Embora essa seja a maior bancada feminina da história, o Brasil ainda tem a menor representação de mulheres no Legislativo da América Latina.
Da Redação – Vanessa Alves
Com mais apoio e espaço, a bancada feminina dentro da Câmara Federal tem se fortalecido nos últimos. A criação da Secretaria da Mulher, que coordena as demandas das representantes de todos os partidos, têm dado voz às deputadas.
Mas, mesmo assim, a bancada feminina na Câmara Federal ainda tem baixa representatividade. Atualmente, são 91 deputadas atuando no congresso, o que corresponde a 17,7% do total de cadeiras da Câmara, que são 513.
Embora essa seja a maior bancada feminina da história, o Brasil ainda tem a menor representação de mulheres no Legislativo da América Latina.
A média mundial de representatividade feminina é de 26,4%. Esse número é da União Interparlamentar, organização global que reúne 193 países. Se seguisse esse padrão, a bancada feminina na Câmara seria de 135 deputadas.
Em comparação a Cuba, no ano de 2022, as mulheres ocupavam mais da metade dos lugares no Parlamento, 53,4% das cadeiras. Já no México, no mesmo ano, elas correspondiam exatamente à metade dos parlamentares.
A coordenadora adjunta da bancada feminina, deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), afirma que, devido a essa baixa representatividade, uma das prioridades da Procuradoria da Mulher será acompanhar o processo eleitoral para tentar ajudar a eleger vereadoras e prefeitas.
“No que diz respeito à procuradoria, temos conversado com os tribunais eleitorais e com as procuradorias locais justamente por ser um ano eleitoral, para estruturar melhor, dar condições de campanha e de disputa eleitoral para as candidatas no Brasil afora”, diz.
