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sábado, maio 18, 2024
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“Um Por Todos e Todos Por Um” estimula autoestima e respeito à diversidade com ajuda da Turma da Mônica

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O programa “Um Por Todos e Todos Por Um” tem mudado a dinâmica relacional entre os alunos da rede municipal de ensino, à medida que também trabalha em questões bem particulares, como a autoestima e a inteligência emocional. A iniciativa da Prefeitura de Cuiabá é realizada pela Controladoria Geral do Município (CGM) e conta com um material didático riquíssimo e interativo, que traz os populares personagens da Turma da Mônica para o convívio familiar e escolar dos pequenos, auxiliando-os a perceber o mundo que os cerca por uma ótica mais madura, otimista e responsável. E nesta quinta-feira (30), uma das 48 unidades que adotou o material recebeu a visita do poder público e compartilhou os avanços que a iniciativa tem gerado tanto no corpo docente, como discente.

“Esta iniciativa é uma das nossas meninas dos olhos, pois envolve os alunos da rede municipal de maneira bem intimista na formação cidadã. Com um material bem elaborado, criado pelo Instituto Maurício de Souza, os pequenos aprendem lições valiosas sobre o respeito às diferenças, corrupção, diversidade racial e auto aceitação. Com atividades dinâmicas que exploram conteúdos maduros – pela ótica infantil, o programa Um Por Todos desperta um movimento diferente nas escolas que o adotam e promove uma transformação na forma como todos se relacionam, tanto estudantes, bem como gestores e professores. E esta é a missão que o prefeito Emanuel Pinheiro tem buscado dar continuidade, a fim de desenvolver um senso crítico nestas crianças, conforme planta uma sementinha da retidão, honestidade e mutualidade. As escolas que adotam este compromisso percebem na prática uma mudança na unidade e a EMEBC Hebert de Souza é uma prova viva disso”, afirmou Joilce Acosta, coordenadora de Transparência Ativa do município.

A Escola Municipal de Educação Básica de Campo (EMEBC) em questão leva o programa bem a sério, a partir de brincadeiras e projetos interativos que promovem o desenvolvimento da cidadania de maneira lúdica e imperceptível. Ao aplicar a didática ao longo de todo o ano letivo, os alunos dos 5º anos aprendem a perceber seus coleguinhas e demais pessoas por uma outra perspectiva, desenvolvendo uma sensibilidade aguçada em relação às adversidades e particularidades vividas por cada um. E em uma aula diferente, a unidade municipal Hebert de Souza levou seus pequenos para uma nova atmosfera, cercada pelo verde e distante das tradicionais salas de aula. A quinta-feira foi marcada por um passeio no pátio do Restaurante Sinuelo – localizado na BR-364 -, onde as professoras envolveram suas turmas em atividades sobre as limitações na visão, audição e locomoção – referentes ao módulo dois, intitulado “Ser Diferente é Legal”.

“Foi um momento espetacular de puro aprendizado, que desenquadra o modelo de ensino que se restringe unicamente às quatro paredes e leva os alunos a absorver a realidade que os cerca com ludismo e diversão. Nesta aula de campo, as crianças extravasaram, aprenderam muito e refletiram sobre quem são e o valor que possuem. Uma das alunas ainda testemunhou uma percepção incrível, em meio a um cenário tão delicado. Ao revelar uma tragédia que quase acometeu sua família, ela compartilhou sua compreensão em relação à dor de seu pai e afirmou que o material a ajudou a compreender sua importância e a que ele têm. Além desse, outros relatos de professores e alunos fortaleceram a necessidade desta iniciativa, que visa muito mais que formar bons profissionais do futuro, mas sim cidadãos saudáveis e socialmente contribuintes para o mundo”, concluiu a gestora.

Professora da rede municipal de educação lança livro nesta sexta-feira (31)

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‘Educação Física em questão. Experiências formativas na Educação Infantil’ é o título do livro que será lançado nesta sexta-feira (31), às 14h30, no auditório Maestro China, da Secretaria Municipal de Educação. Publicado pela Editora CRV, a obra traz os resultados de uma pesquisa e os estudos realizados sobre o tema pela professora Viviani Darolt Rabelo, sob a orientação do professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evando Carlos Moreira.

Segundo Viviani Darolt, o objetivo inicial do estudo foi organizar e desenvolver, com os professores de Educação Física da rede municipal de ensino, uma proposta de formação continuada, fundamentada na reflexão sobre as atividades cotidianas dos docentes e, ao mesmo tempo, que estivesse alinhada aos conteúdos previstos na Matriz Curricular de Referência para a Educação Infantil (4 a 5 anos) e que trouxesse alternativas para a melhoria das práticas pedagógicas escolares.

“A pesquisa traz um mapeamento das dificuldades enfrentadas pelos professores no seu dia a dia, no desenvolvimento dos conteúdos previstos na Matriz Curricular de Referência para a Educação Infantil, e demonstra a importância de que haja um esforço permanente de qualificação desses profissionais, dentro de um cenário realista”, destacou Viviani Darolt.

