A conversa é que se Botelho não conseguisse viabilizar o seu projeto político no União Brasil, migraria para o PSD, o qual já garantiu apoio irrestrito ao seu projeto político rumo ao comando do Palácio Alencastro
Por Kamila Arruda, Leiagora
Após o governador Mauro Mendes (União) reafirmar que irá apoiar o deputado federal Fabio Garcia (União) para prefeito de Cuiabá, a dúvida agora é quanto à saída ou não do deputado estadual Eduardo Botelho (União) do União Brasil.
O chefe do Executivo estadual e presidente do partido em Mato Grosso afirma que ainda não recebeu nenhum pedido de liberação formal do parlamentar, mas também não adianta se irá dar anuência para que ele deixe a agremiação e viabilize o seu projeto político em outra legenda.
“Eu não posso ficar me pronunciando, nem dando definições em função de coisa que eu ouço pela impressa, é muito ruim isso. Então, eu me pauto na minha relação com a pessoa. No caso do Botelho, eu dialogo com ele, e os meus diálogos com ele sempre são muito bons, nunca teve ameaça, nunca teve nenhum tipo de perturbação. Existe, obviamente, um conflito de interesse, mas ele está sendo administrado democraticamente”, disse.
A conversa é que se Botelho não conseguisse viabilizar o seu projeto político no União Brasil, migraria para o PSD, o qual já garantiu apoio irrestrito ao seu projeto político rumo ao comando do Palácio Alencastro.
Ele tentou permanecer na agremiação e pediu que fossem estabelecidos critérios para definição de quem seria o candidato do partido a prefeito de Cuiabá. Inicialmente, o governador sugeriu a realização de pesquisa qualitativa.
A proposta foi aceita por Garcia, mas recusada por Botelho sob a alegação de que esse tipo de levantamento seria muito subjetivo e, por isso, não seria adequado para embasar uma decisão como essa.
Após isso, ficou um jogo de empurra e nesta semana Mendes disse que irá manter o compromisso que firmou com Garcia para a eleição do próximo ano. Com isso, a expectativa é que o deputado estadual peça a liberação para se filiar ao PSD e manter a sua pré-candidatura a prefeito da Capital.
Mendes, por sua vez, afirma que, em nenhuma conversa que teve com Botelho houve esse tipo de ameaça por parte dele. Inclusive, nessa terça-feira (19), ele se reuniu com o parlamentar e reiterou que irá apoiar Garcia no pleito do próximo ano.
“Conversei com Botelho, e minha conversa com ele sempre foi muito boa, muito tranquila, respeitosa como deve ser entre aqueles que representam poderes constituídos. Minha relação com botelho, independente desse problema momento, é boa”, disse.