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sexta-feira, maio 17, 2024
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Ministério toma providências para evitar entrada de peste suína

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Antes de embarcar hoje (19) para a Argentina, onde participará, em Buenos Aires, da 36ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul e de reuniões bilaterais, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que o governo toma todas as providências para evitar o risco da entrada de peste suína clássica e da peste suína africana no território brasileiro.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Maggi disse que o Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) estão orientados a intensificar as vistorias de ingresso de alimentos por meio de navios e aviões, assim como de partes de suínos e dos animais inteiros.

O ministro informou que as doenças foram identificadas em regiões na China, Rússia, Leste Europeu, Japão e também em parte da África. “[No Brasil] há muitos anos e temos que continuar a preservar nosso território”, afirmou.

Mensagem

No vídeo, Blairo Maggi pede: “Gostaria de pedir a você, produtor, que está viajando para o exterior ou que tem parentes que viajem ao exterior, que tome o máximo cuidado de não trazer comida neste momento”.

A peste suína clássica, conhecida como cólera dos porcos ou febre suína, foi erradicada no Brasil em 1984, e o país foi declarado área livre da doença.

A peste suína africana é uma doença viral, não oferece risco à saúde humana, não sendo transmitida ao homem, mas pode dizimar plantéis de suínos, sendo altamente infecciosa, o que exige o sacrifício dos animais, conforme determina a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Os javalis também são atingidos. Não existe vacina para a PSA. O vírus é resistente, permanecendo nas fezes dos animais por até três meses e, em alimentos (produtos maturados), até nove meses.

TRE-DF prepara urnas que serão enviadas ao exterior

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Foto: José Cruz

O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) iniciou o processo de preparação de 680 urnas que serão usadas no exterior durante as próximas eleições presidenciais. Por conta de dificuldades operacionais, serão enviadas também 64 urnas de lona (quatro delas de reserva) para países da África, Caribe, América Central, América do Sul, bem como a países europeus com poucos brasileiros.

Ao todo, 500.727 brasileiros estão aptos para votar em 171 cidades no exterior. A cidade com maior colégio eleitoral é Boston, nos Estados Unidos, para onde serão enviadas 46 urnas eletrônicas. Em segundo lugar está Miami (EUA), com 45 urnas. Os Estados Unidos, Japão e Portugal são os países com maior número de eleitores brasileiros.

De acordo com a Justiça Eleitoral, 58,4% dos eleitores brasileiros no exterior são mulheres, e 41,6% homens. A faixa etária mais predominante é a compreendida entre 35 e 39 anos. No que se refere ao nível de escolaridade, 34,26% dos brasileiros aptos a votar têm nível superior completo; 28,51% têm ensino médio completo; e 13,46% superior incompleto.

Com um total de 2.353 eleitores brasileiros aptos a participarem do pleito eleitoral, a cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra é a que tem o maior colégio eleitoral entre as que farão votação manual. Ao todo, 10.698 brasileiros votarão dessa forma. Entre as dificuldades que levaram à escolha pelo uso das urnas de lona nessas localidades estão problemas para o acesso à energia elétrica e embaraços alfandegários para a entrada de equipamentos eletrônicos.

Segundo o secretário de Tecnologia do TRE-DF, Ricardo Negrão, cerca de 100 servidores terceirizados estão preparando as urnas, fiscalizados por 20 servidores do Cartório Eleitoral do Exterior. “Esse equipamento passa por quatro etapas de checagem, em meio aos processos, até que o equipamento seja lacrado”, explicou ao reiterar a segurança das urnas eletrônicas.

A fim de sempre aperfeiçoar a segurança do equipamento, a Justiça Eleitoral tem feito vários desafios para que hackers encontrem vulnerabilidades no sistema e no equipamento. Segundo Negrão, foi graças a esses desafios que se descobriu que, ao serem apertadas, as teclas emitiam uma frequência mecânica que, captada por microfones potentes, poderia indicar o número digitado pelo eleitor. “A solução que encontramos foi a de blindar internamente essas teclas”.