O texto é organizado a partir de um referencial teórico e subdivido em capítulos. Em um deles, intitulado ‘Formação de Professores’, estão relacionados conceitos e observações sobre a formação inicial, e o desenvolvimento profissional, refletidos na ação pedagógica do docente. Já a parte de ‘Formação de Professores de Educação Física’, são retratados os fatores históricos que influenciaram a ação dos professores presentes até os dias atuais.

No capitulo, ‘O Professor e a sua Formação Contínua’, são abordados os processos de desenvolvimento, na perspectiva da aquisição de saberes, atitudes e habilidades docentes, na intenção de promover mudanças na maneira de agir e pensar do professor. Em outro, ‘Educação Física e as necessidades para atuar na Educação Infantil’, Viviani Darolt trata de aspectos específicos ligados aos professores da área e relaciona as perspectivas históricas da infância e o atendimento às crianças no contexto escolar, associando o brincar, o ensino infantil e a Educação Física.

A obra apresenta ainda a metodologia utilizada na pesquisa, seus resultados e as discussões realizadas durante o estudo.

“Entendemos que é necessário criar maneiras e espaços para que esses professores possam interagir e dialogar sobre as situações do seu cotidiano pedagógico, abrindo um campo para novas ideias e práticas. Nesse sentido, a formação contínua é um instrumento que precisa ser planejado e orientado, com base na realidade vivida ‘no chão da escola’, pensando no desenvolvimento do profissional e na melhora da educação como um todo”, salientou a professora.

Programação

A tarde de autógrafos começa às 14h30, com o lançamento do livro, seguido de uma apresentação cultural e palestra da Profª. Viviani Darolt Rabelo. Às 15h30, no espaço lounge da SME, será servido um cooffe break com venda da obra, além das assinaturas dos volumes, por parte da autora. O livro ‘Educação Física em questão. Experiências formativas na Educação Infantil’ , será vendido ao preço de R$ 40,00.

Os autores

Viviani Darolt Rabelo é natural de Ibirama/MT. Graduada em Educação Física pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em 1999, é pós-graduada em Ciência do Movimento Humano pelo IBIPEX e em Biomedicina, pela Faculdade de Cuiabá (2014). Possui mestrado em Educação Física pela UFMT (2017) e  treinamento em Microbiologia no Hospital Universitário Julio Muller. Foi assessora Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação e atualmente está vinculada à Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Maria Tomich Monteiro da Silva.

Possui experiência na área de Educação Física, Didática, Fundamentos da Educação Infantil, Ginástica Artística, Dança e Atividades Rítmicas, Natação e Hidroginástica. Atua principalmente nas áreas de Currículo na Educação Infantil, Ginástica, Dança, Didática e Estágio.

Evando Carlos Moreira possui licenciatura Plena em Educação Física, pela Faculdade de Educação Física de Santo André (1998), mestrado e doutorado em  Educação Física, pela Universidade Estadual de Campinas (2002 e 2007), e pós-doutorado em Estudo das Crianças pela Universidade do Minho – Portugal (2018).

Atualmente é professor associado II da Faculdade e Educação Física e do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação, do Instituto de Educação e do Programa de Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional, com polo na Faculdade de Educação e coordenação nacional da UNESP, ambos da UFMT.

 

Serviço

Assunto: Tarde de autógrafos do livro ‘Educação Física em questão – Experiências formativas na Educação Infantil’. Autores: Viviani Darolt Rabelo e Evando Carlos Moreira

Data: Sexta-feira, 31 de agosto

Horário: A partir das 14h30

Local: Auditório Maestro China, da Secretaria Municipal de Educação, rua Domingos Diogo Ferreira, nº 292, bairro Bandeirantes

Energisa arremata Eletroacre e Ceron; consórcio leva Boa Vista Energia

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governo leiloou nesta quinta-feira (30), na sede da B3, antiga BM&FBovespa, em São Paulo três distribuidoras da Eletrobras: Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre); Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e Boa Vista Energia, de Roraima.

As três fazem parte do conjunto de seis distribuidoras que o governo planejou privatizar até o fim do ano. Em julho, o governo vendeu a Companhia Energética do Piauí (Cepisa) para a Equatorial Energia.

A Energisa foi a única a apresentar proposta pela Eletroacre, e levou o certame com um deságio de 31%. A empresa arrematou também a proposta pela Ceron, com índice de deságio de 21%. Já a Boa Vista Energia ficou com o consórcio Oliveira Energia, que fez proposta de índice igual a zero.

Segundo o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o leilão desta quinta-feira pode garantir uma redução de até 8,34% nas tarifas de energia da Ceron, de 10,54% para as tarifas da Eletroacre e de 10,77% para as da Boa Vista Energia. Isso porque uma das regras do leilão favorece as empresas que se comprometerem com descontos na tarifa.

