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Arte LGBTQI+ faz abrigo no MISC com exposição sobre diversidade e resistência

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Resistência, diversidade e sexualidade se misturam na mostra “Viver É Um Ato Político: Nossa Arte é Nossa Voz”, aberta ao público a partir de sexta-feira (28), no Museu de Imagem e do Som de Cuiabá (Misc). As temáticas ganham contornos políticos em período de eleições e invadem o espaço com obras de artistas LGBTQI+. Convergindo com a proposta da Parada da Diversidade, realizada na última semana, eles lançam luz à luta de milhares de homossexuais, transexuais, lésbicas e bissexuais.

É o que explica o curador da exposição, Rodolfo Carli Almeida. “Vivemos um momento político problemático, então é essencial reforçar que esses artistas fazem parte da sociedade que, na maioria das vezes, consome nossos trabalhos sem saber que foram feitos por gays. Esse é o primeiro passo que estamos dando, então acredito que a partir do momento em que virem a qualidade do que será mostrado aqui, muitas barreiras vão cair.”

No total, são 24 artistas com obras em formato audiovisual, de música, performances, pintura, escultura, instalação, poesia, prosa, fotografia e colagem. Um dos pré-requisitos para a participação é que eles se reconhecessem como pessoas LGBTQI+ ou fizessem referencia a esta comunidade em suas produções. Um dos fotógrafos, por exemplo, fez uma pausa em seus típicos registros de igrejas, cerrado e pantanal, para desenvolver uma série exclusiva sobre diversidade.

Para a abertura, marcada para as 19h, o DJ Charles Pitter preparou um setlist com flashback das divas do universo gay. Ao longo dos 30 dias em exposição também será lançado o documentário Majur, que conta a história do indígena homossexual da etnia Bororo, que dá nome a obra. Chefe de comunicação da Aldeia Poboré, localizada no interior do Mato Grosso, ele é o responsável por fazer a interlocução do seu povo com a cidade.

A estes, somam-se nomes como Ronei Ferraz, Laila Dutra, Hend, Kyanaju, Luísa Lamar, Eduardo Geraldis, Marilia Beatriz, Marcus Vaz, Gonçalo Arruda e Sarah Mitch, A programação completa da “Viver é Um Ato Político” está disponível em sua página no Facebook. Lá também é possível conhecer um pouco do trabalho de cada um dos participantes, por meio de suas fichas de apresentação.

Por que LGBTQI+?

Com relação à importância de realizar um evento do tipo, designando-o como fruto do trabalho de LGBT’s, Rodolfo explica que a questão é reforçar a existência desses cidadãos, que ainda vivem rodeados de preconceito e desigualdade. “Muitos acham que não somos pessoas que formam opinião. Nós somos e estamos aí no mercado de arte, nas escolas, nos museus, nos teatros, nas repartições públicas, como todo mundo. O intuito é incluir, não separar.”

Neste contexto, o Misc reforça seu compromisso de abrigar as mais variadas formas de expressão, dando oportunidade para que diferentes artistas ocupem o espaço e promovam seus trabalhos. De acordo com o diretor do Museu, Cristóvão Gonsalves, esta mostra, em especial, é importante para a população encontrar esperança em momentos de ódio.

“Muitos LGBTQI+ estão sendo exterminados, mortos pelo preconceito, pela violência ou pelo suicídio. Nosso papel então é abrir este espaço para incentivar que eles resistam e para aqueles que ainda têm ressalvas possam conhecer seus trabalhos. A ideia é que a sociedade reconheça esta contribuição para a cultura regional”, finaliza.

“As mães se sentem culpadas e não procuram ajuda”, sintetiza psiquiatra sobre depressão pós-parto

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Uma em cada quatro mulheres sofre com os sintomas da depressão pós-parto no Brasil, segundo dados divulgados recentemente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em pesquisa publicada pela Maternal and Child Health Journal, é evidenciado que, em nível mundial, apenas 20% do total de mulheres que sentem estes sintomas procuram auxílio médico.

O desânimo, a diminuição do interesse por atividades cotidianas ou pelo cuidado do filho e as alterações de sono, humor e energia são alguns dos principais indícios de depressão pós-parto. Em casos mais graves, a falta de ânimo pode acarretar pensamentos de rejeição e até suicidas.