Uma outra vulnerabilidade identificada estava relacionada à possibilidade de se identificar a sequência de votação. “Diante disso, melhoramos o algoritmo de embaralhamento de dados”, explicou o secretário de Tecnologia ao garantir que “até hoje nada mais significativo [em termos de vulnerabilidade] foi identificado”.

De acordo com a chefe do Cartório Eleitoral do Exterior, Juliana Bandeira, “a vulnerabilidade, no caso das urnas de lona, é maior do que a das urnas eletrônicas”. Outra desvantagem da votação manual, feita com o uso de urnas de lona, é a demora durante o processo de votação, apuração e transmissão de dados.

Nos locais onde serão adotadas as urnas de lona, a apuração ficará a cargo das equipes das embaixadas, cabendo ao embaixador também o papel de juiz eleitoral. Às equipes de servidores das embaixadas serão oferecidos treinamentos feitos à distância para uso do equipamento.

O transporte de todas as urnas ficará a cargo do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Moro defende sua competência para julgar ação sobre sítio de Atibaia

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O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) manifestação em que defende sua competência para julgar a ação penal no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu por supostamente ter recebido vantagens indevidas de empreiteiras na reforma de um sítio em Atibaia (SP).

Moro enviou ao Supremo decisão em que negou à defesa de Lula o envio do caso para a Justiça Federal de São Paulo. Os advogados alegam que a investigação não está relacionada a desvios na Petrobras e por isso não deve permanecer em Curitiba.

Na decisão, o magistrado reconhece ainda não ter ficado provado que dinheiro de contratos com a Petrobras foram diretamente utilizados na reforma do sítio, mas disse que essa ligação só poderá ser melhor examinada ao longo do processo, e não ser descartada antecipadamente.

“Se os elementos probatórios citados são suficientes ou não para a vinculação das reformas do sítio a acertos de corrupção em contratos da Petrobras, ainda é uma questão a analisar na ação penal após o fim da instrução e das alegações finais”, escreveu o magistrado.

Moro fez duras críticas à defesa e a Lula. Para ele, em vez de tentar esclarecer os pagamentos das obras, a defesa prefere “apelar para a fantasia da perseguição política”. O juiz escreveu ainda que Lula “ao invés de esclarecer os fatos e os motivos, prefere ele refugiar-se na condição de vítima de imaginária perseguição política”.

Reclamação

O caso chegou ao STF depois que a Segunda Turma decidiu, por maioria, em abril, que trechos sobre o sítio que constam nas colaborações premiadas de ex-executivos da Odebrecht, uma das empreiteiras envolvidas no caso, deveriam ser remetidos para a Justiça Federal de São Paulo, de modo a serem melhor apurados.

Mesmo com a decisão do STF, Moro decidiu dar prosseguimento à ação penal, por entender haver outras provas no processo suficientes para sustentar o caso. A defesa de Lula reclamou ao Supremo. Por duas vezes, o relator da reclamação, ministro Dias Toffoli, negou liminares para que o processo fosse retirado de Moro.

Com a posse de Toffoli, neste mês, como presidente do STF, a reclamação foi encaminhada para a ministra Cármen Lúcia, nova relatora. Ela deverá decidir sobre como proceder para o julgamento do mérito da questão. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que o caso do sítio em Atibaia (SP) permaneça nas mãos de Moro.

Alunos de jardim da infância no DF participam da Semana do Trânsito

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O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e o diretoria do Detran-DF, participam de uma ação de educação no trânsito em Jardim de Infância em Brasília.

Em comemoração à Semana Nacional do Trânsito – de 18 a 25 de setembro -, crianças de quatro e cinco anos de um Jardim de Infância da Rede Pública do Distrito Federal participam nesta quarta-feira (19) de uma atividade diferente. Por meio de jogos eles se divertiram e aprenderam importantes regras de trânsito para motoristas e pedestres. A atividade, organizada pelo Detran-DF em parceira com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), contou com a participação do ministro das Cidades, Alexandre Baldy.

O tema deste ano, definido pelo Conselho Nacional de Transito (Contran), é “Nós Somos o Trânsito”. Ao destacar a importância da educação no trânsito desde criança, Baldy lembrou os números alarmantes de mortes no trânsito e da importância de cada cidadão, individualmente, faça sua parte para reduzir esses índices.