O governo defende a privatização das distribuidoras como alternativa para melhorar a prestação de serviço. Também faz parte da estratégia do governo privatizar a Eletrobras.

Porém, por falta de apoio no Congresso, o projeto sobre o tema não foi adiante.

Regras

As regras previam que vencesse o leilão quem ofertasse o maior desconto de tarifa, em cima de um reajuste concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse desconto é conhecido como deságio.

Se todos os concorrentes abrissem mão de todo o reajuste, ganhará a disputa quem pagar o maior valor de outorga para a União. A empresa que vencer terá que cumprir obrigações de investimentos.

Outras distribuidoras

Com a venda das três distribuidoras da Eletrobras, restaram ainda duas para serem licitadas: a Companhia Energética de Alagoas (CEAL) e a Amazonas Distribuidora de Energia.

Em julho, o governo vendeu a Companhia Energética do Piauí (Cepisa) para a Equatorial Energia. Foi a primeira do pacote de seis. A Ceal está com o leilão suspenso por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

No caso da Amazonas Energia, o governo decidiu adiar o leilão para tentar aprovar no Senado o projeto de lei que resolve pendências financeiras das distribuidoras da Eletrobras.

A Amazonas é a que mais depende do projeto para se tornar atrativa para os investidores. O leilão da Amazonas Energia está agendado para o dia 26 de setembro.

Privatização

Com a decisão da Eletrobras de não renovar a concessão das distribuidoras em 2016, o governo resolveu privatizar seis empresas. Desde então, a Eletrobras tem operado as companhias temporariamente.

Em fevereiro, a assembleia da Eletrobras aprovou a venda das distribuidoras. Decidiu, ainda, assumir R$ 11,2 bilhões em dívidas das empresas.

Problemas financeiros

Apesar de parte da dívida ter sido assumida pela Eletrobras, algumas empresas enfrentam problemas financeiros que ainda precisam ser resolvidos pelo projeto de lei aprovado em junho na Câmara dos Deputados, mas que aguarda aprovação do Senado.

Veja a situação de cada empresa, de acordo com o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI):

Boa Vista

  • Prejuízo acumulado de 2012 a 2016: R$ 687,5 milhões
  • Atende 10 municípios de Roraima
  • População atendida: 106,6 mil consumidores

Ceron

  • Prejuízo acumulado de 2012 a 2016: R$ 1.623,7 milhões
  • Atende 52 municípios de Rondônia
  • População atendida: 589,3 mil consumidores

Eletroacre

  • Prejuízo acumulado de 2012 a 2016: R$ 508,2 milhões
  • Atende 22 municípios do Acre
  • População atendida: 242,6 mil consumidores

Dólar fecha em alta após chegar a R$ 4,21 nesta quinta

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A corrida eleitoral no país e o cenário externo, com a crise na Argentina se acentuando, estão garantindo um dia turbulento no câmbio no Brasil. Depois de disparar pela manhã, chegando ao patamar de R$ 4,21, o dólar perdeu força, reagindo a uma intervenção do Banco Central, mas ainda assim fechou em alta nesta quinta-feira (30).

A moeda norte-americana subiu 0,63%, a R$ 4,1434, voltando a bater o maior patamar desde 21 de janeiro de 2016, quando terminou o dia vendida a R$ 4,1631. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,2144. Na mínima, a R$ 4,1195. Veja mais cotações. No ano, o dólar acumula alta de 25% em relação ao real.

Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 4,31 nesta quinta, sem considerar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

Intervenção do BC

A alta do dólar perdeu força no início da tarde, depois que o Banco Central anunciou uma intervenção adicional no câmbio, além das já previstas. O BC fará um leilão para ofertar US$ 1,5 bilhão em contratos de “swaps cambiais” – que funcionam como uma venda de moeda no mercado futuro.

Em comunicado, a autoridade informou que as intervenções visam “prover liquidez e garantir o bom funcionamento do mercado cambial e, portanto, do regime de câmbio flutuante”.

Na quarta-feira, o Banco Central já havia anunciado que faria leilões de venda de dólares com compromisso de recompra nesta sessão, para rolagem dos US$ 2,150 bilhões que vencem no próximo dia 5 de setembro.

Com isso, o BC retira qualquer pressão adicional sobre o câmbio por causa de dúvidas sobre esse vencimento. “Com o leilão de linha, o BC dá uma sinalização de que está de olho no mercado e vai entrar se necessário”, afirmou à Reuters a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest Fernanda Consorte.

O Banco Central brasileiro também realiza neste pregão leilão de até 4,3 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para concluir a rolagem do vencimento de setembro, no total de US$ 5,255 bilhões de dólares.

