaoning, no nordeste do país, na região central de Henan, e nas províncias orientais de Anhui, Jiangsu e Zhejiang.

Autoria: Reuters

Vacas produzem quase 20% a mais de embriões em áreas sombreadas

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Vacas que vivem em áreas sombreadas em sistemas integrados de produção (com lavoura, pecuária e floresta) têm apresentado resultados satisfatórios também quando o assunto é eficiência reprodutiva. Um estudo que compara as vacas a pleno sol com as que têm acesso à sombra foi desenvolvido na Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP) em um projeto que avaliou o conforto térmico e a eficiência reprodutiva, financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e pela Embrapa.

O resultado dessa pesquisa acaba de ser premiado na 32ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões, considerada o maior congresso de reprodução animal do país. O estudo foi apresentado pela doutoranda Amanda Prudêncio Lemes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal. O experimento foi desenvolvido no sistema ILPF (Integração Lavoura- Pecuária-Floresta) da fazenda Canchim, onde funciona a Embrapa Pecuária Sudeste. A competição para estudantes nas categorias “área aplicada” e “área básica” aconteceu de 16 a 18 de agosto em Florianópolis (SC).

Amanda foi orientada pela professora Lindsay Gimenes, da Unesp, e coorientada pelo pesquisador Alexandre Rossetto, da Embrapa. Os dois estiveram no congresso e acompanharam a premiação.

De acordo com Rossetto, o estudo indica que as vacas que vivem em pleno sol apresentaram taxa de produção de embriões de 36%. Já as que vivem em área sombreada tiveram um incremento nessa taxa, que chegou a 43%. Esse aumento de 7 pontos percentuais  – equivalentes a quase 20% – representa um impacto significativo, segundo Rossetto, especialmente porque o experimento foi realizado em um sistema já ajustado e que apresenta boas taxas de produção de embriões.

O experimento foi feito com 18 vacas com bezerros ao pé mantidas no sistema ILPF da Embrapa durante o verão e o outono. Essas vacas pariram no sistema e, uma vez por mês, eram levadas ao curral para aspiração de folículos ovarianos, onde ficam os gametas. Esses gametas foram entregues a um laboratório particular em Cravinhos (SP), que produziu os embriões.

“A produção de embriões foi usada como medida da eficiência reprodutiva”, explicou Rossetto. Os resultados mostraram que o microclima mais favorável observado no sistema ILPF, com menor incidência de radiação solar sobre os animais, contribuiu para o aumento na produção de embriões.

São parceiros do projeto a Embrapa Pecuária Sudeste, Unesp de Jaboticabal, Universidade Federal Fluminense (UFF), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Universidade Federal do Pará (UFPA), Oregon State University (EUA), Laboratório Vitrogen (Cravinhos-SP) e GS Reprodução Animal.

Em outro estudo recente, a Embrapa Pecuária Sudeste já havia constatado que a criação de animais em sistemas integrados indicou que matrizes de corte que permanecem em área sombreada procuram menos os bebedouros. A frequência em busca de água chega a cair 19% em sistemas com árvores.

Autoria: Embrapa

Jair Ventura é o novo técnico do Corinthians

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Jair Ventura é o novo técnico do Corinthians. Ele foi anunciado ao meio-dia desta quinta-feira nas redes sociais do clube.

A diretoria do Corinthians ainda não deu detalhes sobre tempo de contrato e de quando Jair Ventura se apresenta para começar a trabalhar. A tendência é de que ele já comande o time no Dérbi contra o Palmeiras no domingo, na arena do rival, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Na próxima quarta-feira, o Corinthians iniciará a disputa da semifinal da Copa do Brasil contra o Flamengo – o jogo de ida é no Maracanã.

Jair Ventura assumirá o time no lugar de Osmar Loss, afastado do cargo após a derrota para o Ceará na quarta-feira, mas que permanece como funcionário do clube – a tendência é de que Loss volte a ser auxiliar.

No Santos, a comissão técnica de Jair Ventura tinha o auxiliar Emílio Faro e o preparador físico Ednilson Sena. A reportagem apurou que apenas o primeiro deve acompanhar Jair no novo trabalho.

Em enquete realizada pelo GloboEsporte.com na homepage do Corinthians, Jair Ventura foi apenas o quarto mais votado dentre os técnicos disponíveis no mercado.

Jair Ventura tem 39 anos e iniciou a carreira no Botafogo em 2009, como auxiliar técnico de Ney Franco. Antes de ser efetivado, em agosto de 2016, trabalhou como preparador físico, técnico do sub-20 e treinador interino na equipe carioca.

No ano passado, mesmo com um elenco limitado, Jair conseguiu levar o Botafogo às quartas de final da Libertadores e à semifinal da Copa do Brasil, além de ter mantido uma regularidade durante grande parte do Campeonato Brasileiro.