“O trânsito, infelizmente, mata muitos brasileiros todos os dias. Nessa semana [Nacional do Trânsito], nós desejamos que a população possa reconhecer que se cada um fizer a sua parte, faremos um trânsito mais seguro. A condução de motoristas e pedestres é individual. Eles são responsáveis por suas atitudes e pelas consequências que geram o excesso de velocidade e a utilização do celular [ao dirigir]”, disse. Baldy lembrou ainda que, por dia, 138 brasileiros perdem a vida no trânsito.

Para o ministro, o maior desafio para reduzir os índices de acidentes é conscientizar a população do elevado número de vítimas do trânsito todos os anos no Brasil. “Estamos falando de quase 45 mil brasileiros que são vítimas fatais, por ano, e de outras 50 mil que sofrem lesões com alguma gravidade”, acrescentou.

A diretora do Jardim de Infância, Maria Valderez Moraes, ressaltou a importância da ação com as crianças. “Para nós essa atividade foi um presente. A criança aprende mais vivenciando a situação concreta e quando a gente passa informações na linguagem deles é um aprendizado para o resto da vida. Essa é uma lição de cidadania para eles que, por tabela, transmitem aos pais. A criança nessa fase assimila tudo com muita seriedade, responsabilidade e muito compromisso”.

No Distrito Federal, segundo o chefe do Núcleo de Campanhas Educativas do Detran, Antônio Carlos dos Anjos Filho, apesar de serem intensificadas as campanhas especiais como o Maio Amarelo e a Semana Nacional de Trânsito, as atividades educativas nas escolas fazem parte de um programa permanente onde cinco escolas são vistadas por dia.

“Trabalhar com as crianças é mostrar para elas a importância que tem como pedestre. É aí que elas aprendem a atravessar a rua na faixa, que os responsáveis precisam segurar no pulso delas. Nossa ideia não é que elas sejam uma fiscal dos pais, não é transferir responsabilidade, mas mostrar que elas também fazem parte do trânsito e também precisam estar atentas para a segurança delas e de todos”.

Aéreas pedem mais transparência no preço do querosene de aviação

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As associações das principais empresas aéreas atuantes no país pedem mais transparência sobre a formação do preço do combustível dos aviões, que sofreu alta de 82% em dois anos, segundo dados no setor. O querosene de aviação (QAV) alcançou os R$ 3,30 em agosto, incluindo impostos, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

Este é o maior patamar desde 2002, ano em que entrou em vigor a liberdade tarifária no Brasil. A Abear, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) e a Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (Alta) estimam que o setor aéreo teve um custo extra de R$ 1,3 bilhão, em 2017, com a atual precificação do QAV.

O diretor-executivo da Alta, Luis Felipe de Oliveira, explicou que a precificação do produto pela Petrobras segue um método em que está embutido os custos de importação. “Mas esse custo não existe, já que a Petrobras importa apenas 8% do combustível; 92% é produzido no Brasil e cobrado como se fosse importado”, disse.

Assim como ocorre com outros combustíveis, a política de preços da Petrobras para o querosene de aviação (QAV) vendido às companhias distribuidoras reflete as variações do mercado internacional e taxa de câmbio. Para Oliveira, como o petróleo é uma commodity, isso não poderia ser diferente. Entretanto, as associações pedem que fosse feita uma média ponderada sobre o custo do combustível que é importado e do que é produzido no país.

Em nota, a Petrobras informou que não existem restrições legais ou regulatórias que impeçam a importação por terceiros. “A falta de importadores no mercado só corrobora que o preço praticado pela companhia é competitivo”, diz a nota.

Já para Oliveira, apesar de a Petrobras não ter o monopólio da venda e distribuição de combustíveis, acaba dominando o mercado por toda a parte de infraestrutura já consolidada no país. “Tudo que é margem de lucro para ela é um custo para qualquer importador”, disse, ressaltando que a falta de transparência sobre a precificação também desestimula a concorrência.