Psiquiatra do Hospital Infantil e Maternidade Femina, Daniele L. B. Carvalho explica que muitas pessoas associam a depressão à falta de força de vontade e que o estigma da doença faz com que muitas mulheres não procurem ajuda especializada.

“É exatamente pelo fato de as mães se sentirem culpadas que elas não vão em busca de um auxílio médico. Elas acreditam que é errado se sentir triste no pós-parto – um momento que deveria ser feliz – e, por isso, não se abrem e têm medo dos julgamentos alheios”, explicou.

No entanto, assim como em qualquer fase da vida, a depressão é uma doença que tem a ver com as alterações biológicas do cérebro e não é traduzida pura e simplesmente pelo sentimento de insatisfação. A fase do pós-parto engloba muitas alterações hormonais, mudanças corporais e de rotina, que podem acarretar, fisiologicamente, um quadro de transtorno depressivo.

Segundo a médica, alguns dos sintomas da depressão podem ser transitórios e característicos do puerpério – período que pode se estender até a sexta semana depois do parto –, em que o corpo da mulher passa por diversas alterações hormonais. O quadro de blues puerperal, por exemplo, apesar de promover a manifestação dos sintomas depressivos de forma mais leve, não é caracterizado como depressão.

“O papel do médico é justamente o de saber diferenciar um transtorno depressivo de um quadro de blues puerperal. Caso os sintomas persistirem para além dos dez dias pós-parto, é necessário o auxílio de um psiquiatra para a reavaliação do quadro”, explicou.

A psiquiatra ainda alerta para o fato de que mulheres que já viveram quadros depressivos anteriores à gestação ou vivem a primeira gravidez estão mais pré-dispostas à depressão pós-parto e, portanto, devem contar com um acompanhamento psicológico já durante o pré-natal.

As mães que passam por um período emocional delicado também se tornam mais suscetíveis ao quadro depressivo. Logo, no período pós-parto, uma rede de apoio é fundamental para que a mulher se sinta mais segura.

Corrida de rua terá dois percursos diferentes

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A 6ª Corrida de Combate ao Câncer de Boca e 4ª Corrida do Cirurgião-Dentista acontecerá no dia 14 de outubro, no Parque Tia Nair. A competição, promovida pelo Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT), contará com trajetos de 4 e 8 quilômetros e será dividida entre as categorias “Geral”, “Cirurgião-Dentista”, “Idoso” e “Especial (PCD)”.

Localizadas nos arredores do parque, as avenidas B e Érico Preza foram contempladas pelos percursos.

Além de prezar pela valorização do profissional de saúde bucal, a iniciativa tem como foco alertar e sensibilizar a população quanto à importância da prevenção do câncer de boca e de seu diagnóstico precoce.

O evento contará com um ponto de prevenção ao câncer de boca, onde serão disponibilizadas algumas orientações de combate à doença.

“É importante que se fale no assunto e que essas informações cheguem até a população. O câncer de boca é um dos mais prevalentes e que provoca grande morbidade. Logo, o diagnóstico precoce é essencial para um tratamento eficaz. Precisamos correr atrás da conscientização”, enfatiza Luiz Evaristo Ricci Volpato, presidente do CRO-MT.

No dia 14 de outubro (domingo), a largada da corrida será às 7h, no Parque Tia Nair (Av. Érico Preza), em Cuiabá.

INSCRIÇÕES – Aberta à comunidade, a inscrição pode ser efetuada pela internet (https://sites.minhasinscricoes.com.br/). O valor da inscrição é de R$65. Cada participante receberá um kit contendo camiseta, número de peito e chip eletrônico. Para acessar o regulamento, clique aqui.

CÂNCER DE BOCA – Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), estima-se que em 2018 haverá 11.200 novos casos de câncer de boca em homens e 3.500 em mulheres no país. Em Mato Grosso, neste ano, a perspectiva é de 150 novos casos em homens e 40 em mulheres, considerando as taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes.

Escola Ana Maria do Couto recebe programa ‘Bairro Integrado’ nesta sexta-feira

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Imagem da internet

A terceira edição do programa “Bairro Integrado” será realizada na sexta-feira (28.09), a partir das 9 horas, na Escola Estadual Ana Maria do Couto, do bairro CPA 2. O projeto da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), e demais parceiros, promove ações de cidadania e segurança dentro das escolas, fortalecendo o vínculo entre o poder público, família, escola e comunidade.