No início desta temporada, foi contratado pelo Santos, mas ficou menos de sete meses no clube, saindo bastante criticado pela torcida. Chegou à semifinal do Paulistão e saiu antes das eliminações da Libertadores e da Copa do Brasil.

No Brasileirão, Jair deixou o Santos na 15ª colocação, próximo à zona de rebaixamento. Em 39 jogos no total, obteve 14 vitórias, 10 empates e 15 derrotas, com aproveitamento de 44,4%.

Comitê discute como garantir doações para reconstruir Museu Nacional

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O comitê gestor que coordena o processo de reconstrução do Museu Nacional está debruçado na confecção do texto da medida provisória que criará a Lei dos Fundos Patrimoniais, destinada a receber recursos para a reconstrução do museu. O assunto foi discutido em uma reunião na Casa Civil.

“Está todo mundo correndo contra o tempo. O governo está trabalhando na Casa Civil, com a área jurídica, para que esse texto seja liberado”, informou o diretor de Relações Institucionais da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Márcio Fortes.

Márcio Fortes adiantou que a ideia é “aproveitar o momento” e propor uma medida provisória mais ampla, que abra a possibilidade de fundos patrimoniais em várias áreas como, por exemplo, na educação, cultura e meio ambiente. “[É hora de] Aproveitar o momento para ter uma coisa muito mais ampla. A contribuição do setor privado é importante porque todos querem colaborar. E temos que ver como ficará a Lei Rouanet nesse encaminhamento de recursos para o fundo patrimonial”, disse Márcio Fortes.

O representante da Firjan disse que outra preocupação do comitê gestor é de como será a gestão de museus no país. Nesse sentido, ele adiantou que está em discussão se museu é só a estrutura física museu ou se pode abrigar também cursos de pós-graduação, como é o caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

“O importante é ter uma gestão que traga resultado com preservações dos acervos, atendimento ao público e cursos de faculdades na área de pós-graduação”, defendeu Márcio Fortes.

Ao deixar a reunião no Palácio do Planalto, a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, defendeu mais agilidade para começar a reconstrução do museu. Segundo ela, o calendário é de urgência. “Tem que se declarar imediatamente estado de emergência para poder fazer a dispensa de licitação para contratação do canteiro de obras assim que a perícia sair do local”.

Kátia elogiou a atuação do governo após o incêndio, ao dar uma resposta muito rápida à situação e de não estar preocupado em resolver uma questão pontual.

Quase 12 milhões ainda não sacaram cotas do PIS; prazo termina dia 28

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Cerca de 11,8 milhões de brasileiros ainda não realizaram o saque das cotas do Programa de Integração Social (PIS) a que têm direito. O valor total disponível ultrapassa R$ 20,2 bilhões.

O prazo para o saque termina em 28 de setembro para os cotistas do PIS com idade inferior a 60 anos. Por força da Lei 13.677/18 e Decreto 9.409/18, os trabalhadores cadastrados no PIS entre 1971 e 4 de outubro de 1988 podem resgatar o dinheiro, independentemente da idade.

Segundo a Caixa Econômica Federal, até o fim de agosto, 8,3 milhões de cotistas sacaram o benefício, somando R$ 7,8 bilhões em pagamentos.

Deste total, 7,6 milhões de cotistas têm idade inferior a 60 anos e aproveitaram a janela temporal de disponibilidade para sacar R$ 6,7 bilhões. Cerca de 4,4 milhões clientes da Caixa receberam o valor por depósito automático em 8 de agosto.

Para saber se tem direito, o trabalhador pode consultar o site, informando o CPF (Cadastro de Pessoas Físicas)  ou NIS (Número de Identificação Social), a data de nascimento e o valor que tem a receber, mediante a informação de senha na internet. Para realizar o saque, o trabalhador deverá apresentar documento oficial de identificação com foto.

Herdeiros

Os beneficiários legais, na condição de herdeiros, poderão comparecer a qualquer agência da Caixa, portando o documento oficial de identificação e o documento que comprove sua condição de herdeiro para realizar o saque.

Deverão ser apresentados o documento de identificação pessoal válido do sacador, o comprovante de inscrição do PIS (opcional, caso os dados apresentados não permitam a identificação da conta do PIS) e  documento que comprove a relação de vínculo com o titular, dentre os seguintes: certidão ou declaração de dependentes habilitados à pensão por morte expedida pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); atestado fornecido pela entidade empregadora (no caso de servidor público); alvará judicial designando o sucessor/representante legal; formal de partilha/escritura pública de inventário e partilha.

Saque por procuração

O saque poderá ser realizado pelo representante mediante procuração particular, com firma reconhecida, ou por instrumento público que contenha outorga de poderes para solicitação e saque de valores do PIS.