Análise

A cotação por aqui segue a trajetória da moeda norte-americana ante divisas de emergentes no exterior e reflete as perspectivas do mercado depois de uma nova rodada de pesquisa de intenção de voto. Também pressiona a cotação da moeda a alta de juros anunciada na Argentina, onde a taxa chegou a 60%.

Em um momento de subida dos juros na Argentina, o BC também informou, em seu comunicado, que sua atuação no mercado cambial é “separada de sua política monetária [definição dos juros para atingir as metas de inflação], não havendo, portanto, relação mecânica entre a política monetária e os choques recentes”. Ou seja, a instituição informou que não vai subir os juros básicos da economia, atualmente na mínima histórica de 6,5% ao ano, exclusivamente por conta da disparada do dólar.

“Sem grande ‘ajuda’ do exterior, e ainda com dúvidas sobre as perspectivas políticas por aqui, o viés para os ativos locais, nesta sessão, é mais negativo”, disse a corretora Guide Investimentos em relatório.

Apesar dos solavancos, o economista-chefe do banco Safra, Carlos Kawall, não vê riscos relevantes de que as crises na Argentina e na Turquia se estendam para o Brasil. “É preciso separar o movimento de moedas emergentes que estão refletindo o quadro de dólar mais forte, que vem desde abril. Isso tem um impacto nas emergentes como um todo”, diz o especialista segundo a Reuters. “Num outro extremo, estão os países com situação complicada com balanço de transações correntes e déficit elevado. É o caso da Argentina que teve uma desvalorização de 50% no peso em 2018”, acrescenta.

A moeda argentina amarga o pior desempenho global entre as principais divisas globais no acumulado deste ano, seguida pela lira turca, que perde 44%. O real vem logo em seguida, com desvalorização de 21%.

Para Kawall, a dinâmica do mercado brasileiro tem sido ditada nas últimas semanas pelas incertezas eleitorais. Não se trata do mesmo problema de Turquia e Argentina, mas o fator eleitoral pesa no mercado principalmente diante da necessidade de ajustes fiscais. “Eu não vejo o Brasil indo para caminho de Argentina e Turquia”, destaca o especialista, ao destacar também os índices de inflação ainda contidos no Brasil.

Novo patamar e perspectivas

A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.

Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram uma fraqueza de candidatos voltados a reformas alinhadas com o mercado. Além disso, o nervosismo gera maior demanda por proteção, o que pressiona o real. Exportadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados correm para comprar e ajudam a elevar o preço da moeda americana.

Outro fator que pressiona o câmbio é a perspectiva de elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes.

A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar e que o mercado ficará testando novas máximas até achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.

Polícia investiga mais de 400 golpes aplicados pela internet neste ano em MT

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A Polícia Civil já instaurou mais de 400 procedimentos para investigar crimes de tecnologia somente neste ano.

Na maioria dos casos, os criminosos usam a internet para praticar ameaças, atentado à honra e estelionato.

O delegado Eduardo Botelho destaca a importância da prevenção para que o cidadão não caia em golpes na internet.

“O maior enfoque nesses crimes virtuais praticados mediante a rede mundial de computadores deve ser a prevenção, porque as pessoas realmente se utilizam dessa ferramenta da tecnologia para se acobertarem e ficarem impunes”, disse ele.

Para o analista em defesa cibernética, Kembole Amilcar de Oliveira, ao receber uma solicitação para clicar em algum link, a pessoa deve antes pesquisar na internet sobre a veracidade. Além disso, segundo ele, a instalação de antivírus é essencial tanto no computador quanto no telefone celular.

“É muito simples você tomar esses cuidados, olhar se aquele link realmente é real, fazendo uma pesquisa na internet para saber se é verídico ou não, usar um equipamento de proteção, de antivírus na máquina, no smartphone”.

Para dificultar a ação de golpistas, o aplicativo WhatsApp aumentou a proteção. É possível aumentar a proteção acionando o dispositivo de dupla segurança. Basta clicar em ajustes (IOS) ou configurações (Android), conta, verificação em duas etapas e ativar. A partir daí, o sistema passa a pedir senha e um endereço de e-mail, o que dificulta a clonagem.

A médica Paula Cordeiro foi vítima de golpistas, que tiveram acesso a todos os seus dados.

Ela conta que primeiro recebeu uma mensagem com um link. Logo depois, recebeu uma ligação de uma pessoa que se identificou como funcionária de uma empresa de telefonia.

Paula seguiu as orientações, mas tudo não passava de um golpe. O link era um vírus capaz de roubar todos os dados que estavam no aparelho.

“Pediram para eu informar o número e eu acabei informando. Perdi o WhatsApp desse número que eu tinha há mais de 15 anos. Ele começou a ligar para todos os meus contatos pedindo dinheiro, dizendo que eu estava passando por um constrangimento”, conta a médica.