Durante todo o dia, os alunos da unidade terão palestras de diversos assuntos, ministradas por servidores das forças de segurança e atividades de entretenimento. O programa também atenderá a população com vários serviços, entre eles, confecção RG, Boletins de Ocorrências (BO), 1ª e 2ª vias de CPF, plastificação de documentos, foto 3×4, 2º via de certidões de nascimento, casamento ou óbito, além de serviços do Detran.

Parceiros: Além das forças de segurança, compostas pela Polícia Militar, Polícia Judiciária Civi), Corpo de Bombeiros Militar, Politec e Detran, participam Defensoria Pública, Secretarias de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), de Educação (Seduc), Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Assembleia Legislativa e o Conselho Comunitário de Segurança Pública (Conseg).

Serviço

Evento: Ação “Bairro Integrado” na Escola Estadual Ana Maria do Couto, CPA 2

Data e horário: 28/09 (sexta-feira), às 9 horas

Local: a escola está localizada na Av. Brasil – Cpa II, em Cuiabá

Outras informações: (65) 3613-5518 ou imprensa@sesp.mt.gov.br

Aquário Municipal de Cuiabá permanece fechado

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Foto: TVCA

O Aquário Municipal Justino Malheiros, em Cuiabá, permanece de portas fechadas devido à ausência de uma empresa que coloque os vidros nos tanques, onde devem ficar expostos várias espécies de peixes de Mato Grosso.

Orçado em R$ 4 milhões, o local chegou a ser inaugurado em 2000, mas logo depois foi fechado para reforma.

A previsão inicial era a de que o aquário seria entregue na Copa do Mundo de 2014. Em seguida, o prazo se estendeu para o aniversário de Cuiabá de 2017, mas a obra permanece parada.

Conforme o secretário municipal de Meio Ambiente, Juarez Samaniego, ainda deve ser investido mais R$ 1 milhão para que a obra seja concluída.

“A gente não encontrou projeto da estrutura preparado para o aquário. Não fizeram o estudo correto sobre o tipo de vidro que deveria ser aplicado. Para entregar essa obra funcionando, eu acredito que a gente vá gastar cerca de R$ 1 milhão”, disse.

O novo espaço ganhou um salão com tanques, onde serão colocadas espécies de peixes das três bacias hidrográficas do estado. Porém, a Prefeitura de Cuiabá não tem conseguido encontrar uma empresa que faça o serviço.

“Eu acredito que a gente contrate a empresa ainda esse mês para fazer o reforço e temos que procurar uma empresa que trabalhe com vidro, que eu acho que em Cuiabá não tem, para fazer o vidro específico para colocar naquela estrutura”, afirmou o secretário.

Segundo ele, a previsão para entrega aniversário de Cuiabá de 2019.

TSE julga Garotinho inelegível e o afasta de campanha a governo do Rio

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Foto: Renato Araújo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (27), por unanimidade, que o ex-governador do Rio Anthony Garotinho está inelegível e, portanto, deve suspender de imediato a campanha ao governo fluminense nas eleições deste ano. Ele também está proibido de gastar recursos do Fundo Eleitoral.

O TSE confirmou decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), que no último dia 6 já negou o registro de candidatura a Garotinho. Ele figura como segundo colocado em pesquisas de intenção de voto ao governo do Rio.

Garotinho teve seus direitos políticos suspensos pelo TSE por ter sido condenado por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, em julho, pela segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O caso envolve desvios de R$ 234,4 milhões da área de Saúde do Rio de Janeiro quando ele era secretário da pasta, entre 2005 e 2006.

Trata-se do primeiro caso em que o TSE aplicou a Ficha Limpa em face de condenação por improbidade nas eleições majoritárias deste ano, estabelecendo jurisprudência para os julgamentos daqui em diante.

Para o relator do caso, ministro Og Fernandes, a condenação se enquadra de modo preciso nos critérios da Lei da Ficha Limpa, que prevê a inelegibilidade de pessoas condenadas por improbidade em órgãos judiciais colegiados. “Não há dúvida de que a condenação atende aos requisitos”, afirmou.

Acompanharam o relator os ministros Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Jorge Mussi e a presidente da Corte, ministra Rosa Weber. “Entendo plenamente evidenciada a causa de inelegibilidade”, afirmou ela.

A defesa de Garotinho alegou que a inelegibilidade poderia ser afastada pelo fato de a pena imposta, de mais de dois anos de prisão, ter sido convertida em pagamento de multa e serviços à comunidade. O TSE não acolheu o argumento.