Consulta pública

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) encerra hoje uma consulta pública para a edição de uma resolução sobre a obrigação da apresentação de dados de preços relativos à comercialização de derivados de petróleo, gás natural e biocombustíveis. Para Oliveira, com mais transparência sobre os preços do combustível vendido no Brasil seria possível cobrar por um alinhamento com os preços praticados no mercado internacional.

A minuta de resolução da ANP sobre os dados de precificação de combustíveis e as informações sobre a Consulta Pública nº 20/2018 estão disponíveis na página da agência na internet. No dia 3 de outubro, a ANP também realiza uma audiência pública sobre o tema.

Passagens aéreas

De acordo com o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, o custo operacional das empresas aéreas reflete no preço das passagens. Segundo ele, cerca de 30% dos gastos das companhias é com combustível. “Como isso acaba chegando ao consumidor depende muito da política comercial de cada empresa. Umas acabam fazendo promoções, outras, desde a desregulamentação da franquia de bagagem, estão conseguindo manter uma tarifa média de preços”, disse.

Ele lamenta a pressão sobre o valor dos custos operacionais e das passagens em um momento de aquecimento do setor. De acordo com Sanovicz, o primeiro semestre deste ano registrou aumento de 2 milhões de passageiros em relação a 2017.

“OMC nunca foi tão relevante”, defende diretor-geral

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Brasília - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, fala à imprensa após encontro com o presidente interino Michel Temer, no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, enfatizou hoje (19) a necessidade de agir para resolver as tensões comerciais na comunidade internacional e disse que, independentemente da opinião que se tenha sobre a existência de uma possível guerra comercial entre Estados Unidos e China, “os primeiros tiros já foram dados, e não foram poucos”. Durante uma palestra na Casa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Azevêdo defendeu reformas na entidade e alertou que o caminho adotado pelos dois gigantes econômicos mundiais é muito perigoso.

“A organização nunca foi tão relevante como é agora e o próprio interesse dos líderes de falar da OMC, revigorar, mostra que a alternativa de um mundo sem OMC será um desastre total”, disse Azevêdo ao complementar: “Será um mundo de incertezas, unilateralismo, nacionalismo exacerbado e intolerância também. Isso vai afetar não só as relações econômicas e comerciais, mas terá um impacto nas relações políticas e estratégicas”.

Ao responder perguntas dos jornalistas no fim do evento, Azevêdo afirmou que a tensão entre as duas potências é muito preocupante e pode escalar para outras áreas além da tarifária. Ele se recusou a citar alguma outra área que pode ser usada no impasse. “A área tarifária não esgota o potencial de tensão”, alertou.

O diretor-geral da OMC também manifestou preocupação com a resistência dos Estados Unidos em liberar a nomeação de novos juízes no órgão de solução de controvérsias da organização. Segundo o diretor, se a postura se mantiver até o ano que vem, o órgão poderá ter menos de três juízes, o que traz o risco de que “perca sua efetividade”.

O diplomata brasileiro afirmou que tem buscado estimular a conversa entre os membros e reforçar que a elevação da tensão estava prevista pela OMC quando alertou sobre as primeiras medidas tomadas contra o livre comércio. “A pergunta é: querem uma solução?”. Azevêdo ponderou que têm havido diálogo entre Estados Unidos e China, mas sem progressos.

“Essa conversa de fazer uma reforma na Organização Mundial do Comércio é encontrar um campo de jogo que cubra as preocupações de todos os lados e, em particular, desses dois”, disse ele, ao lembrar que os Estados Unidos continuam a recorrer à OMC em questões que julgam necessárias. “Eles caminham de uma maneira mais independente quando acham que é necessário para alavancar a posição deles no diálogo bilateral, mas, ao mesmo tempo, usam o sistema multilateral quando isso ajuda a promover os seus interesses. Isso não significa que o sistema foi abandonado, significa que os Estados Unidos estão usando outros caminhos também”.