Maioria no ensino médio não aprende o básico de português e matemática

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Cerca de 70% dos estudantes que concluíram o ensino médio no país apresentaram resultados considerados insuficientes em matemática. A mesma porcentagem não aprendeu nem mesmo o considerado básico em português. Os dados são do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), apresentados hoje (30) pelo Ministério da Educação (MEC).

Em português, os estudantes alcançaram, em média, 268 pontos, o que coloca o país no nível 2, em uma escala que vai de 0 a 8. Até o nível 3, o aprendizado é considerado insuficiente pelo MEC. A partir do nível 4, o aprendizado é considerado básico e, do nível 7, adequado. Na prática, isso significa que os brasileiros deixam a escola provavelmente sem conseguir reconhecer o tema de uma crônica ou identificar a informação principal em uma reportagem.

Em matemática, os estudantes alcançaram, em média, 270 pontos, o que coloca o país no nível 2, de uma escala que vai de 0 a 10, e segue a mesma classificação em língua portuguesa. A maior parte dos estudantes do país não é capaz, por exemplo, de resolver problemas utilizando soma, subtração, multiplicação e divisão.

Desigualdades

Na média, 43 pontos separam os estudantes que pertencem ao grupo dos 20% com o mais alto nível socioeconômico dos 20% do nível mais baixo, em português, no país. A diferença, coloca os mais ricos no nível 3 de aprendizagem, enquanto os mais pobres ficam no nível 2. Embora mais alto, o nível 3 ainda é considerado insuficiente pelo MEC. Em matemática, a diferença entre os dois grupos é ainda maior, de 52 pontos. Enquanto os mais pobres estão no nível 2, os mais ricos estão no nível 4, considerado básico.

Entre os entes federados, o Distrito Federal registra a maior diferença entre os dois grupos, tanto em português quanto em matemática. Os alunos com mais alto nível socioeconômico obtiveram, em média, 329 pontos em português, ficando no nível 5 de aprendizagem, considerado básico. Já os de nível socioeconômico mais baixo ficaram com 255 pontos, no nível 2, uma diferença de 74 pontos Em matemática, a diferença foi maior, de 101 pontos. Os mais pobres estão no nível 2 e os mais ricos, no nível 6.

Os resultados também mostram desigualdades regionais. A maioria dos estados das regiões Norte e Nordeste, além do Mato Grosso, tiveram, em média, pontuações inferiores à média nacional em matemática e português. A exceção é Pernambuco, que, ficou acima da média, juntando-se aos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste que ficaram ou na média ou acima da média de desempenho nacional. Rondônia ficou acima da média nacional apenas em matemática.

Seis estados pioraram os resultados de 2015 para 2017 tanto em português quanto em matemática: Amazonas; Amapá; Bahia; Mato Grosso do Sul; Pará; e Roraima. Além desses estados, o Rio Grande do Norte piorou o resultado apenas em matemática e Distrito Federal, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo pioraram apenas em língua portuguesa.

Ministério da Educação

Na avaliação do MEC e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela avaliação, os resultados de aprendizagem dos estudantes brasileiros “são absolutamente preocupantes”.

No ensino médio, o país encontra-se praticamente estagnado desde 2009. “A baixa qualidade, em média, do Ensino Médio brasileiro prejudica a formação dos estudantes para o mundo do trabalho e, consequentemente, atrasa o desenvolvimento social e econômico do Brasil”, diz a pasta.

Os resultados são do Saeb, aplicado em 2017 aos estudantes do último ano do ensino médio. Pela primeira vez a avaliação foi oferecida a todos os estudantes das escolas públicas e não apenas a um grupo de escolas, como era feito até então. Cerca de 70% dos estudantes participaram das provas. Nas escolas particulares, a avaliação seguiu sendo feita de forma amostral. Aquelas que desejassem também podiam se voluntariar, mas os resultados não foram incluídos nas divulgações.

Propaganda eleitoral no rádio e na TV começa nesta sexta-feira

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A propaganda eleitoral gratuita começa a ser divulgada no rádio e televisão para todo o país nesta sexta-feira (31). Durante o primeiro turno, o conteúdo político será veiculado até 4 de outubro, três dias antes de os eleitores comparecerem às urnas. No total, serão 35 dias de propaganda – dez a menos que antes da aprovação da Reforma Eleitoral de 2015 (Lei 13.165/2015).

Em casos em que haja segundo turno, a veiculação será retomada no dia 12 de outubro, ou seja, na primeira sexta-feira após o primeiro turno. Serão mais 15 dias até o dia 26 de outubro – dois dias antes dos eleitores voltarem às urnas.

A definição quanto aos dias de exibição das campanhas leva em conta o cargo em disputa. Os programas dos presidenciáveis irão ao ar às terças-feiras, quintas e aos sábados. No rádio, das 7h às 7h12min30seg e das 12h às 12h12min30seg. Na televisão, das 13h às 13h12min20seg e das 20h30 às 20h42min30seg. Nestes mesmos dias, serão transmitidas as propagandas dos candidatos a deputado federal. Já a publicidade dos que concorrem aos governos estaduais e do Distrito Federal, bem como ao Senado e a deputado estadual e distrital será exibida às segundas-feiras, quartas e sextas. Nos domingos, não haverá propaganda eleitoral.