Nas redes sociais, Anthony Garotinho afirmou que recorrerá da decisão do TSE. “Decisão judicial é para ser cumprida, mas ela pode ser contestada e questionada. Vou recorrer, ainda hoje, em instância máxima, que é o Supremo Tribunal Federal, dessa decisão que, a meu ver, o TSE tomou movido por informações erradas enviadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que é controlado por alguém que eu denunciei”.

DF registra baixa procura por segunda via de título em papel

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No último dia para requerer a segunda via do título eleitoral, a procura pelo documento tem sido baixa no Distrito Federal (DF). Segundo levantamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), até a última semana cerca de mil pessoas, em um universo de pouco mais de 2 milhões de eleitores, procuraram os cartórios eleitorais do DF com esse objetivo.

“Na verdade, o título de eleitor sozinho serve apenas para informar em que zona e seção o eleitor vai votar. Para a votação o que vale é um documento oficial de identidade com foto, como carteira de identidade, habilitação, carteira de trabalho ou passaporte”, ressalta o porta-voz do TRE-DF, Fernando Velloso Filho.

Segundo ele, o que a Justiça Eleitoral tem incentivado bastante é a utilização do e-título. O aplicativo também serve como documento de identificação do eleitor caso ele já tenha feito o recadastramento biométrico. Isso porque a versão digital será baixada com foto, o que dispensa a apresentação de outro documento no momento do voto.

Com esse mesmo aplicativo é possível saber o local de votação e, por meio de ferramentas de geolocalização, até sua seção eleitoral. Além disso, a plataforma também oferece serviços como a emissão de certidões de quitação eleitoral e negativa de crimes eleitorais.

Quem não quiser ir a um cartório eleitoral até hoje para solicitar a segunda via do título em papel, também pode fazer uma pesquisa simples no portal do Tribunal Superior Eleitoral para saber onde vai votar. No site, basta ir à seção Serviços ao Eleitor, Título de eleitor, título e local de votação. A consulta pode ser feita pelo nome do eleitor ou número do título, data de nascimento e nome da mãe.

Os eleitores que perderam o prazo final do alistamento, no dia 9 de maio, não poderão votar nas eleições de 2018. Essa foi a data limite para requerer inscrição eleitoral, transferência de domicílio, alteração de título eleitoral ou transferência para seção eleitoral especial (eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida).

Lewandowski pede vista de mais um recurso pela liberdade de Lula

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Foto: Valter Campanato

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu na noite de ontem (26) vista de mais um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que se encontrava no plenário virtual do plenário da Corte. Trata-se do segundo recurso de Lula no plenário virtual do qual o ministro pede vista.

Ao fazê-lo, Lewandowski obriga que os recursos sejam analisados presencialmente no plenário do STF. Isso só deve ocorrer, no entanto, quando ele liberar os processos para julgamento, o que ainda não tem previsão.

Na noite de quarta-feira, Lewandowski pediu vista de um agravo contra a decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, em que negou a suspensão do cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão a qual Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do troplex no Guarujá (SP). Nesse caso, somente Fachin já havia votado, no sentido de rejeitar o recurso.

No último dia 14, Lewandowski já havia pedido vista de um outro agravo, dessa vez contra decisão de Fachin que havia rejeitado os embargos de declaração apresentados pela defesa de Lula questionando um acórdão (decisão colegiada) do plenário. Em abril, o pleno negou, por 6 a 5, um habeas corpus ao ex-presidente. Neste caso, a vista foi pedida quando o placar estava em 7 a 1 pela rejeição do recurso no plenário virtual.

Em ambos os casos, a defesa de Lula busca garantir a ele o direito de recorrer em liberdade às instâncias superiores contra a condenação imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Ainda não há data para que ambos os recursos entrem na pauta de julgamentos do plenário físico. Em entrevista coletiva logo após assumir a presidência do STF, neste mês, o ministro Dias Toffoli disse que iria discutir com Lewandowski o momento mais propício para o julgamento, mas afirmou também que “em setembro não será pautado”.

Adultério deixa de ser crime na Índia

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Foto: EFE

O Tribunal Supremo da Índia descriminalizou o adultério no país, ao declarar inconstitucional uma lei do Código Penal, de quase 160 anos, que tratava a mulher como objeto, deixando o marido decidir se as relações sexuais com outro homem eram causa de crime ou não.