As discussões para reformar a OMC estão em estágio inicial e ainda não há coincidência entre as visões apresentadas. Azevêdo avaliou que os pilares que devem nortear as discussões são a forma como as negociações podem preencher possíveis lacunas nas regras de comércio, os procedimentos decisórios da entidade e o modo de solucionar as controvérsias. Países como o Brasil, conta ele, revindicam que as discussões não deixem de lado assuntos tradicionais como a agricultura.

A reforma, acrescenta ele, precisa encontrar um equilíbrio e não se tornar nem ambiciosa demais nem tímida demais, a ponto de não resolver os problemas que geram a tensão.

Para o diretor-geral da OMC, não se pode mais esperar a tensão comercial passar. Nos últimos 12 meses, a OMC teve o maior número de casos abertos dos últimos 16 anos. O volume de comércio coberto por medidas restritivas dobrou no último ano e, nos últimos seis meses, foi adotado um grande número de medidas como tarifas e restrições aduaneiras.

“O impacto é sempre muito difícil quantificar, mas o certo é que essa escalada cria muita incerteza e vai afetar o crescimento do comércio e do PIB mundial. Decisões de investimentos são afetadas”, explicou Azevêdo, que apontou que o cenário já atinge as economias da Argentina e da Turquia.

Sargento da PM baleado pela mulher em MT

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Foto: Facebook/Reprodução

Em uma carta, o sargento da Polícia Militar Marcelo Gonçalves da Silva, de 43 anos, pediu à Justiça de Mato Grosso que liberte a mulher dele, Ozélia Francisca Amaral, de 40 anos, que atirou nele durante uma discussão do casal. A tentativa de homicídio foi registrada no dia 31 de julho em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.

Ozélia foi presa e denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por tentativa de homicídio qualificado. O G1 não conseguiu localizar a defesa de Ozélia.

O crime ocorreu depois que Marcelo não deixou a mulher ver mensagens no celular dele.

Durante sessão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o desembargador Paulo da Cunha julgou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Ozélia.

Na ocasião, o magistrado leu trecho da carta escrita pelo sargento pedindo a liberdade de mulher.

Na sessão, o relator deferiu o pedido da defesa, mas impôs medidas cautelares para a ré.

O caso

O crime foi registrado no Bairro Parque Rodolfo, durante a madrugada. Marcelo e a mulher teriam discutido e, durante a confusão, ela teria pegado a arma do marido e atirado contra ele.

O filho do casal, de 4 anos, estava dormindo numa cama no mesmo cômodo.

Durante a discussão, Ozélia subiu na cama – onde o filho dela dormia – pegou a pistola do marido que estava em cima do guarda-roupa e fez disparos contra o sargento.

Ozélia socorreu o marido e o levou até a base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. De lá, o sargento foi levado ao Hospital Regional de Rondonópolis. Conforme a PM, a bala ficou alojada no peito do policial. Ele passou por um procedimento cirúrgico no hospital.

Instituto Histórico cria moeda em alusão aos 300 anos de Cuiabá

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Foto: Prefeitura de Cuiabá

O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso apresentou ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o projeto de criação de uma moeda em alusão aos 300 anos da capital, comemorados no dia 8 de abril de 2019.

O protótipo concorre a um prêmio a um prêmio oferecido pela Casa da Moeda e, se vencer, exemplares serão disponibilizados em prata de lei.

Conforme o prefeito, uma série de estudos relativos à simbologia da cidade foi realizada para a criação do design da moeda.

“A arte apresentada aqui é resultado de um longo trabalho de pesquisa, que agrada, principalmente, por mostrar um desenho discreto e elegante, com temática que remete ao brasão do nosso município”, explica.

O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso também comemora 100 anos no próximo dia 8 de abril.

Assim, para que as duas datas sejam lembradas, a medalha celebra, em uma de suas faces, aos 300 anos de Cuiabá, enquanto na outra, os 100 anos do Instituto. O conceito foi elaborado pelo arquiteto José Afonso Portocarrero, que vem trabalhando com seu desenvolvimento há oito meses.

Fundado em 1919, por iniciativa de Dom Aquino Correia, o órgão fomenta a pesquisa e a preservação histórico-geográfica de Mato Grosso. O Instituto está sediado em Cuiabá, na Casa Barão de Melgaço, onde funciona conjuntamente a Academia Mato-grossense de Letras (AML).