Juntos, os programas dos candidatos à Presidência da República ocuparão dois blocos de 12 minutos e 30 segundos cada, totalizando 25 minutos a cada dia de exibição. Mesmo tempo destinado à propaganda do conjunto de candidatos a deputado federal. Os que concorrem aos cargos de governadores dividirão 18 minutos de campanha no rádio e na TV. Tempo igual ao destinado aos candidatos a deputados estaduais e distritais. Já os que concorrem ao Senado aparecerão em dois blocos de 7 minutos cada.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 28.306 pessoas registraram suas candidaturas. São 13 candidatos presidenciais; 199 concorrentes ao cargo de governador; 353 aspirantes ao Senado; 8.346 candidatos ao cargo de deputado federal; 17.512 a deputado estadual; 963 a deputado distrital e 353 ao Senado – que, este ano, renovará dois terços dos atuais senadores. Ou seja, 54 candidatos serão eleitos.

No último dia 23, o TSE apresentou o tempo que caberá a cada candidato ao Palácio do Planalto na campanha de TV e rádio. A divisão do tempo de TV e rádio é feita conforme o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados dos partidos que compõem a coligação de cada candidato. Por este critério, oito das 13 candidaturas homologadas terão direito a menos de 30 segundos por bloco do horário eleitoral.

Além da aparição em bloco, os candidatos também fazem jus a divulgar propagandas de 30 segundos ao longo da programação das emissoras de rádio e TV. A quantidade de inserções das peças publicitárias eleitorais obedece ao mesmo critério de divisão do horário eleitoral, ou seja, a representatividade da coligação na Câmara.

Veja a ordem de aparição dos candidatos no primeiro dia de veiculação do horário eleitoral, o tempo em cada bloco e o total de inserções ao longo dos 35 dias de campanha em rádio e TV:

1- Marina Silva, coligação Unidos para Transformar o Brasil (Rede e PV): 21 segundos no horário eleitoral e 29 inserções;

2- Cabo Daciolo (Patriota): oito segundos no horário eleitoral e 11 inserções;

3- Eymael (Democracia Cristã): oito segundos no horário eleitoral e 12 inserções;

4- Henrique Meirelles, coligação Essa é a Solução (MDB e PHS): um minuto e 55 segundos no horário eleitoral e 151 inserções;

5- Ciro Gomes, coligação Brasil Soberano (PDT e Avante): 38 segundos no horário eleitoral e 51 inserções;

6- Guilherme Boulos, coligação Vamos sem Medo de Mudar o Brasil (PSOL e PCB): 13 segundos e 17 inserções;

7- Geraldo Alckmin, coligação Para Unir o Brasil (PRB, PP, PTB, PR, PPS, DEM, PSDB, PSD e Solidariedade): cinco minutos e 32 segundos no horário eleitoral e 434 inserções;

8- Vera Lúcia (PSTU): cinco segundos no horário eleitoral e sete inserções;

9- Lula, coligação O Povo Feliz De Novo (PT, PCdoB e Pros): dois minutos e 23 segundos no horário eleitoral e 189 inserções;

10- João Amoêdo (Partido Novo): cinco segundos e oito inserções diárias;

11- Alvaro Dias, coligação Mudança de Verdade (Pode, PSC, PTC e PRP): 40 segundos no horário eleitoral e 53 inserções;

12- Jair Bolsonaro, coligação Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos (PSL e PRTB): oito segundos no horário eleitoral e 11 inserções e

13- João Goulart Filho (PPL): cinco segundos no horário eleitoral e sete inserções.

Sarampo e pólio: 12 estados têm vacinação abaixo da média nacional

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Doze estados brasileiros registram índices abaixo da média nacional de cobertura vacinal na Campanha de Vacinação Contra a Poliomielite e o Sarampo. Dados divulgados hoje (30) pelo Ministério da Saúde apontam que, até o momento, cerca de 72,9% das crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos foram imunizadas. A campanha será encerrada amanhã (31).

De acordo com a pasta, mais de 3 milhões de crianças ainda não foram imunizadas contra ambas as doenças. O Riode Janeiro registra os menores índices de cobertura, seguido pelo Distrito Federal, Roraima, Pará, Acre, Amazonas, Bahia, Piauí, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso. Apenas o Amapá atingiu a meta de vacinar 95% do público-alvo.

A orientação do ministério é que estados e municípios que estão com cobertura vacinal abaixo de 95% abram os postos de saúde no próximo sábado (1º). A pasta alertou que a organização da mobilização no fim de semana é de responsabilidade de cada município e que, portanto, é necessário verificar com as secretarias municipais quais postos estarão abertos.

