Maysa Leão chama decisão de arquivar investigações contra Paulo Henrique de “dois pesos, dias medidas”

Thiago Novaes – RDMOnline

A Vereadora Maysa Leão (União) questionou a decisão da Procuradoria Geral da Câmara de Vereadores de Cuiabá, que emitiu um parecer favorável ao arquivamento das investigações envolvendo o vereador Paulo Henrique (MDB).

O argumento da Procuradoria é de que não se pode abrir uma investigação baseada somente em notícias publicadas por sites, sem documentos de inquérito policial. Para a vereadora, essa seria uma situação de “dois pesos e duas medidas”, já que o processo de cassação da vereadora Edna Sampaio (PT) começou através de notícias publicadas em sites.

“Esse parecer dos procuradores da casa me surpreende. Nós tivemos o processo de cassação da vereadora Edna, apresentado pelo vereador Luiz Cláudio apenas com um recorte de jornal. Esses recortes de jornais demonstravam a tal da ‘rachadinha’. Baseado nisso, nessa evidência somente, foi aberto um procedimento na comissão de ética que aí sim tem que fazer a inscrição processual. A abertura de um procedimento contra o que está acontecendo com o vereador Paulo Henrique não é a condenação do vereador”, destacou.

Para a vereadora a decisão pode abrir precedentes. “A vereadora Edna teve um procedimento, que seguiu os trâmites da casa e realmente a abertura do procedimento ético dela se deu tão somente por um recorte de jornal. Eu tenho dito nas minhas entrevistas, a abertura de um procedimento não é condenação prévia. Então, a abertura não foi perseguição política, o processo não foi perseguição política. Agora, se a comissão de ética vai ter dois pesos e duas medidas nesse momento e não vai abrir um procedimento porque está baseado em recortes de jornal, a comissão de ética vai abrir precedentes para essa discussão.”

Um dos argumentos que a vereadora Edna Sampaio usa em sua defesa é de perseguição política. Para Maysa, esta questão não é responsabilidade do plenário da Câmara.

“Já não é uma responsabilidade do plenário, nem dos vereadores. Foram dez vereadores que fizeram o pedido de abertura de procedimento ético em relação ao vereador Paulo Henrique. Ninguém condenou ele. Mas nós precisamos dar resposta pra sociedade. Então está na mão da comissão de ética responder, se há perseguição ou se há isonomia”, finalizou.

Clique aqui e entre no grupo RDM no Whatsapp

Sair da versão mobile