PF abre segundo inquérito para investigar agressão a Bolsonaro

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Foto: Antônio Cruz

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou que um segundo inquérito vai ser instaurado para apurar o grande volume de informações coletadas na investigação da agressão ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), esfaqueado em 6 de setembro durante um ato de campanha na rua em Juiz de Fora (MG). Jungmann participou hoje (19) de encontro com delegados e oficiais da Polícia Militar na capital paulista.

De acordo com o ministro, a previsão é que o primeiro inquérito, que apura autoria, materialidade e circunstâncias do crime, seja encerrado nesta semana. “A PF está empenhada em concluir no prazo. Se faltar alguma perícia ou dado, pede-se mais dois ou três dias, mas não deverá exceder isso”, disse.

Jungmann informou que a perícia concluiu que o laptopapreendido com o agressor, identificado como Adélio Bispo de Oliveira, não era usado há mais de um ano. Dos quatro celulares apreendidos, dois também não eram utilizados. Ainda são alvo da investigação os recursos financeiros e cartões de crédito de Adélio.

Outras informações também serão analisadas. “O agressor foi à lan house, [a polícia] fez uma apreensão de seis máquinas e vai olhar tudo o que tem ali dentro”, disse o ministro. Jungmann reforçou que não há confirmações sobre possibilidade de coautoria, mas que a hipótese não foi descartada.

Segundo o ministro, a PF vai disponibilizar 25 policiais federais para acompanhar cada candidato à Presidência. Houve pedido dos familiares de Bolsonaro para também receberem reforço na segurança.

Aeroportos querem cobrar a mais de museus por obras armazenadas

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Foto: Rovena Rosa

Museus paulistas têm enfrentado dificuldades para pagar a taxa especial para armazenagem de obras de arte em aeroportos. Isso ocorre porque as empresas concessionárias que administram o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e o Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, mudaram o entendimento sobre a tarifa a ser cobrada. Até março deste ano, a taxa correspondia ao peso do volume transportado. As concessionárias, por sua vez, têm pretendido cobrar tarifa proporcional ao valor das obras de arte. A diferença chega a ser milionária, de acordo os museus.

Um dos casos mais recentes, o da mostra Mulheres Radicais: Arte Latino-Americana, da Pinacoteca de São Paulo, foi parar na Justiça. Uma liminar do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), concedida no dia 5 de setembro, reconsiderou decisão anterior e determinou que a Associação Pinacoteca Arte e Cultura continue a pagar a tarifa especial, de acordo com o peso da obra.

O Contrato de Concessão nº 2 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de 2012, prevê na Tabela 9 a cobrança de armazenagem por quilo para cargas em regime especial de admissão temporária destinada a eventos comprovadamente científicos, esportivos, filantrópicos ou cívico-culturais.

Na decisão, o desembargador federal Johonsom Di Salvo destacou que o valor das obras de arte pode alcançar centenas de milhões de dólares. Lembrou ainda que algumas dessas obras vêm ao Brasil por meio de empréstimo ou cessão. “Essa alteração acabaria por inviabilizar eventos de arte, prejudicando a difusão da cultura e do conhecimento, esse sim, um evento cívico-patriótico”.

O tema também tem sido foco de discussões no Ministério da Cultura e no Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Um grupo de trabalho foi criado para estudar a metodologia de cobrança das tarifas aeroportuárias de armazenagem sobre cargas destinadas a eventos culturais. O relatório final da análise, apresentado no dia 12, destacou que “a cobrança de taxas de armazenagem dessas cargas com base no peso é um entendimento consolidado há mais de 35 anos”. A questão ainda será analisada no Ministério dos Transportes.

O ministro da Cultura, Sá Leitão, compareceu ao ato de entrega das conclusões do grupo de trabalho acompanhado de representantes do setor cultural, dentre eles, o diretor financeiro e de operações do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), Fábio Frayha.