Casos de sarampo

Até o dia 28 de agosto, foram confirmados 1.553 casos de sarampo no Brasil, enquanto 6.975 permanecem em investigação. O país enfrenta dois surtos da doença: no Amazonas, que já computa 1.211 casos confirmados e 6.905 em investigação, e em Roraima, onde há 300 casos confirmados e 70 em investigação.

Casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos seguintes estados: São Paulo (2); Rio de Janeiro(18); Rio Grande do Sul (16); Rondônia (2); Pernambuco (2); e Pará (2).

Foram confirmadas ainda sete mortes por sarampo, sendo quatro em Roraima (três em estrangeiros e uma em brasileiro) e três no Amazonas (todos brasileiros, sendo dois óbitos em Manaus e um no município de Autazes).

Rede Cegonha adquire aparelho de última geração para o parto seguro

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A fim de aumentar a qualidade nos serviços prestados aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a Maternidade Rede Cegonha, anexa ao Hospital e Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande (HPSM-VG), adquiriu equipamentos da mais alta tecnologia voltados para exames gestacional. O parelho realiza o exame de Cardiotocografia (CTG), um método de avaliação do bem estar fetal. O exame até então, realizado somente  em Cuiabá, a pacientes com alto risco gestacional. Foram adquiridos dois aparelhos, cujos investimentos giram em torno de R$ 240 mil.

O equipamento eletrônico de última geração serve para escutar e visualizar a frequência cardíaca do feto e das contrações uterinas. O procedimento garante o bem estar da gestante e a eficiência na garantia da saúde do bebê na hora de nascer . O exame só é feito por determinação médica, sob suspeita de alguma complicação com o feto. A unidade, até então, não tinha o aparelho, e caso houvesse a necessidade do exame, a gestante era encaminhada ou transferida para outra unidade que realizasse o procedimento, que em alguns casos, é indispensável para monitorar as fases da gestação que antecedem o parto.

Segundo a Direção do Hospital, a compra dos equipamentos hospitalares foi realizada por meio de recursos de emendas parlamentares destinada a saúde pública do município e de acordo com o plano de investimentos. “Os exames com estes aparelhos  irão proporcionar maior segurança para as pacientes em trabalho de parto com qualquer tipo de alteração e maior agilidade nos atendimentos”, pontuou Ney Prozenvano, diredor do Pronto Socorro

A maternidade inaugurada em setembro de 2017, já têm capacidade para realizar 150 partos/mês. A rede Cegonha possui 10 leitos de enfermaria para internação e 3 salas PPP (parto).Atualmente o setor funciona com 36 funcionários entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, prestando atendimento 24 horas a qualquer paciente que necessitar do atendimento obstétrico e Gestacional.

O parto normal do seu primeiro filho pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nesta quinta-feira (30), Maria Barbosa, 27 anos, contou com a presença da sua mãe,Patrícia Santos. Segundo o médico e coordenador técnico, Valdir Bento a mãe pode escolher a  posição do nascimento da sua primeira filha . Ao nascer, a pequena teve o primeiro contato com a mãe ,com calma, reforçando os laços e contribuindo com a saúde da bebê e da mãe.

“Questões que podem parecer detalhes para alguns, na verdade fazem parte de um dos pilares da Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde para incentivar não só o parto humanizado, como foi o de Maria, mas também qualificar e garantir o acompanhamento das mãe e bebês.No parto humanizado a criança vêm ao mundo respeitando o tempo do próprio nascimento e das escolhas da mãe. É isso que a Rede Cegonha propõe, ações para mudar o modelo de atenção ao parto e nascimento”, explica o médico

O  parto humanizado possue quatro pilares que o SUS aplica, explica Valdir Bento: o da beneficência, das evidências científicas, nos direitos das mulheres e das crianças e, em primeiro lugar, em não ser nocivo. ” O cuidado deve ser centrado na mulher e na sua família. Ela precisa se sentir segura e acolhida, tudo isso no ambiente de respeito no evento que seja dela, isso é o principal.O parto normal sempre é a melhor opção. Só deve-se fazer  cesariana   se há risco para a mãe e o bebe. A Rede Cegonha segue esta política da humanização”.

 

Mudanças climáticas ameaçam valor nutricional de alimentos

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Foto: Chor Sokunthea

entenas de milhões de pessoas podem vir a desenvolver deficiências nutricionais devido ao aumento dos níveis de CO2 na atmosfera, aponta um estudo publicado nesta semana pela revista Nature Climate Change.

Pesquisadores da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, de Harvard, estimam que, a menos que as emissões de carbono sejam drasticamente reduzidas nas próximas décadas, 175 milhões de pessoas podem adquirir deficiência de zinco e 122 milhões de proteína até 2050.

Além disso, 1,4 bilhão de mulheres em idade fértil e crianças menores de cinco anos podem perder 4% de sua ingestão de ferro, o que eleva o risco de anemia.

