Maysa defende que vereador alvo de investigação da PF deve pedir afastamento;

Redação

A vereadora por Cuiabá Maysa Leão (Republicanos) defende que o vereador Paulo Henrique (PV) peça afastamento, enquanto segue a investigação de que o vereador estaria envolvido com o crime organizado. Paulo Henrique (PV) foi alvo de um mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Ragnatela, deflagrada na quarta-feira pela Polícia Federal(05.  Os funcionários do vereador também foram alvo da polícia.

Para Maysa, enquanto os acontecimentos não forem esclarecidos, o fato ‘mancha o nome da Câmara de Vereadores de Cuiabá.  “Eu diria para ele pedir o afastamento. Até porque, enquanto ele não esclarecer os fatos, ele mancha o nome desta casa. <…> já falaram pra mim que eu tenho que tomar cuidado quando eu subo na tribuna, cuidado com as minhas palavras, cuidado com o combate que venho fazendo”, revelou a vereadora Maysa no plenário.

Durante a sua fala na tribuna da Câmara, Maysa Leão lembrou a sua trajetória de vida, atrelada a ética e valores morais, e declarou que não se intimida com as ameaças atreladas ao seu posicionamento combativo: “Sou eu que tenho que tomar cuidado para não me acostumar a assistir atos ilícitos”.

“Quando você entra pra política, você tem que se lembrar todos os dias o que são princípios éticos e valores morais. Você tem que se lembrar todos os dias o que é legalidade. <…> é assim que eu seguirei. Meu pai, minha mãe e meus filhos jamais vão se envergonhar de mim”, pontuou a republicana.

“Eu não vou passar a mão na cabeça de vereador e de quem quer que seja, jamais”, finalizou a vereadora Maysa.

Operação Ragnatela

Segundo as primeiras informações divulgadas, o vereador ajudava a conseguir licenças por meio de fiscais da Prefeitura da Capital, atuando para beneficiar o grupo do Comando Vermelho. Ele ajudava a casa de shows comandada pela facção e em retorno recebia benefícios financeiros. Um policial penal também estaria envolvido no esquema.

A investigação revelou que a facção comprou o Dallas Bar, em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie com dinheiro oriundo de práticas criminosas. No espaço eram realizados shows de artistas nacionais custeados pela facção.

O esquema ganhou evidência após uma apresentação do cantor nacional MC Daniel ser interrompida por conta do comportamento hostil do público com o artista apenas por ele ser do estado de São Paulo, dominado por uma facção rival, o Primeiro Comando da Capial (PCC).

Em continuidade à investigação, os policiais identificaram um esquema para introduzir celulares dentro de unidade prisional e transferências de lideranças da facção para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade.

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