Em entrevista à Rádio Vila Real FM nesta terça-feira (4), o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (UB), disse que vai continuar a defender que não sejam implantadas usinas hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Rio Cuiabá.
“Olha é possível que isto possa ocorrer, é possível sim. Nós voltaremos a discutir essa pauta na Assembleia, pois temos que estar sempre atentos a isso, para proteger o Rio Cuiabá. Pois entedemos o seguinte, que não há necessidade nenhuma de construir usina que pode prejudicar nosso rio”.
Em julho, o governador Mauro Mendes (UB) vetou integralmente o Projeto de Lei 957/2019, aprovado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso que proibia a construção de usinas hidrelétricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no Rio Cuiabá. Sob a justificativa, que o dispositivo era inconstitucional e que seria uma interferência em assunto cuja tratativa é de competência da União.
Botelho por sua vez reafirma seu posicionamento e garante que vai continuar nesta defesa.
“Então não tem necessidade nenhuma de nós destruirmos esse patrimônio […] Acho totalmente inviável a construção destas usinas. Assim, vou continuar brigando, defendendo o projeto, vou continuar nesta defesa de proteger o Rio Cuiabá”.
Botelho no último domingo foi reeleito deputado estadual sendo o terceiro mais bem votado com 51.998 votos.
O projeto
O projeto pretende garantir a atividade econômica e turística sustentável na região, mantendo os princípios que protegem aquele ecossistema, como a proibição do plantio de culturas perenes em larga escala, como cana de açúcar e soja, construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHS), carvoarias e usinas de açúcar e álcool.
O Pantanal apresenta floresta densa, hidrografia complexa e bastante umidade. Tem como característica central as áreas de inundação, com relevo plano e formação de lagos. É um ecossistema rico em biodiversidade de fauna e flora, reconhecido mundialmente. No Brasil, esse bioma localiza-se a Sudoeste do Mato Grosso e Noroeste do Mato Grosso do Sul.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as queimadas na região do Pantanal brasileiro aumentaram 210% em 2020, quando comparado ao mesmo período do ano de 2019. Considerando o período de janeiro a setembro de 2019, foram registrados 4660 focos de incêndio, em 2020, foram registrados 14.489 focos.
Fonte: O Bom da Notícia