A lei em vigência tem consonância com a sociedade indiana, predominantemente patriarcal, na qual existe forte preferência pelos homens, já que perpetuam a linhagem, cuidam dos pais na velhice e lhes asseguram uma renda.

A isso se somam os caros (e ilegais) dotes que as mulheres devem pagar no casamento. Depois que se casam, elas passam a fazer parte da família do marido.

A decisão do Tribunal Supremo foi tomada depois de outra sentença histórica este mês a favor da igualdade, na qual o principal órgão de Justiça declarou inconstitucional outro artigo da época colonial no qual as relações homossexuais eram penalizadas.

Julgamento

A turma composta por cinco juízes e liderada pelo presidente do Supremo, Dipak Misra, declarou que o artigo 497 do Código Penal, que impunha penas de até cinco anos de prisão por adultério  não consentido pelo marido, é inconstitucional.

“Qualquer disposição que trata a mulher com desigualdade não é constitucional”, afirmou Misra, que redigiu seu veredito em parceria com mais dos juízes da turma, enquanto os outros três magistrados pronunciaram sentenças individuais, nas quais concordaram com a inconstitucionalidade do artigo.

“Está na hora de dizer que o marido não é dono de sua esposa. A soberania legal de um sexo sobre o outro é errada”, ressaltou o presidente do principal órgão de Justiça indiano, que insistiu na “arbitrariedade” do artigo.

Misra afirmou, além disso, em posição contrária àqueles que defendem esta lei como protetora da não dissolução do casamento, que “o adultério poderia não ser a causa de um casamento infeliz, mas o resultado”.

*Com informações da Agência EFE

Governo libera R$ 1 bilhão para projeto de inovação em municípios

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom

O governo federal disponibilizará R$ 1 bilhão para o financiamento de projetos de inovação visando ao desenvolvimento das cidades brasileiras. O anúncio de lançamento do programa Cidades Inovadoras foi feito hoje (27) pelo presidente Michel Temer.

“Hoje, damos mais um passo que coloca o Brasil no século 21: lançamos o Cidades Inovadoras. São R$ 1 bilhão, nos próximos dois anos, para projetos que transformarão nossas cidades. É uma conquista para a ciência brasileira”, disse o presidente na cerimônia de lançamento do programa, no Palácio do Planalto.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, o programa tem o objetivo de descentralizar, por meio de parceria com agentes financeiros credenciados – bancos de desenvolvimento, agências de fomento e outras instituições financeiras –, os financiamentos de atividades de inovação e, dessa forma, expandir a atuação da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) no país.

Quatro setores receberão apoio de forma prioritária: saneamento e recursos hídricos (tratamento, compostagem, aproveitamento de água de chuva); mobilidade urbana (sistemas de transporte e circulação visando à eficiência e redução de emissões); eficiência energética; e energias renováveis (tecnologias e sistemas para energias fotovoltaica, eólica e de biomassa).

O foco do programa serão os bancos de desenvolvimento, agências de fomento e outras instituições financeiras, que repassarão recursos a prefeituras, governos estaduais e empresas de economia mista ou empresas privadas interessadas em desenvolver projetos de inovação que beneficiem suas áreas de influência local/regional.

O presidente da Finep, Ronaldo Camargo, explicou que o financiamento de infraestruturas em geral é feito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que à Finep cabe financiar projetos que tragam inovação a essas infraestruturas e aos serviços fornecidos por ela.

“O que a Finep faz é inovação”, disse ele. “Por exemplo, há um projeto no Pará que busca controlar a perda de água. Com uma tecnologia inovadora será possível reduzir em 50% a água perdida. É esse tipo de projeto que a Finep tem condições de financiar”, acrescentou

Os recursos a serem usados pelo Cidades Inovadoras serão disponibilizados a agentes financeiros. Em conjunto com a Finep e as prefeituras, esses agentes analisam os projetos, tendo como critério a inovação. ““São recursos grandes [volumosos], com baixo custo e carência de 2 a 5 anos, para serem pagos em um prazo que vai de 8 a 10 anos. O importante é que esse dinheiro estará disponível já no início da operação”, detalhou Camargo.

Ele disse que financiamentos desse tipo levavam até mais de 300 dias para ser aprovados. “Agora durará entre 90 e 120 dias”, informou. A perspectiva da Finep é de que, no primeiro ano, sejam apresentados, para análise, entre 200 e 300 projetos.

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