A primeira exposição a ter a cobrança da taxa pelo valor das obras no Masp foi a Acervo em Transformação: Tate, inaugurada em maio. O mesmo ocorreu com Histórias Afro-Atlânticas, aberta em junho, e Melvin Edwards: Fragmentos Linchados, iniciada em agosto. De acordo com o museu, no caso da exposição Histórias Afro-Atlânticas, as tarifas aeroportuárias chegam a R$ 4,5 milhões, se fossem cobradas pelo valor das obras.

O Masp tem entrado com mandados de segurança para garantir que as taxas sejam cobradas pela tarifa especial. “O museu conseguiu pagar a taxa a partir do peso das obras: R$ 877 (Tabela 9) para armazenagem de um dia”, informou por meio de nota.

O museu também destacou que está em constante negociação com instituições internacionais e que os calendários são pensados com, no mínimo, três anos de antecedência. “Nenhuma grande mostra se dá sem a vinda de trabalhos importantes de fora do Brasil e, portanto, todas as agendas futuras estão em risco”, acrescentou o Masp por meio da assessoria de imprensa.

A Pinacoteca de São Paulo destacou, em nota à Agência Brasil, a importância de se restabelecer a segurança jurídica para que sejam eliminados “abusos e distorções”. “E [para que] não tenhamos novos impactos negativos na produção cultural, na reputação das instituições museológicas brasileiras e na imagem do país”. Segundo a entidade, em 2019, estão previstas três exposições no museu com obras vindas de fora. “Desejamos que até lá essas práticas abusivas tenham sido coibidas”.

Regulação

A Anac informou, em nota, que não houve alteração recente nos normativos de regulação da cobrança de tarifas de cargas aplicável aos aeroportos e que a mudança nos valores cobrados resulta de uma “reinterpretação pelas concessionárias de aeroportos da expressão ‘cívico-cultural’”. Essa era uma das características que garantia o pagamento de taxa diferenciada aos museus.

“Não cabe à Anac acompanhar cada transação comercial entre o aeroporto e os seus usuários, mas a agência detém a prerrogativa de atuar em caso de solicitação formalizada”, disse em nota a agência reguladora.

Destacou ainda que tem acompanhado as análises do grupo de trabalho interministerial. “A Anac está ciente do resultado do estudo realizado e entende que a aplicação da tabela de casos especiais às tarifas de armazenagem e capatazia de cargas destinadas a eventos cívico-culturais constitui caso típico de política pública setorial.”

Por meio de nota, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos S.A. disse que alguns eventos em questão, “como exposições de obras de artes, por exemplo, não atendem à legislação que determina a aplicação da Tabela 9 Anexo 4 para eventos que, comprovadamente, possam ser qualificados como ‘cívico-cultural’ ou ‘filantrópicos’”. Destaca ainda que algumas dessas exposições cobram ingressos. Porém, em sua decisão, o desembargador Johonsom Di Salvo também considerou que a gratuidade da mostra não é condicionante da cláusula contratual para a tarifação por peso.

Para a empresa, não faz sentido que as exposições sejam consideradas cívico-culturais. “Muitas destas galerias recebem auxílio de patrocinadores e realizam compra e venda de obras de artes. Ainda assim, não faz sentido que sejam qualificadas como ‘cívico-cultural’, violando totalmente o sentido do termo e o regime especial específico na Tabela 9 do Anexo 4, conforme tarifação imposta pela Anac”, diz a nota.

Ainda segundo a Brasil Viracopos, o material armazenado envolve fatores como segurança, infraestrutura, manutenção.

O GRU Airport, que administra o Aeroporto de Guarulhos, disse em nota que a empresa fez o “enquadramento adequado das cargas” de acordo com a tabela já definida em contrato com a Anac. Destacou ainda que a regra tarifária prevista no contrato de concessão para importação e armazenamento de qualquer bem é um percentual do valor do bem.

“Em caso de dano ou avaria a uma obra de arte durante o período de armazenagem [em que o aeroporto se torna fiel depositário daquela obra] existe a possibilidade de o importador ser ressarcido por sua própria seguradora, mas esta terá o direito de acionar o aeroporto pelos prejuízos sofridos [ação de regresso]. Em outras palavras, o risco e o custo recaem sobre o aeroporto”, destacou.