O estudo soma-se a um crescente número de artigos que mostram que mudanças ambientais, como a escassez de água e o aumento de temperaturas e de níveis de dióxido de carbono, estão afetando a qualidade nutricional e a produção de legumes, verduras e arroz.

Pesquisas mostraram que as concentrações de proteína, ferro e zinco são significativamente mais baixas em culturas mantidas em ambientes onde os níveis de CO2 são maiores que os de culturas cultivadas sob as condições atmosféricas atuais. Cientistas do clima preveem que, se não restringirmos nossas emissões, a concentração de CO2 pode mais que dobrar até 2100.

Com base em um banco de dados GENuS (Global Expanded Nutrient Supply), que estima o impacto de uma menor ingestão de nutrientes na saúde de habitantes de 151 países diferentes, os autores do estudo divulgado nesta semana examinaram quais regiões do mundo sofrerão o impacto da perda de nutrientes em culturas básicas, como arroz, trigo e batatas.

Os mais prejudicados, assim como na maioria dos aspectos das mudanças climáticas, são os países de baixa renda, diz Samuel Myers, coautor do estudo e diretor da Planetary Health Alliance, em Harvard.

“A descoberta é mais importante para quem está próximo de um limiar de deficiência nutricional e conta com tais culturas alimentares para obter uma parte significativa de um nutriente específico de sua dieta”, afirma Myers.

Culturas como arroz e trigo são a principal fonte de alimento para mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo. Muitos que não têm condições de pagar por uma dieta diversificada dependem desses grãos básicos para a maioria de suas calorias.

São essas pessoas, com “baixa diversidade alimentar” e “pouca comida de origem animal” – muitas vezes ricas em zinco, ferro e proteína – que sofrerão mais com o declínio da nutrição das safras, completa Myers.

O país que deverá arcar com o maior fardo é a Índia, que, segundo os pesquisadores, terá um adicional de 50 milhões de pessoas com deficiência de zinco; 38 milhões, de proteínas, e 502 milhões de mulheres e crianças vulneráveis a doenças associadas à deficiência de ferro até meados do século.

CO2 e crescimento das plantas

O dióxido de carbono é essencial para o crescimento das plantas, mas, em excesso, pode ser problemático. Embora a ciência por trás da fisiologia vegetal seja “complexa”, segundo Myers, acredita-se que concentrações mais altas de dióxido de carbono possam fazer com que grãos como trigo e arroz produzam mais carboidratos, como amidos e glicose, à custa de nutrientes como proteína, zinco e ferro.

“Ainda não entendemos realmente por que isso está acontecendo, mas achamos que é muito mais complicado do que um simples ‘efeito de diluição de carboidratos’. O que sabemos é que, em condições de concentrações mais altas de CO2, as safras se tornam menos nutritivas”, diz Myers.

Problema em todo o mundo

Atualmente, cerca de 2 bilhões de pessoas já vivem com deficiências nutricionais no mundo todo. Isso, além dos aproximadamente 815 milhões que não têm acesso a alimentos nutritivos o suficiente e das 1,5 milhão de mortes a cada ano ligadas à baixa ingestão de vegetais.

Se nada for feito, uma redução nos nutrientes devido à mudança climática pode intensificar um “problema já grave” de desnutrição, afirma Kristie Ebi, professora de saúde global da Universidade de Washington.

A falta de ferro pode resultar em anemia por deficiência de ferro, o que, segundo Ebi, “pode levar a complicações graves, como insuficiência cardíaca e atrasos no desenvolvimento de crianças”. Já a deficiência de zinco pode levar a “uma perda de apetite e do olfato, problemas de cicatrização e danos ao sistema imunológico”.

“O zinco também ajuda no crescimento e no desenvolvimento, e é por isso que a ingestão suficiente de alimentos é importante para mulheres grávidas e crianças em fase de crescimento”, aponta Ebi.

Segundo cientistas, não é apenas o mundo em desenvolvimento que sofrerá as consequências de uma redução no valor nutricional dos alimentos básicos. Os resultados do estudo divulgado nesta semana trazem implicações alarmantes para a saúde pública e a segurança alimentar em todo o mundo. De acordo com Ebi, as mudanças têm o “potencial de afetar a todos”.

Uma dieta diversificada, que inclua carne, grãos, frutas e verduras, geralmente é suficiente para fornecer vitaminas, micronutrientes e proteínas. Mas, como Ebi aponta, “tal dieta pode estar fora do alcance das populações pobres em todos os países”.

Decisões diárias, enfatiza Myers, como a forma como aquecemos nossas casas, o que comemos, como nos movimentamos, o que escolhemos comprar, estão, na verdade, tornando nossos alimentos menos nutritivos e tendo um impacto sobre a saúde de outras populações e de gerações futuras.

“Precisamos entender que nossas ações estão colocando as pessoas mais vulneráveis do mundo em perigo”, conclui.